Do subsídio de desemprego ao pagamento de horas extraordinárias, passando pelo rendimento social de inserção, ainda há muito que erodir. Já está? Muito bem. Um novo aumento do desemprego e da precariedade, que se segue à contracção da procura popular, ajuda a esfarelar solidariedades e a reduzir custos salariais. É violento e dá uma trabalheira política, bem sei, mas têm de convir que a luta de classes que precede os vossos negócios nunca foi um chá dançante.
Arranjem bodes expiatórios; dos imigrantes aos pobres, passando pelos funcionários públicos ou pelos sindicatos. Estes últimos são perfeitos para a intervenção de alguns intelectuais públicos que servem de vossos idiotas úteis. Aliás, não se esqueçam de os contratar para estarem sempre na televisão, num monólogo de economia do choque e do pavor.
O resto da minha crónica no i pode ser lido aqui.
2 comentários:
Ena, se bem percebi, o procedimento correcto é manter prestações sociais cada vez mais elevadas, nomeadamente os subsidios de desemprego e o rendimento de inserção, para não contrair a procura. Mas o que eu gostava de saber é aonde é que vai buscar o dinheiro para isso?
Os gastos do estado com prestações sociais sobem todos os anos, esse tipo de politica é obviamente insustentavel...
Ah, espera lá, já percebi, quando se acabar o dinheiro, trocamos o euro pelo bolivar fuerte, quero dizer "escudo fuerte" e começamos a gerar riqueza à moda antiga, pelo metodo da impressora, e assim já há dinheiro para toda gente, qual milagre da multiplicação dos pães.
Caro João Rodrigues,
Fiz link... deste e do que se refere ao Seminário...
Obrigado.
Abraço.
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