O que tem falhado em Portugal é isto mesmo: a identificação de objectivos claros, a coordenação entre as várias intervenções e a continuidade das estratégias. Há pouca articulação entre os Ministérios responsáveis pela Economia, a Ciência e Tecnologia, a Internacionalização, a Educação e a Formação Profissional. Há pouca dimensão estratégica e pouca exigência na relação entre as agências públicas e o sector empresarial. Há demasiada descontinuidade nas agências públicas (a destruição e recriação da Agência Nacional da Inovação é exemplo disso), bem como nas políticas seguidas (a sucessão de políticas de clusters, sem rumo claro nem uma entidade pública capacitada para as conduzir, é um estudo de caso). Enfim, há uma enorme incoerência entre o objectivo proclamado de mudança estrutural e a promoção activa de sectores como o turismo e o imobiliário, que trazem alguns benefícios de curto prazo, mas prejudicam a desejada alteração do perfil de especialização."
O resto do meu texto quinzenal pode ser lido no Público.
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