sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Haja memória


Reavivar da memória, por Volskvargas na semana passada, no início de mais um ano letivo, a partir de um debate entre Nuno Crato e João Costa. Não deixem de ver, do princípio ao fim (são apenas 2 minutos). Ou o ex-ministro da Educação da PAF tem um problema, não clínico, de dupla personalidade, ou é detentor de um topete sem limites.

Quando a questão da falta de professores é finalmente consensual na sociedade portuguesa, o responsável, com o seu governo, pela saída de cerca de 30 mil docentes da Escola Pública, entre 2011 e 2015 - e que defendia haver professores a mais - vem agora dizer que o problema da falta de professores «é uma falta de reconhecimento do problema da falta de professores». Isto não se inventa.

Crato chega mesmo a afirmar que, «na realidade, nós sabemos há muito tempo, que há uma falta de professores e que havia uma falta de professores»... Muito tempo? Quanto tempo passou desde que, em 2012, aludindo ao «viver acima das possibilidades», e invocando argumentos demográficos (que operam no tempo longo), o então ministro da Educação e Ciência disse haver «professores a mais», sentenciando que pelo menos em duas legislaturas se iria «continuar a assistir a necessidades muito limitadas de contratação»?

Com que noção se fica da seriedade de Nuno Crato, que em nenhum momento reconhece ter errado, preferindo dar um salto em frente, a ver se ninguém percebe o flic-flac? Bom, pelos vistos a suficiente para presidir ao Conselho Geral do Observador e à Iniciativa Educação, da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), onde é apresentado como «prolífico divulgador científico e interventor em educação».

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