sábado, 16 de julho de 2016

Euro-fantasias que nos custaram muito caro


Houve economistas que perceberam muito bem a perversidade da criação do euro. Um deles, Rudiger Dornbusch, escreveu isto (Foreign Affairs, September 1, 1996 - Euro Fantasies: Common Currency as Panacea):
A luta para alcançar a união monetária, na fórmula de Maastricht, pode vir a ser recordada como uma das mais inúteis batalhas da história europeia. Os custos para lá chegar são grandes, os benefícios económicos pequenos, e a probabilidade de um desaire enorme. (…)
A crítica da UEM mais séria é a de que, abandonando os ajustamentos pela taxa de câmbio, transfere para o mercado do trabalho a tarefa de ajustar a competitividade e os preços relativos [produção interna versus produção importada] (…)
Se uma região entra em declínio porque, por exemplo, as suas exportações se tornaram obsoletas, a deflação tem que desempenhar o papel da desvalorização. (…)
Nas regiões atrasadas o desemprego aumentará, assim como os problemas sociais e as queixas contra a integração. (…) Se as taxas de câmbio são abandonadas, enquanto instrumento económico, qualquer outra coisa terá de ocupar o seu lugar. Os promotores de Maastricht cautelosamente evitaram dizer qual seria essa outra coisa. Mercado de trabalho competitivo é a resposta, mas essa é uma palavra feia numa Europa do Bem-Estar social.
(Também publicado aqui)

26 comentários:

Anónimo disse...

Penso que quem muito tem/acumulou até agradece a deflação.
Desde que não lhes desvalorizem a moedinha, não são chamados a participar em nenhum "ajustamento", paga quem trabalha...

Anónimo disse...

Quando o EURO-pesadelo vai acabar?

Anónimo disse...

Que será de nós quando o BCE deixar de garantir juros e compras de divída? Que fazer com o pacto de estabilidade? Que fazer contra os que reclamam vingança dos que têm preocupação social?

Anónimo disse...

A questão do quem muito tem é saber como alcançou esse muito

E é precisamente por essas coisas que andaram constantemente a saquear não só o erário público, como também o bolso dos cidadãos, que é preciso também estar atento.
A rapina e as rendas conferidas por governos ao seu serviço não podem continuar impunes. Nem o dinheiro salvaguardado em offshores

Senão continua a pagar quem trabalha. Como até aqui .Para o bolso dos agiotas e do centro da europa

António Pedro Pereira disse...

José(zito):
A RTP está a dar uma série documental sobre a mãe da PIDE: a PVDE.
Vê, talvez por lá encontres algum nome dos que te habituaste a venerar.

Anónimo disse...

A questão da moeda única, falsa questão, não credita o homem como ser económico e social tal como e´…Talvez os homens tenham de mudar sua mentalidade pois continuam a culpar-se por coisa simples. E´ que tirando a vigarice e o egoísmo de que somos todos um pouco percussores, Me parece que e´ o mal maior, sabe bem estar em Berlim, Paris ou Roma sem necessidade cambial e Passaporte…
Como qualquer actividade científica e tecnológica apanha sempre o homem comum desprevenido, (ou as sociedades) assim aconteceu com esta engenharia da moeda única.
Somos nós os homens e mulheres desta Europa, que se quer solidaria, que teremos de enfrentar os desígnios desta época. Somos nós que teremos de modificar nosso acto de estar. Lutar sim, mas com saber de experiencia feito. Falam de soberania e de independência como se alguma vez fossem soberanos e independentes. Maltratam o federalismo e no entanto a primeira coisa que fazem e´ federações e confederações sindicais e outros tipos de movimentos sociais.
Parece não bater a bota com a perdigota- de Adelino Silva

Anónimo disse...


Um programa antecipado alternativo que proponha uma nova Constituição Republicana virada ao futuro para saída deste imbróglio Kafkiano que e´ esta U.E., e´ preciso de facto.
Mas isso obriga a esquerda a repensar toda uma tática política partidária existente, a um debate profundo sobre opções de poder e formas adequadas de luta politica e social.
Essa força política de esquerda terá de propor ao eleitorado em referendo ou plebiscito essa sua pretensão.
Não e´ a moeda única que obstaculiza a democracia. São os Soros e seus lacaios of the Billdeberg. De Adelino Silva

Unabomber disse...

Para o anónimo das 22:17

A grande maioria dos verdadeiros "capitalistas" Tugas já tem o seu dinheirinho lá fora, ao abrigo das desvalorizações do novo escudinho.
Na verdade, a maioria do pessoal acumulou algum dinheirinho no banco à custa de muito trabalho ao longo de muitos anos, e de muitas restrições no consumo (Poupanças).
E, obviamente que as desvalorizações do novo escudinho irão fazer pagar, forte e feio, pelo ajustamento estes ricos parvos, para beneficiar os tugas gastadores que se endividaram excessivamente, muitas deles na aquisição de bens superfulos.

Unabomber disse...

Amigo Bateira:

O Euro não foi a CAUSA da maior crise financeira internacional dos ultimos 80 anos.
A designada "crise do Euro" foi apenas uma das CONSEQUÊNCIAS dessa crise financeira internacional.
.....
Lembro mais uma vez que apesar de não existir Euro em 1978 e em 1983, tivemos de recorrer ao protectorado do FMI e aplicar as consequentes doses de austeridade.

Anónimo disse...

"O Euro não foi a CAUSA da maior crise financeira internacional dos ultimos 80 anos." Unabomber


É verdade Unabomber, se nós formos à raiz do problema o Euro não é efetivamente a causa, a causa chama-se capitalismo, o tal sistema económico que permite uma minoria concentrar a riqueza de tal forma que mais tarde ou mais cedo leva ao descalabro da economia, tal como estamos a assistir hoje!
A proposta do Jorge Bateira não é revolucionária, é uma proposta progressista nacionalista que já foi executada no passado com sucesso, limitado a prazo pois não altera o fundamental do regime económico.
O Jorge Bateira é bem intencionado, quer parar com a sangria que estão a impor ao seu país e percebe que dentro do Euro a sangria vai continuar. Exigir ao Jorge Bateira e a outros que têm opinião semelhante uma solução revolucionária é exigir demasiado.

Se o Unabomber sabe que o Euro não é o problema por favor avance com as soluções! Há anos que andamos à espera por soluções efetivas, mas os europeístas só nos empurram para uma realidade medonha!

Anónimo disse...

"A maioria do pessoal acumulou algum dinheirinho à custa de muito trabalho ao longo de muitos anos e de mutas restrições ao consumo...estes ricos parvos"

Há aqui algum desfasamento com a realidade social e económica do país. Confundir uma classe média cada vez mais depauperada com o resto do país dá origem a estas generalizações tontas.

Considerar que o processo descrito em cima dá origem a "ricos" é outro desfasamento.Ou oculta-se a verdadeira riqueza ou não se sabe o que é isso.

É o que dá pensar que o umbigo é o centro da terra

Anónimo disse...

Mais perigoso e repelente , porque vai ao encontro do discurso do neoliberalismo néscio é apontar duas categorias de pessoas:
Há os ricos parvos ( que acumularam poupanças) e os tugas gastadores, beneficiados, que se endividaram excessivamente

A estória da carochinha repete-se com mais ou menos salero. Nunca se faz a abordagem das opções ideológicas tomadas, nem dos caminhos percorridos para se chegar aonde se chegou. A fábula da cigarra e da formiga, repetida ad nauseam pelo Shchauble e sua coorte, encontra aqui também espaço para se replicar.

Entre o dividir para reinar e a subserviência ao protectorado venha o diabo e escolha.

Unabomber disse...

Para o anónimo das 23:43

Sobre a "A causa chama-se capitalismo":
- será que depois da saida do Euro e de termos acabado com o "protectorado" já não iremos viver no "capitalismo"? nunca mais haverá crises económicas?

"A proposta do Jorge Bateira não é revolucionária, é uma proposta progressista nacionalista que já foi executada no passado com sucesso":
- Amigo anónimo, em que país foi executada no passado com sucesso a proposta do Bateira? será que o anónimo se refere à "separação monetária" da Checoslováquia, ou da União Soviética? pensará o anónimo que estas separações serão equivalentes à saida de Portugal da zona euro?

"Exigir ao Jorge Bateira e a outros que têm opinião semelhante uma solução revolucionária é exigir demasiado".
- Na verdade a forma de apresentação da solução pelo J.Bateira tem sido revolucionária: parece que a saida do Euro é uma "coisa" muito simples, que não tem nenhumas dificuldades e nenhuns custos - que irá gerar pouca inflacção - que será fácil aumentar o consumo interno e simultaneamente manter o equilibrio da balança corrente - que será fácil incumprir e reestruturar a divida externa Publica e Privada, etc...
... Até parece que antes de termos entrado na UE e no Euro éramos um país rico, que nunca teve necessidade de recorrer ao protectorado do FMI.

Unabomber disse...

Para o anónimo das 23:50:

Por falar em estórias da carochinha imagine a seguinte estória:
Dois irmãos recebem uma herança de 100.000 euros (cada), o irmão cigarra gasta os seus 100.000 euros na compra de dois carrões, ao passo que o irmão formiga deposita os seus 100.000 euros no banco.
Se passado uma semana os euros do irmão formiga forem convertidos em novos escudinhos, e que estes têm uma desvalorização de 30% - será que o irmão formiga não tem nenhuma perda?
Será que isto é apenas uma estória da carochinha?

Anónimo disse...

Unabomber - deixe-se de histórias da carochinha, mais as heranças do carochão

Anónimo disse...

“- será que depois da saida do Euro e de termos acabado com o "protectorado" já não iremos viver no "capitalismo"? nunca mais haverá crises económicas?” Unabomber

O Unabomber devia reler o que escrevi…
O capitalismo não vai desaparecer só porque Portugal sai do Euro, não creio que algum dos Ladrões alguma vez defendeu isso!
E sim, o capitalismo (sem aspas porque merece!) está mesmo muito próximo de ser a causa das crises passadas e presentes, até porque existem padrões que se repetem e que no mínimo deviam pôr as pessoas a pensar. Isto não significa que eu tenha numa cartola a solução para os males da humanidade ou que acredite que a substituição do capitalismo por outra coisa qualquer garanta que nunca mais haverá crises, não tenho ilusões, agora que eu gostava de viver num mundo onde a riqueza produzida fosse parar às mãos de quem, imagine a audácia, a produz verdadeiramente e não de chico espertos gananciosos gostava, gostava muito!

Repito o que disse, Jorge Bateira e outros Ladrões não são revolucionários, serão sociais democratas e não muito mais do que isto. O que leio aqui no Ladrões de Bicicletas, pouco ou nada é de teor revolucionário!
O Unabomber tem vivido no antro neoliberal há tanto tempo que agora pensa que a social democracia = ideologia revolucionária e que a UE neoliberal/ Euro é melhor que antes Euro, pois eu acho que Portugal de rastos está e que de rastos continuará enquanto não se disser basta!

Contudo, admito que o Jorge Bateira devia moderar um pouco as expectativas, é possível, devido a circunstancias técnicas da transição do Euro para o novo Escudo e devido ao período de profunda crise do capitalismo global leve a tempos de dificuldade agravada.

Cheguei ao ponto em que prefiro a incerteza do que a miséria certa que a EU neoliberal/ Euro impõe a Portugal!
Pensava o Unabomber que isto não chegaria a este ponto? Pensa o Unabomber que estamos todos disponíveis em continuar a tolerar + Europa - democracia - condições de vida?
Não Unabomber, eu por mim falo, estou cansado e basta de conversa fiada europeísta, e apesar de me ter tornado anti-euro (e não tardando muito anti tudo que seja UE) continuo a desejar uma Europa de paz, cooperação e progresso tudo aquilo que a “Europa” dos europeístas é cada vez menos...

Jorge Bateira disse...

Unabomber,

A perda do poder de compra dos depósitos em euros, após a sua redenominação em novos escudos, será a do valor da inflação. Para uma desvalorização de 30%, a inflação situar-se-ia à volta de 7,5%-9%, tendo em conta um conteúdo em importações no cabaz de consumo da famílias de 25%-30%. De notar que, num contexto de economia deprimida, a inflação tende a reduzir-se nos anos seguintes.
Sim, a saída do euro tem custos. Mas a pergunta que talvez queira fazer é esta: em termos líquidos (benefícios-custos de todos os tipos), qual é a melhor opção?
Pela minha parte, considero a soberania de Portugal inalienável e o futuro de uma comunidade insusceptível de ser quantificado, por isso, a minha opção determina-se muito mais por princípios e valores do que por quaisquer análise benefício/custo.

Anónimo disse...

O Euro,é uma moeda que foi criada para servir os interesses da Alemanha e seus satélites e criar grande instabilidade nos países da Europa do Sul. Esses países não têm qualquer possibilidade de criarem uma política monetária e são tratados como se fossem colónias . não é exagero dizer-se que a Zona Euro é hoje uma zona geográfica em que muitos países são hoje tratados como colónias pela potência dominante que é a a Alemanha.Em Portugal essa situação tem sido fomentada por uma grande parte da Comunicação Social dependente do poder económico.
verifica-se também uma situação de grande instabilidade em toda a zona do mediterrâneo provocada por interesses de natureza geopolítica e geoestratégica, a que a Alemanha em conjunto com outras potências não estão alheias.

Anónimo disse...

Parece que Unabomber volta a não perceber o que um anónimo escreveu. pelo que se repete na convição que seja desta:
"se nós formos à raiz do problema o Euro não é efetivamente a causa, a causa chama-se capitalismo, o tal sistema económico que permite uma minoria concentrar a riqueza de tal forma que mais tarde ou mais cedo leva ao descalabro da economia, tal como estamos a assistir hoje!"

Depreende-se que a saída do Euro não conduz a nenhum fim do capitalismo. Nem ao fim das suas crises. Nem ao descalabro final da economia

Elementar meu caro Watson

Anónimo disse...

A eventualidade da saída de Portugal do euro tem que ser equacionada. Ou porque o país se recusa a continuar neste processo de asfixia, ou porque o euro implode ou simplesmente porque nos empurram para fora deste.

Este estudo é obrigatório. Só fundamentalistas europeístas fora da realidade negam tal.A questão ultrapassa assim o "eventual sucesso" para se tornar num imperativo.

Repete-se para que não haja confusões e incapacidades de interpretação ou pedidos de esclarecimento- Deve ser estudada a eventual saída do Euro.
Ponto final parágrafo

Anónimo disse...

Quem serão os papalvos que este das 16 e 17 refere?

Os papalvos governados pela santíssima trindade da troika, sob a direcção artística de Passos /Portas/ Cristas?

Mas não era este mesmo tipo, o das 16 e 17, troikista até à medula, apoiante entusiástico da troika até ao tutano, mendigante do retorno da troika até à náusea ,que batia as palmas das mãos pelo corte dos salários e das pensões executadas pela dita canalha?

Sempre com os seus políticos empenhadíssimos na luta pela apropriação da riqueza gerada pelos que trabalhavam, de molde a entrarem no cofre de quem mais tinha (e tem) e dos agiotas a falarem em alemão? (e não só)

Percebe-se. Há os mais iguais do que outros. E a função deste sujeito é pugnar pelos seus iguais e o melhorar (ainda mais) os tais 1%

Unabomber disse...

Caro Jorge Bateira:

- "A perda do poder de compra dos depósitos em euros, após a sua redenominação em novos escudos, será a do valor da inflação."
Numa perspectiva teórica estou de acordo consigo neste ponto, mas em termos prático acontece que muitas das vezes acumulam-se depósitos nos bancos para futuramente adquirir imóveis e outros bens duradouros, sendo nestes casos as perdas reais com a redenominação são iguais à inflação deste tipo de bens.

- PARECE-ME que o cálculo que efectuou da inflação (7,5%-9%) parte do principio que apenas os bens importados são inflacionados por via da desvalorização. Ora, acontece que a maioria dos bens produzidos internamente são obtidos a partir de matérias primas e subsidiárias importadas (ex: petróleo) e por isso os seus preços também são sujeitos a alguma inflação.

- Embora as circunstâncias não sejam as mesmas, lembro que na década de 80 tivemos taxas de inflação prox. de 25% - mesmo tendo em conta que uma parte desta inflação foi importada, não deixa de ser um valor muito alto, que teve reflexos significativos nos salários reais.

.."a minha opção determina-se muito mais por princípios e valores do que por quaisquer análise benefício/custo".
- respeito a sua opção, mas PERECE-ME que para existir uma discussão séria sobre a saída do euro os textos colocados no ladrões de bicicletas sobre o assunto, que na prática é a verdadeira alternativa à politica do "não há alternativa", devem balancear os benefícios e os custos e na medida do possível fazer a análise beneficio/custo - (é no fundo a falta disto, na maioria dos textos dos ladrões de bicicletas, que eu critico nos comentários que coloco).

Anónimo disse...

Vamos a ver se o Unabomber percebe uma coisa muito simples.
Os textos publicados neste blog ( como em qualquer blog) são da responsabilidade de quem os escreve que, como é óbvio, são os autores do mesmo.

Por acaso estou de acordo com o que Eugénio Rosa escreve a tal propósito e que de certa forma penso que enforma também o LdB:
"A maior parte da informação divulgada sobre a economia e a sociedade portuguesa nos media é dominada pelo pensamento neoliberal, porque é este que tem acesso privilegiado aos media. Este domínio é tão grande que atinge os próprios meios académicos podendo-se falar, com propriedade, de um pensamento económico único dominante. Quem esteja familiarizado com a ciência económica, sabe bem que a economia não está acima dos interesses de classe que se confrontam na sociedade, e o neoliberalismo defende os interesses do poder económico dominante nas sociedades capitalistas actuais. Nos estudos disponíveis neste site procura-se analisar os problemas económicos e sociais numa perspectiva diferente, que é a dos interesses dos trabalhadores. No entanto, não existe qualquer pretensão de substituir um pensamento único por outro, mas apenas o propósito de fornecer ao leitor uma outra forma de analisar os problemas económicos e sociais, para que ele, confrontando-a com a do pensamento neoliberal dominante nos media, forme a sua própria opinião, que é o mais importante. A verdade só poderá surgir do confronto democrático de ideias e nunca da imposição de um pensamento único como se pretende actualmente".

Pelo que não se pretenda que a visão neoliberal impingida diariamente seja por aqui espelhada

Uma última nota: não há nunca uma única alternativa, tal como não há um caminho único. As alternativas são várias, umas mais plausíveis que outras. O caminho feito ou a fazer vai estabelecendo e modificando o trilho a percorrer, abrindo novas vias e dificultando outras

Unabomber disse...

Amigo anónimo:

Será que efectuar uma discussão séria sobre a saída do euro, balanceando os benefícios e os custos e na medida do possível fazendo a análise beneficio/custo, é impingir a "visão neoliberal"?

.....
"As alternativas são várias, umas mais plausíveis que outras": por isso, talvez convenha analisá-las seriamente, para saber quais é que efectivamente são mais plausíveis.

Anónimo disse...

As alternativas são várias.

Aleluia. Parece que já não um caminho ou outro

Mas a questão, infelizmente para o Unabomber, não é uma questão de benefícios/custos. É muito mais do que isso , embora possa ser necessário dar resposta a tal perspectiva

A questão é sobretudo: benefícios para quem ? Custos para quem? No deve e haver de que lado ficarão os benefícios e para que lado tombarão os custos?

E por mais que doa a Unabomber estamos fartos, todos fartos que a balança penda sempre para o mesmo lado.
Por isso essa análise é redutora. Tanto coo o discurso neoliberal que nos têm impingido até ao massacre

Anónimo disse...

Infelizmente a questão não passa por uma diletante discussão sobre a saída do euro , balanceando os benefícios e os custos tal como nos é aqui apresentada

Porque quem beneficia uns prejudica outros, E vice-versa. E o beneficio de quem mais tem ( os tais 1%) , tem sido o prejuízo de quem tem menos(os tais 99%)

Porque a discussão é diletante já que há quem não consiga perceber que foi a Alemanha que beneficiou mais com o Euro e que a prova de tal é também o facto de até 2002, o PNB alemão ser inferior ao PIB alemão e que a partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação se inverteu rapidamente: o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha.
E a tentativa de ocultar tal facto, com exercícios à volta, perguntinhas de estilo e fugas para a frente não permitem uma discussão séria, já que as odes à colonização e os convites à submissão estão para lá do que é admissível sob o ponto de vista ético.