quarta-feira, 27 de julho de 2016

Na crista da onda, conforme a maré

A Assunção Cristas que exige que o Governo faça «voz grossa» em Bruxelas é a mesma Assunção Cristas que considera, perante os sinais de firmeza do executivo na questão das sanções (quando estas começaram a pairar de forma mais ameaçadora no horizonte), que o Governo anda a «brincar com o fogo». Como quem diz «façam o favor de berrar, mas berrem baixinho».


Nada de novo. Assunção Cristas limita-se a seguir as pisadas do anterior líder do partido, Paulo Portas, que apresentou uma demissão irrevogável para recuar logo de seguida, justificando mais tarde a manobra com um «o que tem que ser teve muita força». A mesma Assunção Cristas, que depois de integrar um governo que diminuiu rendimentos e empobreceu o país, acelerando a queda da natalidade e fazendo disparar a emigração, vem na legislatura seguinte apresentar um pacote legislativo «amigo das famílias».

Tudo na melhor tradição dos camaleões políticos, que adaptam sem escrúpulos o discurso às circunstâncias, ignorando responsabilidades próprias e contradições. Como diz o João Ramos de Almeida, é triste, é muito triste.

10 comentários:

Jose disse...

Se bem me lembro a tese do PAF era demonstrar a Bruxelas que o défice de 2015 era tecnicamente abaixo dos 3%.
Ora a geringinça aceitou expressamente que ele era superior a 3%.
E agora diz que vai para tribunal?
É triste? Não, é estúpido!

Anónimo disse...

Não.

É triste e estúpido, sim.
Mas sim a afirmação do sujeito das 12 e 55.

Tem a marca de àgua de quem está enfeudado aos interesses de classe dos passos e dos coelhos.

Já lá iremos

Dias disse...

Para além da pantomina e do mimetismo camaleónico, ressalta que a senhora não tem qualquer ideia estruturada no seu discurso. As marés é que ditam!

Anónimo disse...

não, José. estúpido, como sempre, é o seu argumento.

a geringonça iria a tribunal, com toda a razão, demonstrar os buracos jurídicos que existiam na possibilidade de aplicação de sanções nestas condições.

entretanto, telefone lá para os serviços do seu partido para saber qual a nova narrativa, agora que a sanção não existiu, para poder vir aqui fazer de caixa de ressonância da pafiosidade...

António Pedro Pereira disse...

Apetecia-me fazer uma pergunta ao pacóvio do José(zito).
A Tratado Orçamental é para aplicar em todo o seu articulado ou só na parte que diz respeito aos países fracos?
É que a Alemanha há anos que viola a norma que diz que os superavits não podem exceder 6% do PIB.
Para que o pacóvio do José(zito) saiba, numa moeda única, os superavits de uns, dos que têm uma economia mais forte e competitiva, são, em boa parte, os déficits de outros, dos que têm uma economia mais fraca e menos competitiva.
Por isso nos últimos anos o PNB da Alemanha suplanta o PIB, ao contrário do que aconteceu durante muitos anos antes da crise, pois estão a entrar lá recursos que são sugados aos países da periferia.
Anteriormente era ao contrário, saiam recursos da Alemanha para as periferias para aproximar as economias e criar um mercado único forte e mais uniforme.
Em proveito até das economias mais fortes.
Veja-se o que tem acontecido ao crescimento da economia alemã (e da holandesa, e da finlandesa) desde que a crise se agudizou: também têm crescido muito menos.
A questão não se resume a uma contabilidade bacoca à parolo José(zito), em que há uns maus, culpados, que devem apanhar reguadas, e outros, bons, que as devem dar.
Numa economia única como a da zona euro, ou num país federal como os EUA, ou se fazem transferências líquidas de uns para outros ou nunca mais se constrói como entidade pujante e equilibrada.
O resto são contas de merceeiro.
Só interessam a marçanos como o José(zito), pobre(zito).
Mas ele não dá para mais...
Coitadito...

Anónimo disse...

Pobre sujeito que, fora de horas e a destempero, produziu tais frases:
"Se bem me lembro a tese do PAF era demonstrar a Bruxelas que o défice de 2015 era tecnicamente abaixo dos 3%.
Ora a geringinça aceitou expressamente que ele era superior a 3%".

«As sanções não iriam corrigir o passado"(Pierre Moscovici)
Lá temos a tese da PAF a ir pelo cano de esgoto abaixo pela voz de alguém do meio. E com ela quem faz dela a sua voz do dono...ou de propaganda.

Percebe-se a irritação expressa. As sanções pelas quais o sujeito suspirava e ansiava e a quem fazia rezas cabalísticas não se verificaram. "Chá de Tília" para Passos, Cristas, Cavaco e os seus "rapazes"

Como diria JM Correia Pinto:
"A conspiração da União Europeia contra o Governo português tem aliados internos. Sempre assim foi na História de Portugal. Não obstante…Portugal existe e vai continua a existir. E eles, os aliados do inimigo externo, estão devidamente catalogados na História de Portugal…."


Ricardo Ferreira disse...

Só mesmo tótós para cairem na conversa de PSD e CDS, o que é dito entre eleiçoes e na campanha eleitoral, é taticismo politico que não tem expressão pratica enquanto eles estão no governo, não é obvio?

Jose disse...

Pobres coitados!
Na impossibilidade de se ufanarem das políticas da geringonça - que para além da reposição de regalias às suas clientelas e dos benefícios ao astral da comunidade gay, são inexistentes - os seus serventuários mantêm-se empolgados com a sua acção como opositores a um PAF que já não governa há quase uma ano!

Anónimo disse...

Pobre coitado mesmo.

Na impossibilidade de atamancar alguma justificação para o disparate colocado logo a encimar os comentários (e após ter sido desmentido por alguém lá do meio), o que faz o coitado do tipo das 19 e 20?

Lembra que os pafistas já não governam há quase um ano, algo de que se esqueceu completamente quando iniciou neste post a propaganda à tese do PAF.

Antes misturara os seus problemas pessoais e familiares com a acção governativa da dita "gerigonça", a comprovar duas coisas:

- que os seus problemas pessoais e familiares parece que passam pela comunidade gay , o que confirma mais uma vez as teses de Freud.
- que a "geringonça lhe continua encravada no tubo digestivo. Onde vão os tempos em que jurava da impossibilidade da dita e se encrespava raivosa e de forma racista contra os factos e a realidade?

Anónimo disse...

O que está em discussão e que é denunciado neste post é este andar com a maré destes oportunistas "que adaptam sem escrúpulos o discurso às circunstâncias, ignorando responsabilidades próprias e contradições".

Ora o PP é o protótipo destas situações ( mas não só). E a Paulo Portas sucede-se Cristas,que com ele aprendeu e que a ele imita. Depois, quando no poder, é colocar um boné na cabeça, trocar a mota por um carro de luxo e proclamar que o povo aguenta.

Pelo que se percebe mal como em resposta a este texto de Nuno Serra se venha falar em "políticas da geringonça, de regalias , de clientelas, de benefícios, da comunidade gay, de serventuários, de opositores".
!

Ou será que afinal toda esta treta não passa mesmo de uma cortina de fumo para esconder a verdadeira natureza de classe destes aldrabões e vigaristas sem classe nenhuma?