terça-feira, 23 de junho de 2020

Outra entrevista a não perder


Depois de José Castro Caldas, o Perguntar não Ofende foi falar com outro dos economistas «que se têm dado ao trabalho de tentar compreender o caminho que a nossa economia foi seguindo nas últimas décadas, e em especial desde que se integrou na moeda única», como sublinha Daniel Oliveira no enquadramento da entrevista a José Reis, professor na FEUC, investigador do CES e atual coordenador do Observatório sobre Crises e Alternativas.

Duas obras recentes do entrevistado, «A Economia Portuguesa - Formas de Economia Política numa periferia persistente (1960-2017)» e «Cuidar de Portugal: Hipóteses de Economia Política em tempos convulsos» (ebook editado pela Almedina há cerca de um mês) ajudam a conduzir a conversa, que combina escalas (a Europa, Portugal e a base territorial em que assenta a economia e a sociedade), trajetórias (com referência aos principais ciclos de desenvolvimento do país) e processos de Economia Política. Não deixem de ouvir.

3 comentários:

tempus fugit à pressa disse...

num país cheio de velhinhos e sem tecido industrial que nos pague as importações voltar ao escudo é algo muy problemático para os salários e pensóes da maralha e esse é um problema político

Anónimo disse...

Depois do atestado de óbito que Nixon fez ao sistema Breton Woods em 1971, os oligarcas da europa central (alemães e franceses) resolveram fazer um mini Breton Woods europeu, com taxas de cambio fixas, cujas vantagens para eles são agora mais que evidentes.
Acenaram às elites do "submundo" mediterrânico com crédito barato e desregulação financeira e estas encarregaram-se de untar as máquinas partidárias com a dose certa de "massa consistente", levando ao desastre a que assistimos desde 2010.
Mas, esta massa de interesses contraditórios que nos desgoverna vai levando a que aconteçam falhas (em parolês corrente "falhas de mercado"), cada vez com maior frequência, levando a paradoxos, como aquele mito estúpido alemão da hiperinflação, quando caminhamos alegremente para a deflação (há alminhas penadas que até acham que a deflação é boa...).
O que quero dizer é que nunca estivemos tão próximos do colapso do tão prezado sistema financeiro global, que será impossível de travar com a "corporate wellfare", assim que a credibilidade dos estados for para o caixote do lixo.
Afinal, no sistema fiduciário, o único valor da moeda é a credibilidade de quem a emite, certo?

JE disse...

"O tempo que foge à pressa" agora fala nos velhinhos

Antes falava nos jovens e na necessidade do seu desconfinamento maciço.

A maralha parece que não lhe segue as indicações vindas da Holanda. E ele está preocupado.
Com as importações dos carros topo de gama. E com as suas negociatas em torno do euro, que tem alimentado o tecido financeiro do centro europeu