terça-feira, 3 de setembro de 2024

Privataria


Inspecção-Geral de Finanças conclui que TAP foi comprada com empréstimo com garantia da própria empresa O relatório da auditoria da Inspecção Geral de Finanças (IGF) às contas da TAP concluiu que a compra de 61% da companhia aérea ao Estado, em 2015, por um consórcio liderado por David Neelman foi financiada com um empréstimo de 226 milhões de dólares concedido pela Airbus, com a compra de 53 aviões à construtora pela TAP como contrapartida, e com a companhia aérea portuguesa a prestar garantia por esse crédito. Ou seja, a IGF estabelece que a TAP foi comprada com garantia da própria TAP.
 

Esta comprovada privataria é a enésima demonstração da natureza antipatriótica do Governo da Troika. Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque terão muito de explicar, espera-se, sem esquecer o inevitável Miguel Pinto Luz. Por falar nesta figura sombria, também com responsabilidades políticas neste negócio, recupero uma nota que aqui deixei quando se soube que ia a ministro e logo das Infraestruturas e Habitação.

Anti-Luz

Para lá da famosa carta de conforto na vergonhosa privatização da TAP, aposto que um jornalista de investigação passaria horas de diversão a escrutinar a polémica Fundação Alfredo de Sousa, a cujo Conselho de Administração Miguel Pinto Luz ainda preside, creio. Fica no concelho de Cascais, que não pertence ao distrito do Algarve. 

É parte do mamarracho capitalista académico da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (vulgo Nova School of Business and Economics...). Gere, com os “parceiros corporativos”, ou seja, com grandes empresas que financiam, muito capital ligado ao campus de Carcavelos e atividades conexas, incluindo os terrenos cedidos pela Câmara Municipal de Cascais para a construção. Pinto Luz também faz parte do executivo camarário, como Vice-presidente. 

Ainda há almoços grátis, sob a forma de rendas fundiárias e não só?

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