No meio disto o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, é apenas o que aceitou dar a cara. Qualquer contrato ou base salarial depende directamente do ministro das Finanças e para gerir lá está, em pleno espírito empresarial, um «CEO da Saúde» que concentra todas as decisões organizacionais, com um estatuto que esmagou todas as direcções intermédias e está paralisado.
Este panorama de sofrimento social é bem um retrato de um país e uma União Europeia cheios de contradições.
Em 1974, o movimento revolucionário português fez-se em contraciclo com um neoliberalismo que, logo na década de 1980, começaria a varrer serviços públicos e conquistas sociais. Até quando?
Isabel do Carmo, Sofrimento social, Le Monde diplomatique - edição portuguesa, Agosto de 2023.
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