O perigo ameaça tanto o corpo da tradição como aqueles que a recebem. Para ambos, esse perigo é só um: o de nos transformarmos em instrumentos das classes dominantes. Cada época deve arrancar a tradição da esfera do conformismo que se prepara para a dominar (...) Só terá o dom de atiçar no passado a centelha de esperança aquele historiador que tiver apreendido isto: nem os mortos estarão seguros se o inimigo vencer.
Walter Benjamin, “Sobre o Conceito da História” [1940], in
O Anjo da História, Assírio & Alvim, Lisboa, 2017, p. 11.
1 comentário:
Tretas. O Braudel dizia que a História é o estudo do homem no tempo. Ou seja, trazer o evento histórico para o conhecimento comum. A interpretação destes eventos e actores compete, com uma saudável distância crítica, ao hitoriador. Em liberdade, sem quaisquer cabrestos ideológicos, embora o homem deixe sempre a sua marca no historiador. É difícil uma completa isenção, consequência da humanidade do historiador. O problema da história é que por razões várias todos querem ser donos dela, sujeitando as interpretações da factualidade histórica a agendas outras que não á pura e simples Historiagrafia.
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