Relembro esta informação, tão reveladora quanto ofuscadora, retirada do site da Abreu Advogados, um desses escritórios que são fundamentais para compreender uma certa economia política. É um facilitador assumido, na política activa e que anda a ser preparado para uma eventual candidatura presidencial, graças à SIC, ao Negócios e a capas preguiçosas destas. Marcelo mostra o caminho.
Se o PSD é preguiçoso, tal dever-se-á talvez ao facto de muitos dos seus quadros passarem todo o tempo numa intensa actividade bem remunerada, à boleia dos números no telemóvel, e com grande impacto mediático, sem tempo e disponibilidade para trabalhar directamente no partido por um salário menor. Afinal de contas, as portas giraram. Foram muitas privatizações e liberalizações, conquistas irreversíveis de um certo capital eternamente grato.
E é como se as tarefas de controlo da RTP, que Marques Mendes realizava com afinco partidário para Cavaco Silva, se tivessem estendido a esta comunicação social rendida. Lembram-se quando nos garantiam que a promoção política da chamada iniciativa privada nesta área iria gerar pluralismo, qualidade e diversidade? Mas que questão é esta? Agora até temos o logotipo da imperial CNN numa televisão controlada por um pirata e que já deu provas em tantas campanhas.
Usando os termos da economia convencional, dadas as externalidades negativas que gera tantas vezes, sob a forma de poluição ideológica e de lixo editorial, de tantos maus exemplos para a juventude, esta comunicação social deveria mas é ser especialmente taxada em vez de ser subsidiada como agora é: internalizar as externalidades, diz-se.
1 comentário:
Marques Mendes como presidente e Paulo Portas como primeiro ministro, dois políticos impolutos que iriam fazer de Portugal um país decente.
Enviar um comentário