Discute-se também a desigualdade que sustenta e reproduz o poder dos de cima, mais interessados em discutir a pobreza e alimentar a cultura do assistencialismo do que em falar das leis e instituições estruturantes de um sistema que produz pobreza e doença em grande escala.
Questão central: no discurso dos economistas dos media não entra o conceito de poder e de classes.
3 comentários:
A política com um NOVO PARADIGMA: o contribuinte tem de deixar de ser preguiçoso/parvo!
(manifesto em divulgação, ajuda a divulgar)
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Explicando melhor:
- O CONTRIBUINTE NÃO PODE PASSAR UM CHEQUE EM BRANCO A NENHUM POLÍTICO!!!
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Leia-se, DEMOCRACIA SEMI-DIRECTA: isto é, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco... isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a 'coisa' terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
-» Explicando melhor, em vez de ficar à espera que apareça um político/governo 'resolve tudo e mais alguma coisa'... o contribuinte deve, isso sim, é reivindicar que os políticos apresentem as suas mais variadas ideias de governação caso a caso, situação a situação, (e respectivas consequências)... de forma a que... o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial!!!
-» Dito de outra maneira: são necessários mais e melhores canais de transparência!
[mestres/elite em economia já 'enfiaram' trapalhadas financeiras monumentais... quem paga, vulgo contribuinte, não pode deixar de ter uma palavra a dizer!]
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Exemplo:
Todos os gastos do Estado [despesas públicas superiores, por exemplo a 1 milhão (nota: para que o contribuinte não seja atafulhado com casos-bagatela)], e que não sejam considerados de «Prioridade Absoluta» [nota: a definir...], devem estar disponíveis para ser vetados durante 96 horas pelos contribuintes na internet num "Portal dos Referendos"... aonde qualquer cidadão maior de idade poderá entrar e participar.
-» Para vetar [ou reactivar] um gasto do Estado deverão ser necessários 100 mil votos [ou múltiplos: 200 mil, 300 mil, etc] de contribuintes.
{ver blog « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »}
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Uma nota: a Democracia Directa não tem interesse - serve é para atafulhar o contribuinte com casos-bagatela.
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Anexo:
Uma opinião um tanto ou quanto semelhante à minha: Banalidades - jornal Correio da Manhã (antes da privatização da transportadora aérea):
- o presidente da TAP disse: "caímos numa situação que é o acompanhar do dia a dia da operação e reportar qualquer coisinha que aconteça".
- comentário do Banalidades: "é pena que, por exemplo, não tenha acontecido o mesmo no banco BES".
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Um exemplo: Vítor Constâncio, coadjuvante na nacionalização do BPN, foi premiado pela MÁFIA DOS CALOTES: foi para o Banco Central Europeu.
E não só: muitos outros mestres/elite em economia já 'enfiaram' trapalhadas financeiras monumentais... a quem paga, vulgo contribuinte.
A preocupação com o contribuinte do comentário precedente parece-me que tem água no bico.
Serei só eu que dou a primazia ao cidadão decididamente acima do contribuinte?
Activou-me logo reminiscências de uma certa ideologia para a qual "a besta (estado) tem que ser reduzida pela fome".
E como estas coisas "estão todas ligadas", apareceu-me logo este texto do Flassbeck sobre James McGill Buchanan, o homem que conseguiu operacionalizar o libertarialismo de extrema direita nos USA. E o texto vale até por enunciar as teses fundamentais da direita libertária que vamos encontrando subrepticiamente servidas na nossa comunicação social e nos discursos dos politicos da direita europeista.
O artigo é este:
http://www.flassbeck-economics.com/james-mcgill-buchanan-the-man-who-served-the-plutocrats-wrecked-countries-and-brought-victory-to-the-radical-right/
Boas leituras!
S.T.
Perfeitamente de acordo. A figura de cidadão surgida provavelmente na Grécia antiga, que estava restrita inicialmente aos homens com mais de 21 anos, que fossem naturais da Cidade ou filhos desses naturais, assumiu um novo rosto com a Revolução Francesa.
Foi esse conceito de Cidadão e de Cidadania que foi vertido para a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Falar no "contribuinte" dessa forma, como equivalente ao Cidadão e como portador dum poder e duma ética conferidas pela sua qualidade de pagador de impostos é manifestamente redutor da sociedade humana e do que se pretende para essa mesma sociedade.
Ir por aí abre de facto a porta para outros demónios. Eu sou mais "cidadão" que tu porque pago mais impostos. Tu não és "cidadão" porque nem sequer tens capacidade para os pagares.
Não. O que se pretende é um outro modelo de sociedade em que se respeite a dignidade humana, não a acorrentando a esse tipo de valores.
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