Este ponto de Benoît Bréville, novo director do Le Monde diplomatique, não pode ser esquecido: “Macron, dócil perante a União Europeia que recomenda esta reforma, mas incapaz de convencer os franceses e os seus deputados, decidiu passa-la à força.”
De facto, a UE, retóricas recentes à parte, continua a ser a maior máquina supranacional de iniciativas liberais na economia política, contribuindo para a erosão da prática democrática com substância socioeconómica e abrindo caminho à extrema-direita.
Felizmente, a França também indica que ainda há uma esquerda soberanista, liderando as sondagens e tudo; sabe onde os direitos, e as correlativas obrigações, que contam se conquistaram e se conquistarão.
2 comentários:
Em Espanha a reforma das pensões recentemente aprovada seguiu o caminho inverso: manteve a idade da reforma a regra do aumento indexado à inflação, e garantiu o aumento das quotizações através de impostos aos rendimentos mais elevados, respeitando o princípio constitucional da progressividade fiscal. Bruxelas aceitou. É preciso é haver vontade política.
Veremos quando for algo pró sério. Veremos a atitude da "França" quando a decisão for CBDC (Central Bank Digital Coin). A "França" alinhará num colete de forças CBDC não-francês?.
Moeda é soberania.
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