Fizeram, da pintura à literatura, o melhor que puderam em circunstâncias muito mais difíceis e quem nos dera o mesmo tipo de gesto coletivo e tão internacionalista hoje: cuidaram de explorar e agigantar os elementos progressistas do contraditório e mutável fundo comum de uma cultura nacional que nunca esteve parada, até porque estava sendo produzida por esse mesmo povo, como todas as culturas, como toda a cultura universal.
São intelectuais desconsiderados pela esquerda brâmane. Não é de bom tom falar deles em certos círculos. Aliás, o que passou, por exemplo, pela cabeça de Alves Redol para tentar escrever uma epopeia, sob a forma de trilogia Port Wine, dedicada aos “gigantes” durienses, declarando, com modéstia orgulhosa, que pertencia aquele povo, a este povo? Se fosse hoje, seria mais cool dizer que são um bando de ignaros, de apoiantes do fascismo...
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