Em 2023, o Eco Patronal noticiava o seguinte: “Ao fim de 25 anos, Rita Alarcão Júdice, sócia da PLMJ, sai do escritório fundado pelo pai, José Miguel Júdice (...) A advogada era sócia e co-coordenadora da área de Imobiliário e Turismo. Tem mais de 25 anos de experiência no apoio a clientes portugueses e internacionais em diversos projetos imobiliários.”
Aposto que se contam pelos dedos da mão as vezes em que a nova Ministra da Injustiça entrou num tribunal. Os especuladores imobiliários querem é conexões e desenhadoras de contratos e outras jigajogas jurídicas. O mérito prevalece: 25 anos no escritório do pai a vender hotéis e tudo.
Este governo tem vários representantes do capitalismo imobiliário puro e duro, incluindo por via dos grandes escritórios de advogados herdados, facilitadores de todas as privatarias. O próprio Aguiar-Branco, agora Presidente da AR, herdou um escritório famoso e “faz parte da alta burguesia da Invicta” (Eco Patronal). Estes vaivéns são muito úteis. Tudo é política, tudo é negócio.
No fundo, estamos perante “uma comissão que administra os negócios comuns do conjunto da classe burguesa” (Marx e Engels); de certas frações dessa classe, na realidade.
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