segunda-feira, 22 de março de 2010
O fim do romance europeu
Nas últimas duas décadas, as elites intelectuais e políticas nacionais viveram um romance europeu. Do "pelotão da frente" de Cavaco ao "porreiro, pá" de Sócrates, todas as más opções de política foram justificadas em nome de amanhãs europeus que cantavam: da convergência nominal dos anos noventa que minou a competitividade das nossas exportações até à aprovação de um Tratado de Lisboa que confirma a impotência da União no combate à crise económica. Um romance que nunca ousou escrutinar ou criticar a viragem neoliberal da construção europeia desde Maastricht, na origem de muitos dos actuais problemas socioeconómicos europeus e nacionais. O resto da minha crónica no i pode ser lido aqui.
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3 comentários:
um artigo excelente. dá mesmo que pensar: que nos reservará o futuro?
eu espero que a federação de estados. o país que não se governa nem se deixa governar não aguenta mto mais...
Estamos refens do capital financeiro!!! essa é que é essa!!!
Fizémos, sim porque estive/participei/fiz, a Revolução de 25 de Abril de 1974 que deixou a Europa de boca aberta!! como era possivel um Estado pequenino, excluido da ONU, massacrado por uma ditadura fascista com 48 anos, fazer com a grannnnde ajuda de capitães de 25 aninhos, uma Revolução com Musica e Flores?!?!?!
A mudança é possivel! há alternativas a este modelo de sociedade que nos foi imposto, pelo menos desde 1992 (Maastrich), e devemos exigi-las!!!
O 1º de Maio poderá ser o Grande momento de viragem Histórica para a Europa!!
Juntemos Forças (cada vez menos... ufa!) para que este 1º de Maio seja festejado em Luta por TODA a Europa com grandiosas manifestações em todas as capitais Europeias. De Atenas, a Paris, de Lisboa a Madrid,a luta de uns é a Luta de Todos!!!
Que toda a luta sindicalista se reuna em torno de Lisboa, pois assim será muito mais visivel do que se estiver separada em vários manifestações (atenção aos penetras.. lembram-se do vital?!?!).
Realmente penso que se os Povos da Europa não pregarem um grandessissimo susto aos Governos europeus, isto não muda, meus amigo(a)s!!!
Viva o 1º de Maio!!! Façamo-lo como em 1974!!! todo o Povo!!! crianças (das mais afectadas com esta crise), jovens (geração 500€), homens e mulheres de todas as idades, UNAM-SE!!!!
beijinhos e abraços
Outra vez a mesma historia, a compressão salarial e o desemprego são sintomas daquilo que verdadeiramente está mal e não o problema em si.
O verdadeiro problema é o facto de a esmadora maioria das pessoas não ter acesso à educação e o consequente aparecimento de uma geração que é simplesmente inutil na economia actual.
Porque é que eu vou pagar 10 salarios minimos a dez trabalhadores que trabalham pouco e mal quando por menos dinheiro posso comprar uma maquina que faz o mesmo trabalho, trabalha 24h por dia e com mais qualidade. Ou alternativamente, se estou determinado em utilizar pessoas em vez de maquinas, posso produzir na china, com muito melhores condições logisticas e 150E de salario por trabalhador não qualificado.
Sim, 150E, é até aqui que vai chegar a compressão salarial se continuarmos a produzir gerações de inuteis.
Quanto à questão tantas vezes repetidas de que a banca não paga a crise, concerteza que a banca em Portugal beneficia de um protecionismo do estado que lhe permite cometer os abusos que comete e ter os lucros que historicamente tem tido. Agora não se esqueçam que mesmo que taxassem os lucros da banca a 100%, e que isso não provocasse uma redução dos mesmos, esse dinheiro não chegava para pagar o defice de 2009, quanto mais abater à divida publica.
Por ultimo quanto à questão do BCE ajudar a banca e não ajudar os estados, tenho a dizer que já ter ajudado a banca da forma que ajudou, foi uma atitude profundamente irresponsavel devido à qual ainda vamos sofrer severas consequencias. Agora se o BCE tambem emprestasse dinheiro aos governos ladrões dos PIIGS como alguns irresponsaveis defendem, teriamos um colapso do euro já este ano sobre o peso de uma inflação de 2 digitos, e para alem disso ainda estavamos a por em risco a situação orçamental dos países da zona euro que ainda não estão a caminho da bancarrota.
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