terça-feira, 2 de janeiro de 2018

O que é que a Revolução de Outubro fez por nós?


O jornal Mundus pediu-me um texto com 4000 caracteres sobre o centenário da Revolução de Outubro que se assinalou em 2017. Deixo-o aqui em 2018: 

A 25 de outubro de 1917, se seguirmos o calendário juliano então em vigor na Rússia, a 7 de novembro de 1917, se seguirmos o calendário gregoriano, em vigor a ocidente e que foi adotado pela Rússia Soviética em 1918, o chamado Partido Bolchevique, posteriormente Partido Comunista, lidera a tomada do poder em Petrogrado (nome de São Petersburgo desde 1914), capital de um vasto país farto da barbárie imperialista da Primeira Guerra Mundial. O governo provisório, desde o derrube do Czarismo, em fevereiro/março de 1917, insistia em prosseguir a guerra. O início da experiência comunista é incompreensível sem a dupla rejeição da guerra imperialista entre as grandes potências e do socialmente injusto e predador capitalismo, que, segundo Lenine, era a sua base material. Um dos primeiros decretos do novo poder dos sovietes, o da paz, apela, em simultâneo, ao fim das hostilidades, à autodeterminação dos povos e à revolução social.

O historiador Eric Hobsbawm argumentou certeiramente que o século XX é incompreensível sem os efeitos internacionais desta experiência revolucionária: “Até porque ela se revelou a salvadora do capitalismo liberal, tanto ao possibilitar ao Ocidente ganhar a Segunda Guerra Mundial contra a Alemanha de Hitler como ao fornecer o incentivo para o capitalismo se reformar”. O medo do comunismo foi de facto um “incentivo” para que as elites se conformassem temporariamente com o mal menor da reforma social-democrata do capitalismo, em particular na Europa Ocidental, sobretudo quando o expediente autoritário do nazi-fascismo, que muitas apoiaram, foi derrotado. Num certo sentido, o keynesianismo é filho do medo do colapso, tanto económico quanto político, do capitalismo.

Mas para lá disto, é preciso sublinhar que muito do anti-imperialismo, em geral, e do anticolonialismo e antirracismo, em particular, mais consequentes no século XX, a sul e a oriente, são incompreensíveis sem o apoio do movimento comunista e da URSS, bem como de outros Estados socialistas. Não esqueçamos que as potências ditas liberais, da França à Grã-Bretanha, eram abertamente imperialistas e colonialistas antes e depois das duas Guerras. E que os EUA do incensado, mas segregacionista e racista, Presidente Woodrow Wilson aceitaram que o princípio da autodeterminação dos povos ficasse logo a seguir à Primeira Guerra Mundial basicamente circunscrito aos novos Estados europeus. Nesse, como noutros aspetos, o vilipendiado Lenine, por exemplo, era bem mais progressista.

Do Encontro dos Povos do Oriente, em 1920, promovido pela Internacional Comunista em Baku, e de onde sai um apelo à rebelião anticolonial, dirigido em particular contra a Grã-Bretanha, à Primeira Declaração de Havana, em 1960, onde a jovem revolução cubana, liderada por Fidel Castro, lança um apelo anti-imperialista aos “povos da nossa América”, vitimas da ingerência dos EUA, passando pela Conferência de Bandung, em 1955, onde participa já a China comunista, a revolução social no Terceiro Mundo foi também uma luta pela soberania e independência nacionais.

Apesar da violência muitas vezes criminosa, a experiência soviética de industrialização acelerada constituiu durante muito tempo um exemplo de como, através da planificação, era possível industrializar rapidamente sociedades agrárias e dependentes. Não por acaso, o comunismo foi sobretudo popular, para o bem e para o mal, em sociedades semiperiféricas e periféricas.

Inspirados pelo célebre episódio de A Vida de Brian dos Monty Python, é caso de perguntar já não o que é que os romanos fizeram por nós, mas agora: o que é que a Revolução de Outubro e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, criada em 1922 e extinta em 1991, fizeram por nós? Para lá de terem metido medo aos ricos, obrigando-os a integrar os de baixo nas sociedades capitalistas ocidentais, assim menos limitadamente democráticas, para lá de terem dado o contributo decisivo para a derrota do nazi-fascismo ou para lá de terem ajudado a inscrever o anti-imperialismo e o anticolonialismo nas dinâmicas de um sistema internacional eventualmente menos hierarquizado?

E os seus fracassos, crimes e derrotas, não impedem outra pergunta: será que o mundo ficou melhor depois de 1991?

26 comentários:

Anónimo disse...

Um prazer lê-lo , caríssimo João Rodrigues

FM disse...

Pena, a opção pelo acordês...

Jaime Santos disse...

De facto, é uma excelente pergunta. Teria Hitler subido ao poder não fora o espantalho do medo da revolução? Teria o regime russo de Kerensky evoluído para uma autocracia à Putin avant la lettre, ou para o constitucionalismo?

Mas, o que quer que acontecesse, não teria dado origem aos julgamentos de Moscovo, ao gulag e à matança de Katyn, à opressão da Liberdade nos Países do Leste Europeu, a começar pela opressão da própria Social-Democracia (recordo-lhe o levantamento de 17 de Junho de 1953 na Alemanha de Leste em particular), onde hoje a Esquerda é quase inexistente, enfim ao paroxismo do terror com Estaline, Mao e Pol Pot.

E, mesmo no caso do nacionalismo progressista, que permitiu a libertação de milhões no mundo colonial, não se esqueça que a regra é que esses regimes se transformaram em autocracias cleptocratas, em grande medida às costas da formação marxista-leninista dos dirigentes independentistas, que copiaram ponto por ponto a corrupção e a mediocridade que se instalou para os lados de Moscovo.

Creio que era Kant que dizia que os erros do povo são sempre mais profícuos que os de um tirano qualquer, João Rodrigues. Mas, olhando para o elogio que continuamente faz à Revolução Russa, você e outros, eu pergunto-me se isso é mesmo verdade. É que para que os erros servirem para alguma coisa, é preciso que se aprenda com eles.

Enfim, é fraco consolo defender as conquistas sociais no Ocidente nas costas de milhões de vítimas. É quase como dizer que o Nazi-Fascismo teve pelo menos uma vantagem, a da II Guerra ter contribuído para a formação da União Europeia, como bem lembrava Lobo Xavier.

O Socialismo, se quiser sobreviver e ter futuro, vai ter que se transformar noutra coisa e deixar as suas vestes autocráticas e estatistas para trás. E sobretudo aprender, como o capitalismo aprendeu, a abandonar aquilo que não serve. Mas com outros propósitos, claro está, que não os de enriquecer uma minoria...

Agora, para isso acontecer, os Socialistas ainda existentes teriam primeiro que pintar a cara de preto e fazer um sério esforço de memória. Coisa que provavelmente não ocorrerá...

Jose disse...

1991 trouxe ao mundo o conhecimento de quanto uma extraordinária farsa pode condicionar o destino dos povos.

Lowlander disse...

O Jaime Santos, consulta a prodigiosa memoria selectiva do Google e vaticina, de cachimbo na boca, sobrolho levantado e uma voz grave e solene que o Socialismo, se quiser sobreviver e ter futuro, vai ter de cometer suicidio.


Lowlander disse...

Fiquei so com uma duvida Jaime Santos:
E se alguma dessas criaturas fantasticas que descreve, os Socialistas ainda existentes, for preto? Pinta a cara de preto mais carregado, deixa ficar como esta ou escolhe outra cor?

Unknown disse...

Começando pela pergunta final: “será que o mundo ficou melhor depois de 1991?”… Realmente o mundo ficou muito pior para os comunistas. Com o colapso da utopia soviética, derrubada pelos próprios comunistas, ficaram sem “bóia de salvação”, sem “modelo” para apresentar, sem o financiamento assegurado da URSS.

Este artigo omite propositadamente a tomada do poder comunista pela violência e repressão, por processos antidemocráticos, com a implantação de uma ditadura a ferro e fogo e uma guerra civil que provocou a miséria e a morte nas populações. Os comunistas participaram em actos de puro banditismo e vandalismo criminoso em que destruíram até os próprios “camaradas” caídos na desconfiança da elite. Com medo dos ricos, que os comunistas ainda hoje têm, criaram campos de concentração (GULAGs), prendiam e mataram milhões de pessoas sem julgamento justo, lançaram o país na fome e miséria e nela pereceram milhões de vítimas do comunismo durante o período da colectivização forçada onde até uma simples loja de venda de pregos tinha que pertencer ao Estado não fosse algum “pequeno-burguês” enriquecer do trabalho na sua pequena loja particular.

Os comunistas tinham tanto medo das liberdades democráticas e da imprensa livre que só permitiam poucas e raras fontes noticiosas totalmente controladas pela polícia política e pelos dirigentes do partido comunista.

No final da URSS os bens alimentares, de vestuário e de higiene pessoal eram escassos, tantas vezes racionados para chegarem a mais pessoas. Num país poderosamente rico e possante em matérias-primas de todo o tipo, em riquezas florestais fluviais e marítimas, o nível de vida das populações era medíocre, a mortalidade chegava cedo, e tinham de esperar vários anos para chegar a sua vez de poderem usufruir o direito à habitação ou comprarem o seu automóvel. As riquezas do país estavam inteiramente nas mãos dos dirigentes comunistas.

As decisões políticas cabiam somente às organizações comunistas e por elas controladas. As restantes pessoas não comunistas tinham de cumprir os ditames deles ou arriscavam a repressão ou o fim da vida. Não havia respeito nem existia a propriedade privada ou a propriedade intelectual. Todos eram empregados do Estado em que só um único partido, o comunista decidia e ordenava. As pessoas eram controladas pela morada da habitação e só podiam mudar de localidade da habitação com autorização policial. Era a ditadura comunista.

O contributo da URSS na segunda guerra mundial é muito grande, mas não foi único. Graças às forças de países democráticos podemos vangloriar-nos da liberdade, da democracia, do progresso social e da paz na Europa, cada vez mais unida, e com uma moeda forte e de referência mundial em ampla e aberta convivência com outros países do mundo democrático.

Aos comunistas resta-lhes chorarem “lágrimas de crocodilo” pela ditadura perdida na URSS e pela derrota definitiva da utopia criminosa. Se continuam à espera do regresso ao passado só lhes posso desejar que tenham um confortável sofá para ficarem bem sentados. Para comodidade eterna do esqueleto deles.
Jaime.Negalho

Anónimo disse...

As especulações do Sr Jaime Santos sobre o que "teria acontecido se..." são completamente desprovidas de sentido e revelam uma imaturidade e uma incompreensão dos processos históricos que o deveriam envergonhar.

Segundo, as autocracias cleptocratas que se instalaram após as descolonizações tiveram raízes na cultura africana do poder tradicional absoluto das monarquias e chefaturas africanas e não em tentativas de implantação socialista.

Terceiro, Já não há alminha com dois dedinhos de testa que confunda o socialismo com as "vestes autocráticas e estatistas" que menciona. Essa tentativa de amálgama já não colhe, é farsa que já deu o que tinha a dar.

Quarto, se gosta tanto do Google recomenda-se que junte "Bruning the hunger Chancellor" a "Hitler" na sua busca para obter resultados mais interessantes.
Vai ver que aprende alguma coisa...
S.T.

Anónimo disse...

Os disparates do Sr Negalho estão polvilhados de lágrimas.

Se de crocodilo ou hipócritas venha o diabo e escolha. Mas não deixa de se notar um certo descontrolo e um certo nervosismo

Ó homem esteja descansado que pode não estar sossegado. O mundo pula e avança e não está às ordens das carpideiras a prenunciarem o fim da história.

Inda dizem que tudo isto é um reflexo primário...de receio que o mundo não continue à medida dos seus sonhos intempestivos quiçá mesmo húmidos


Anónimo disse...

Grande posta esta que permite ver Jaime Santos a invocar Lenine, perdão, Lobo Xavier

Anónimo disse...

Antes da revolução de 1917, Lénine escreveu que os dez milhões de mortos e vinte milhões de estropiados da I Guerra Mundial, ( mais tarde viu-se que os números aumentaram para praticamente o dobro) que apenas favoreceu os interesses dos negociantes de canhões, serão vistos pela burguesia como algo de perfeitamente normal e como um sacrifício inteiramente legítimo, mas se se registarem algumas centenas de mortos durante uma revolução, dir-se-á que foi um massacre bárbaro provocado por bárbaros".

Tinha razão Lenin. Esta tendência de apagar de forma obscena os milhões de vítimas do lado do colonialismo acenando com o sucedido no período pós-colonial esconde uma coisa muito feia. Ou várias coisas mas são todas tão feias que se abstém aqui de nomeá-las

Anónimo disse...

Quanto ao mundo ter ficado muito pior para os comunistas...
Para todos os demais foi uma bênção.

Pobre Sr Deus Negalho. Vamos ler mais um pouco. Vai ver que não custa e deixa de fazer essas figuras gratuitas.

Veja lá onde estamos e como estamos.

Joseph Stiglitz por exemplo estima que hoje a taxa de salário real do trabalhador americano médio (homem) não é mais alta do que era em 1968 e possivelmente mesmo até um pouco mais baixa. "

(1968, disse Stiglitz?)

Percebe-se o motivo da alegria para quem vive bem nutrido à custa dos trabalhadores actuais.Mas estas alegrias podem ser tão efémeras como as certidões de óbito escritas à pressa

Por outro lado, que diacho, se ainda não viu que o mundo hoje está bem mais perigoso ou é cego ou é outra coisa.

Anónimo disse...

Em 19 de Fevereiro de 1881 Karl Marx escreveu uma carta notável a NF Danielson , o famoso economista Narodnik que também assinava sob o nome de Nikolayon e cujo trabalho foi muito discutido por Lenine. Naquela carta Marx dizia o seguinte:

"Na Índia, graves complicações, se não mesmo uma explosão geral, aguardam o governo britânico. O que os ingleses tomam deles anualmente na forma de renda, dividendos por ferrovias inúteis para os indianos, pensões para o pessoal do serviço militar e civil, para o Afeganistão e outras guerras, etc, etc – o que tomam deles sem qualquer equivalente e sem considerar aquilo de que anualmente se apropriam dentro da Índia, mencionando apenas o valor das commodities que os indianos gratuitamente e anualmente têm de enviar para a Inglaterra – tudo isto representa mais do que a soma total do rendimento de sessenta milhões de trabalhadores agrícolas e industriais da Índia! Isto é um processo hemorrágico, com uma vingança! Os anos de fome estão a pressionar uns contra os outros e em dimensões até agora ainda não suspeitadas na Europa!"

Que saudades desses tempos, não, Jaime Santos?

Anónimo disse...

O paraíso destes nossos globalizados anos, sem os entraves e os medos citados aí em cima

Segundo Joseph Stiglitz Quase 90 por cento dos americanos, o que significa quase toda a população trabalhadora daquele país hoje tem rendimentos reais que estão muito pouco acima do que eram há um terço de século atrás. Hoje os salários mínimos dos trabalhadores americanos estão, em termos reais, pouco acima do que eram há 60 anos atrás. Uma vez que houve algumas melhorias nestas magnitudes na primeira parte destes anos, o que isto significa é que houve uma deterioração no período mais recente, o que coincide com o auge da globalização.

Estatísticas ainda mais impressionantes descrevem o declínio drástico da expectativa de vida entre homens americanos brancos nos anos recentes, um declínio que recorda a queda drástica da expectativa de vida que se verificou na Rússia após o colapso da União Soviética. Um declínio da expectativa de vida, quando não há qualquer epidemia óbvia, é um assunto muito grave. E descobrir um tal declínio no mais avançado país capitalista do mundo testemunha o assalto aos meios de vida do povo trabalhador que a globalização provocou.

Uma história muito semelhante pode ser contada acerca de outros países capitalistas avançados. Sustenta-se habitualmente que os EUA são uma das economias com mais êxito, a primeira sede dos booms dos anos 90 e da primeira década do século actual, originadas respectivamente pelas bolhas "dotcom" e "habitacional", e também a economia que aparentemente está a ver um ressuscitar após o colapso da bolha habitacional. Considerando isto, o facto de que a população trabalhadora naquele país esteja a enfrentar tais dificuldades é extremamente significativo. No Reino Unido, nestes últimos anos houve uma queda drástica nos salários reais dos trabalhadores. Não é de admirar portanto que o descontentamento com a globalização seja generalizado entre os trabalhadores das economias metropolitanas, os quais, uma vez que até agora a esquerda não tomou adequado conhecimento disto, estão a ser explorados pela direita. Fenómenos como a votação do "Brexit" e a emergência de Donald Trump são explicáveis a esta luz.

Há quem queira ainda contar histórias da carochinha género Readers digest e quem confunda o LdB com a direcção do Público ou com as comadres do Expresso

Zeca Gancia disse...

Foi com conversinhas do tipo e os comunistas "papam" criancinhas ao pequeno almoço, que elegemos sempre os mesmos artistas (ladrões disfarçados e do circo do costume), para crise após crise sempre provocada pelos mesmos, irem papando o que é da Nação (desfazendo as empresas estratégias do Estado, e entregando-as aqueles para quem conspiraram, indo comendo-lhes à mão. É muita "giro" a iniciativa privada, mas sempre montada no Estado e nos traidores infiltrados e que respondem unicamente aos seus interesses e da partidocracia parasita, veja-se recentemente como votaram a lei do financiamento dos partidos, agora já não há oposição.
Já agora leiam um bocadinho de história de Portugal para perceber porque houve uma revolução a 28 Maio de 1926... Deixem-se lá de Benficas e Sportings e chamem as coisas pelos nomes. Precisamos de gente séria, patriótica E QUE GOVERNEM A PENSAR NOS SEUS NETOS, MAS NÃO PARA ROUBAR, HAJA RESPEITO e VERGONHA UMA VEZ POR TODAS.

Anónimo disse...

Como se costuma dizer "I have no dog in this fight", quer dizer, nunca advoguei em prol da defunta URSS (paz à sua alma!) e portanto estou perfeitamente à vontade para ter uma visão crítica mas desapaixonada da História do século XX. O "meu" socialismo sempre foi outro, mas não posso deixar de lembrar que os processos de diabolização e isolamento e os choques imperiais conduzem a guerras e incontável sofrimento das populações que são apanhadas pelo meio.

Gostaria tão sómente de lembrar que a URSS foi talvez o único "império" que se extinguiu pacíficamente, dissolvendo-se espontâneamente por reconhecer o insucesso das suas teses económicas, e que uma tal "rendição" pacífica não foi honrada pela potência adversária.

O mundo unipolar depois da queda do muro de Berlin com as prepotências da potência imperial sobrevivente e a desordem gerada, pouco tem a invejar do mundo da guerra fria. Basta lembrar que durante a Guerra Fria, com os devidos vistos se podia viajar em razoável segurança por quase todo o mundo, enquanto actualmente existem vastas àreas, e até estados falhados inteiros sem lei nem ordem de qualquer espécie em que viajar é um risco mortal.
S.T.

Jose disse...

Das cavernas onde guardam os seus sonhos de domínio e rapina sempre se levantam os pastores da noite comuna quando lhes agitam a bandeira de Outubro.
Cães-de-fila prontos a morder liberdades, cães-pastores prontos a definir o pasto ao rebanho.

Anónimo disse...

"Das cavernas onde guardam os seus rebanhos"...e sai da caverna o das 13 e 30, ainda temente ao sonho colonial e tremente de ira pelos ventos de Abril

Os seus sonhos de domínio e rapina vêm de longe. Tão longe como os seus gritos aperreados que Angola era nossa.

O seu jeito de pastor vai de par com as missas rezadas que entoa por algo demasiado mediocre para ser aqui repetido

"A noite comuna" e a "bandeira de Outubro" fazem-lhe tanto mal que ainda hoje se agita em sobressalto.

Parece que esteve incontinente a 25 de Abril de 74...alma pesada pelos cães-de-fila que defendia a todo o transe e pelos seus berros histéricos a defender Salazar e a Pide.

O resto é o treino beato para a oração do costume em que se enfronha rotineiramente

Jose disse...

'Das cavernas onde guardam os seus sonhos de domínio e rapina...'

Anónimo disse...

As "cavernas" modernas que guardam os sonhos de domínio e rapina situam-se nos arranha-céus espelhados dos conglomerados financeiros e bancários.

Jose disse...

'...sempre se levantam os pastores da noite comuna quando lhes agitam a bandeira de Outubro.'

Anónimo disse...

Pastores da noite?
Seriam estes os comunas?
https://www.youtube.com/watch?v=d-pKIUVFpdo

Mas não vejo nenhuma bandeira de outubro...
Serão estes os pastores?
https://www.youtube.com/watch?v=Z3zu9mlQ_nM

É só histórias da carochinha...
Os miúdos é que a sabem toda!!!
https://www.youtube.com/watch?v=suowe2czxcA

Boa Noite de Reis!
S.T.

Anónimo disse...

Ahahah

E eu jurava que os cães-de-fila agora são consultores financeiros

Anónimo disse...

Olha!
Só para arranhar os reaças de serviço.
https://www.youtube.com/watch?v=wYAHabZHYmE

manel disse...

Estava a discussão tão elevada... O problema do mundo são os sabichões.

Anónimo disse...

O quê? Não conhecem a BGKO?

Estes gadjis... Não sabem o que perdem!

https://www.youtube.com/watch?v=ekwhrPtprWc

Atmosfera intimista e uma muito grávida Sandra Sanjao.

Ou então o Goram Bregovic

https://www.youtube.com/watch?v=UqOL7LOR6ko

S.T.