terça-feira, 10 de março de 2015

Não há festa...


É caso para dizer que António Vitorino tinha mesmo razão, desde que façamos as devidas adaptações: não há festa nem festança empresarial sem a Dona Constança. Será que também são estas e outras ligações à chamada sociedade civil, e o correspondente poder, que fazem de António Vitorino, pelos vistos, não só um putativo candidato presidencial, mas também um efectivo membro do ideologicamente selectivo grupo de comentadores políticos ou do grupo de acompanhamento do programa eleitoral de um PS assim renovado? Enfim, como já aqui defendi, parece que o que está mesmo podre no nosso país é o actual regime de economia política.

18 comentários:

O Puma disse...

Com Santana faz uma triste parelha

mas ambos estão na grelha do Cavaco

Dias disse...

Já disse tudo, João Rodrigues!
O Centrão já anda a fazer as suas escolhas (também dava jeito um “socialista de direita”…).

rui mota disse...

Se economia política, pretende ser uma metáfora para "polvo" maçónico, está certo.

Aleixo disse...

Mas vocês acham, que esta

" casta de ex-nomeados instalados, da neoplásica democracia representaiva ",

tem tomates para ir a votos?!

Anónimo disse...

Vitorino nunca me foi um personagem simpático ! Mas a obcessão anti-PS de João Rodrigues, diz tudo sobre a viabilidade da governança à esquerda no panorama nacional.

José Rodrigues

João disse...

Lavro uma nota breve, sobre uma evidência: ser de esquerda ou de direita, não é dicotomia desportiva. Por tal razão, insistir em juntar as palavras "esquerda" e "PS" (o PS, casta dirigente, o PS empreendedor e moderado, o que conta para os negócios e para os interesses, entenda-se, que o resto é povéu que é preciso aturar por causa dessa maçada dos votos, mas que nunca pisarão as alcatifas onde caminham os nossos excelsos passos), é o mesmo que colocar uma pedra dentro de uma gaiola e esperar que ela cante.

Aleixo disse...

O ALDRABÃO DO
passos,

TAMBÉM DIZIA COM ARROGÃNCIA,

QUE AS DÍVIDAS SÃO PARA PAGAR.

ESCROQUE!

" OLHA PARA O QUE EU DIGO, NÃO OLHES PARA O QUE EU FAÇO. "


( o passos...
o PS...
ou outro qualquer sem escrúpulos.)

maria disse...

António Costa, diz-nos com quem andas (e escolhes!), e saberei quem és! (ou o que propões!)
... para quem tinha esperança de viragem à esquerda, esqueça!!
e a extrema esquerda a fragmentar-se(livre, avançar, podemos,etc., etc.,) e o marinho pinto que anda muito caladinho... e teremos portas/passsos outra vez! e por mais 4 anos!! e depois chorem. chorem muito!!!

maria disse...

...e o antónio vitorino é um manhoso! e se temos o cavaco agradecemos ao ps. e se tivemos presidentes do ps foi porque o pcp engoliu sapos, para defender a democracia. esta!!

Anónimo disse...

José Rodrigues,

Quem lixa, portanto, a viabilidade de uma convergência da esquerda, não são os que para elaborar o programa do PS chamam artistas do nível de um António Tratados Europeus Vitorino, de um Correia PPP de Campos ou de um Augusto Santos Silva?

Anónimo disse...

Caro Anónimo das 18,12:

Portanto, como esses gajos até são todos contra o serviço nacional de saude, a escola publica, e outros valores caros à esquerda, preferimos um governo de direita como o que temos, é isso ??

José Rodrigues

Anónimo disse...

é a grande aposta do livre/tempo de avançar para n.º 2 do seu próprio partido. o n.º 1 é o antonio costa

Anónimo disse...

José Rodrigues,

Claro que são todos contra o serviço nacional de saude, a escola publica, e outros valores caros à esquerda.

Obraram, aliás, contra esses valores e essas causas. Em tratados, PPP e medidas contra o pluralismo nos media.

(contiunuando no seu plural majestático) Não, não achamos a direita melhor, mas achamos que há quem defenda (MUITO) melhor os valores e causas de esquerda.

E não estou a falar dos que no PS têm elaborado programas e ido para o Governo.

Se quiser falar de nomes de PS que não esses - uma gente cuja obra PSD e CDS continuaram e aceitaria nos seus quadros - podemos falar em esquerda, mas não podemos falar deles como futuros ministros que Costa nunca os irá buscar.

Anónimo disse...

Caro anónimo das 18:52,

Perante um eleitorado rachado ao meio, o que vc me está a dizer é que a melhor maneira de a esquerda negociar com o PS uma governança tão à esquerda qt possivel, é impor à partida o saneamento de personalidades da area socialista que entende contaminadas pela direita ? Ou seja, não se discutem ideias, mas pessoas ?
Confesso que como método negocial é original. Mas depois da alinça da esquerda á direita para o chumbo do PEC IV já nada me surpreende.

JRodrigues

Anónimo disse...

JRodrigues,

É muito complicado discutir com quem se posiciona como José Rodrigues, uma concepção cívica no campo da trica partidária, do clubismo, da intendência, da distribuição dos lugares, e completamente alheia ao pensamento político expressado há anos aqui no Ladrões de Bicicletas.

Depois, surgem estas
estupefacções com o que João Rodrigues escreve.

Isso do discutir a votação do PEC IV é a habitual conversa dos que rejeitam as ideias políticas dos outros - uma concepção absolutamente anti-democrática. Para esta gente, só há duas opções de governança (PS e PDS) e quem pensa diferente nem sequer têm direito a escolher outra coisa. Na cabeça desse PS, os partidos de esquerda deviam existir não para defender ideias próprias que vão a votos e elegem deputados, mas para manter o PS no poder. PS

O problema do eleitorado dividido ao meio é um problema do eleitorado que não se sente cativado em maioria por nenhum partido. Não é culpa de nenhum partido, já que cada um faz os possíveis por convencer os eleitores de que as suas propostas são as melhores. Pensar o contrário é ver os dirigentes partidários como uma espécie de personal trainer motivacional político.

Se prefiro o que defende o meu personal trainer, por que carga de água vou mudar para o do outro que não se adapta ao meu físico? Isto não é um Jorge Jesus vs Lopetegui, ou o Zandinga vs o João Paulo II.

Anónimo disse...

É que José Roiz está mesmo fora do paradigma que governa aqui nos Ladrões. Nem consegue discutir com base nestes pressupostos. Pior, nem percebe que está a querer discutir com base em pressupostos outros. Diz coisas, parecem relacionadas, mas em nada se adequam ao dito por João Rodrigues. Primeiro, ninguém falou em saneamento (no PS gostam muito de avocar saneamentos, embora queiram sanear as ideias dos outros impedindo-os de ter ideias económicas diferentes e de votar contra um conjunto de propostas económicas austeritárias chamadas PEC IV ou Programa de ajustamento, por exemplo).

Segundo, José Roiz nem percebe que as pessoas são diferentes e defendem coisas diferentes. E não são melões.Nós sabemos o que fizeram antes, o que pensam, o que escrevem. Trazer para discussão gente co-responsável pelo colapso social, mostra não ter percebido nada da situação em que estamos metidos. Por algum motivo Costa se lembra de apelar Vitorino como presidenciável. A coisa foi tão torpe, que dentro do próprio partido olharam para Costa espantados. Adão e Silva ou Barroso são alguns dos que pensam exactamente, como CDU, BE, João Rodrigues ou eu. Ambos os dois socialistas percebem melhor os termos desta discussão do que o perdido José Rodrigues.

Achar que o advogado de negócios Vitorino, o taxa de moderação PPP Correia de campos ou o anti-pluarlismo Santos Silva vão agora ter ideias diferentes é assim como acreditar no Pai Natal.

Só que, encarcerado no seu paradigma mental, de que isto das políticas é tudo igual e que o que interessa é ser mais ou menos competente, a José Roiz nem passa pela cabeça que eles possam vir a propôr coisas políticamente diferentes das que propuseram anteriormente e que tão bons resultados deram. São do partido em que vota e isso basta-lhe. Podem ser uns "filhos da puta", mas são os "filhos da puta" dele e deviam sê-lo de toda a esquerda, independentemente de terem governado como sempre governaram e continuarem a propôr oq ue sempre prosuseram - mais do mesmo, pois.


CDU e BE até podem negociar com o PS, mas achar que Vitorino, Correia de Campos ou Santos Silva vão mudar de natureza é ir para as negociações perder tempo.

Para isso, mais vale disponibilizarem-se para governar em conjunto, como sugere João Rodrigues e muitos outros (tb eu). Aliás, já ambos se mostraram e disseram disponíveis para ir para o governo. E o eleitorado logo nos dirá como quer distribuir os votos. e, se não der a maioria a ninguém, terá sido essa a decisão do eleitorado. Se uma maioria voltar a preferir as PPP com o BES(como Correia de Campos) ou os tratados de estabilidade e défices de ouro (como Vitorino) devem votar na CDU e no BE pq?

Chama-se democracia.

Anónimo disse...

"É muito complicado discutir com quem se posiciona como José Rodrigues..."

Quando tento explicar alguma coisa aos meus alunos e ninguém entende, tb me sinto tentado a pensar que são todos burros. A alternativa, que dá mais trabalho, é pensar que se trata de uma fraca explicação.

Aqui estamos na mesma, meu caro. Só meia dúzia de iluminados entendem pq é que em momentos chave da nossa vida politica a esquerda se alia à direita para combater o PS. Não me encontro entre esses iluminados, é um facto. E não sou só eu. E até hoje não encontrei nenhum iluminado capaz de se questionar sobre a validade dos argumentos com que tenta justificar o injustificavel. Portanto, não é só à direita que tenho de agradecer o estado a que isto chegou. Pelos vistos há quem pense que ainda não é bastante e insista na receita.

JRodrigues

Anónimo disse...

A esquerda não se alia à direita. Isso é conversa de militinto xuxa.

A esquerda alia-se à esquerda. Se não percebe a diferença entre o que CDU e BE defendem e o que o PS que corre ao poder defende sabe-se bem onde anda, por muitas metáforas que invente.

Aqui no Bicicletas, mesmo discordando do que dizem, nunca vi ninguém discutior intendência e tachos, mas surgem sempre uns bacanos xuxas querendo discutir o facto de não se lhes apoiar o seu PS.

É chato, fazem a figura do soldado marchando errado contra todo o batalhão com a benevolência do paizinho.

Escolhem é a parada errada, na dos Ladrões discutem-se ideias e não o modo como o PS deve ser ajudado pela esquerda para ser Governo e continua as políticas de défices dourados e PPP.