terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Ida ao pote n ponto zero

O Presidente da República e militante do bloco central foi dar visibilidade no fim-de-semana passado a uma iniciativa de uma tal plataforma para o crescimento sustentável, um tanque de ideias ligado ao PSD, todo modernaço, já nem sei em quantos pontos zero é que vão, e todo preocupado com populismos e proteccionismos, apresentando mais um manifesto neoliberal para os esconjurar (se alguém tem dúvidas sobre este termo, pode ler neoliberalismo para totós).

Recusando natural e explicitamente o chamado Estado mínimo, querem um Estado que no decisivo campo das funções sociais esteja ao serviço da chamada liberdade de escolha, nome de código para a promoção dos capitalismos educativos, da doença e do casino pensionista. No fundo, ir ao pote, com uma retórica que faça parecer que o velho acabou de nascer: o estado financia pelo menos parcialmente e os privados provisionam e capitalizam, numa lógica toda concorrencial e de mercado.

No Reino Unido, um dos países que esteve na vanguarda destas engenharias, os resultados estão cada vez mais à vista. Até a The Economist fala do fim de uma era, a propósito do colapso de um dos grandes mastodontes empresariais, que cresceu à boleia da confiança nos privados para desempenharem funções sociais e públicas, da gestão das prisões aos hospitais. Cá querem aprofundar uma agenda privatizadora que realmente rebentou. Falhar pior. Por lá, a agenda nacionalizadora de Corbyn é popular. O Brexit só ajudará, claro.

Entretanto, liderado por Jorge Moreira da Silva, este tanque apresenta-se limpo, cheio de preocupações ambientais, com base na ideia de que não há custos sociais gerados pelas forças de mercado que não possam ser resolvidos por essas mesmas forças de mercado, com uns toques e apoios estaduais, promovendo um capitalismo esverdeado.

Estamos portanto perante uma das facções mais modernaças e extrovertidas das direitas, tão euro-fundamentalista quanto uma parte da esquerda, mas geralmente mais consciente do que isso implica a prazo em termos de economia política.

17 comentários:

Geringonço disse...

A grande ironia do Neoliberalismo e do anarco-capitalismo é que precisam daquilo que tanto criticam para impor a sua "utopia" do "mercado livre", falo do Estado obviamente.
Hipocrisia a rodos...

Jose disse...

Lerei algo dessa sugestão.
Entretanto sempre vou dizendo que o pote não é mais do que o saque de Estado à actividade privada, e não vejo que isso esteja para mudar tão cedo.

José M. Sousa disse...

«As alterações climáticas e a revolução energética


António Costa e Silva, Professor IST-ULisboa»

Sobre alterações climáticas, vão buscar um orador da indústria petrolífera (presidente da PARTEX/F. Gulbenkian). Pois sim!

Anónimo disse...

Como todos sabemos a distribuição da riqueza faz-se de baixo para cima.Para o bolso privado de uns tantos

Como todos sabemos a concentração da riqueza é um dado inquestionável. Directamente para o espólio privado de um punhado de grandes capitalistas

Quando se fala na ida ao pote avança logo o sujeito das 00 e 03.

Por medo de perder o pote? Dele e/ou da sua classe?

Parece que sim. As duas premissas iniciais tramam logo a actividade privada do mesmo sujeito, em torno da propaganda àqueles coitados da actividade privada que engordam e regurgitam com o assalto ao pote.
Como os dados factuais confirmam e sublinham.

Era desnecessário este empurrar com a barriga da responsabilidade para o Estado feita nos moldes em que é apresentada. Uma tentativa desesperada para arranjar suporte ideológico para esvaziar o mesmo Estado e para esconder o saque directamente para o bolso privado de uns tantos. Porque o que objectivamente se passa é que o Estado, governado pelos que o saqueiam. muitas vezes saqueia directamente para os bolsos privados dos tais privados interesses.

Era assim desnecessário este choradinho idiota e tosco vertido pelos que de facto saqueiam o pote.

Anónimo disse...

José M. Sousa chama a atenção para um dado importante. Para a "qualidade" dos artistas,perdão, dos especialistas convidados.

O nome de António Costa e Silva sobressai. Mas não está só. Será moderado por Carlos Pimenta.

"O Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) arrasou em Novembro de 2017 a decisão, tomada em vésperas das eleições de 2015, de modificar uma licença de produção de energia eólica para solar fotovoltaica, obtida em concurso público pela Generg, uma empresa de produção de energia a partir de fontes renováveis, presidida pelo ex-secretário de Estado do Ambiente, Carlos Pimenta.

A autorização de mudança da fonte primária de produção no contrato celebrado com o Estado foi dada a 2 de Outubro de 2015, dois dias antes das eleições legislativas, através de despacho assinado pelo então secretário de Estado da Energia, Artur Trindade. A empresa beneficiária é a Generg, cujo presidente do conselho de administração, Carlos Pimenta, integra a direcção do think tank Plataforma para o Crescimento Sustentável, presidido por Jorge Moreira da Silva, que era à data o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia.

Analisada a portaria que fundamentava o despacho - também ela assinada por Artur Trindade em Maio desse ano e que permitia a mudança de fonte de energia aos centros electroprodutores com licença atribuída -, o Conselho Consultivo da PGR conclui, num parecer a que o PÚBLICO teve acesso, que aquela “é inconstitucional e ilegal”, “constitui usurpação da função legislativa”, além de violar “o princípio da preferência ou proeminência da lei”. O que determina a sua nulidade, ou seja, não pode produzir quaisquer efeitos.

Mais: considera que a decisão viola ainda os princípios da concorrência, igualdade de tratamento e transparência em relação aos outros operadores que participaram no concurso público de 2008 em que a Generg obteve aquela licença de produção.

O actual secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, tinha pedido em Julho parecer ao Conselho Consultivo da PGR, por ter dúvidas quanto à legalidade da portaria 133/2015, publicada pelo seu antecessor. Agora, Jorge Seguro Sanches afirma que o Governo se revê no despacho da PGR, que já homologou.

Esta decisão não impede a empresa de produzir energia solar para a rede pública, mas terá de o fazer sem subsídios. Ou seja, não irá ser paga a preço premium, mas ao preço geral. Se a portaria de Artur Trindade fosse válida, isso representaria um sobrecusto para o Estado na ordem dos 42 milhões de euros - nas contas do actual Governo."

Anónimo disse...

Mas não são apenas estes artistas,perdão especialistas que merecem um olhar atento

Para a "crise demográfica":
Jorge Bravo, Professor NOVAIMS

"Em Dezembro de 2014, o director-geral do Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP) do Ministério da Solidariedade, Carlos Pereira da Silva, atribuiu por ajuste directo, um estudo, no valor de 75 mil euros - , a uma sociedade Ebopartners Consulting, Lda cujo sócio é o académico Jorge Bravo, conselheiro da coligação PSD/CDS em 2015 para a elaboração do seu programa eleitoral e consultor – como ele próprio afirma - de “grandes seguradoras nas áreas de Risk Management & Pension Systems” e defensor de um novo sistema por escolha do beneficiário, em que o sector complementar teria um papel importante, como é visível num powerpoint publicitado pela Associação Portuguesa de Seguradores (companhias seguradoras). A Ebopartners receberia mais 40 mil euros para um estudo sobre a Caixa Geral de Aposentações. Jorge Bravo é igualmente membro de um think-tank Cidadania Social, criado em Abril de 2015 (pode-se ver o seu programa e até consultar uma descrição pelo insuspeito Observador), supostamente para reflexão de políticas públicas e sociais (incluindo o mercado de trabalho) – colocando “o Estado Social no centro dos debates em 2015”. O grupo iria igualmente avaliar os programas eleitorais de 2015 relativamente a essas vertentes...engraçado

A justificação oficial para o outsourcing concedido à firma de Jorge Bravo foi a “ausência de recursos próprios” no Ministério - algo que é falso! -

O contrato firmado impunha que as suas conclusões fossem confidenciais, mas três das projecções de longo prazo acabaram por ser divulgadas pelo mesmo Jorge Bravo numa conferência organizada pela Faculdade de Direito de Lisboa, como sendo números de um estudo interno do Ministério.

Esta divulgação ao arrepio do contrato não só ocorreu sem qualquer protesto oficial do Ministério de Pedro Mota Soares, como até teve a sua defesa. Uma fonte oficial do Ministério veio confirmar que as conclusões do estudo de Jorge Bravo teriam sido usadas num estudo interno do Ministério... "
(Fonte: João Ramos de Almeida)

Anónimo disse...

"Este economista e professor universitário (Jorge Bravo) é bem conhecido por todos os que estudam os sistemas de pensões. Vende a sua reputação académica às seguradoras para que os Fundos de Pensões possam alargar o seu negócio em Portugal

O seu objectivo é ganhar apoio na opinião pública, e nos partidos do centrão, para a absoluta necessidade de desmantelar o actual sistema de segurança social por solidariedade entre gerações e substituí-lo por um sistema-'cada um por si' em que os Fundos de pensões alargam substancialmente o seu mercado. Esta é uma das "reformas estruturais" que a UE quer impor, apesar de ter sido um fiasco em inúmeros países. A Suécia é um caso exemplar em que o risco é totalmente transferido para os pensionistas com cortes automáticos nas pensões sem necessidade de qualquer decisão política. Os cortes estão incorporados na mecânica do sistema, tal como em Portugal no caso do chamado "factor de sustentabilidade". Entretanto, os custos da gestão dos Fundos é muitíssimo superior aos do sistema tradicional de solidariedade entre gerações enquanto os riscos não são inferiores, longe disso

Claro, o desemprego e a demografia são factores de risco do sistema tradicional. O que poucos percebem é que estes riscos só se tornaram reais após a institucionalização da política económica ordoliberal que, na UE, é condição de sobrevivência da "moeda única".

A subida eleitoral da extrema-direita, agora com acesso ao poder na Áustria, é uma consequência deste projecto europeu que insiste, usando a cegueira ideológica promovida pela finança e pelos media, na urgência desta "reforma estrutural" pró-Fundos de Pensões. Jorge Bravo está a trabalhar para os seus financiadores e o Público é o seu palco. Sem contraditório.

(Fonte: Jorge Bateira)

A "crise demográfica" é mais uma excelente oportunidade para o ideólogo se travestir de académico e vender o seu produto e o dos seus financiadores.


Anónimo disse...

Outras estrelas convidadas:

Teodora Cardoso e o seu namorado ideológico José Manuel Fernandes.

Pensando bem, Teodora Cardoso vive em castidade ( pelo que saibamos) um menage a trois ideológico. Com José Manuel Fernandes e com Passos Coelho

Jose disse...

Nada como o soalheiro para produzir texto!

Anónimo disse...

José lá sabe o que produz. Por isso já lhe fizeram a pergunta se o papá não saltará da tumba.

Mas de facto não é o que Jose é que interessa. Ele defende a todo o custo a ida ao pote pelos da sua classe, quiçá pelo próprio, e fica incomodado e irritado.

O que importa mesmo é a denuncia deste género de poltrões, tanques neoliberais da direita e da direita-extrema, ao assalto ao pote, fazendo-se passar por gente fina

Anónimo disse...

"Hélder Rosalino, à semelhança de Vítor Gaspar também do BdP ou da amanuense Maria Luís de Albuquerque, nunca foi despertado e estacado por qualquer sentimento de ‘objecção de consciência’, na louca e abstrusa luta contra salários e reformas do sector público ou pensões dos privados. Ousou, em sintonia com Coelho, Portas e a Albuquerque, validar legislação com medidas de redução de 10% de rendimentos a quem aufere reformas acima dos 600 euros. Recorde-se que o ‘memorando de entendimento’, página 3, no ponto 1.11 falava em reduzir as pensões acima de 1.500 euros

Perante a desfaçatez do governo, personalizada em Rosalino, é compensador ler o acórdão de inconstitucionalidade do TC

Saiu do governo e regressou ao Banco de Portugal, como administrador,esse albergue de ‘barões’, beneficiários de condições de remuneração imunes a sacrifícios, reforçadas de privilégios adicionais. Usufruem de regime de relações contratuais de trabalho próprio, sob protecção do BCE.

O Banco de Portugal, de resto, é um albergue de luxo, por onde desfilaram figuras destacadas da política. Cavaco, Oliveira e Costa e muitos, muitos outros amparados do regime e/ou incompetentes para supervisionar o ‘sistema financeiro nacional’, como Vítor Constâncio"

(Fonte : Carlos Fonseca)

Jose disse...

O Cuco & C.ª são de uma obscuridade mental absolutamente confrangedora.
A cena é a seguinte:
O Estado, para satisfazer a cretinagem esquerdalha, tributa violentamente as empresas, atrapalha-as com burocracias infinitas e faz umas leis de trabalho intragáveis.
A seguir, pega nas receitas que obtém de empresas e trabalhadores e cria incentivos às empresas para que estas não desistam, para que sejam criadas novas empresas e novos postos de trabalho.
Pelo caminho vão enchendo os bolsos uma cambada de chulos.
O ciclo da cretinice esquerdalha no seu esplendor!

Anónimo disse...

Mais uma vez se lembra ao comentador de nickname jose para ter algum tino e não confundir o que é o debate público do que são os seus traumas familiares.

Também se percebe que, vindo da sua actividade de colecta, o comentador de nickname Jose venha apressado pelo facto de não ter exercido o seu mister de forma adequada.

E ainda para mais exasperado

Mas repetir ipsis verbis o que postou a 22 de janeiro de 2018 às 11:06?

E que teve já a merecida resposta Ou foi apenas "esquecimento" do método que emprega nos blogs que frequenta?

Anónimo disse...

Temos assim mais uma vez a anedota transmudada em choradinho em torno dos pobres capitalistas saqueados pelo estado que pretende encher ( cita-se) "as mamas que alimentam os chulos do Estado".

Confirma-se factualmente que há um reforço dos mecanismos de transferência do rendimento de baixo para cima e em particular para os muito ricos

Dados e números inquestionáveis foram apresentados. Os tais "pobres capitalistas" ( e estamos a falar naqueles que concentram nas suas mãos cada vez mais riqueza) afinal cada vez estão mais ricos.

Mais. Como diz Petras: «a classe dominante aperfeiçoou a ‘tecnologia’ de explorar o Estado» e não apenas os trabalhadores.

Mais. Os tais "chulos" do Estado são afinal os tais banqueiros como demonstra o caso Rendeiro e partenaires. O Fundo de Resolução dá como perdidos os €4,9 mil milhões injectados no Novo Banco em 2014. O BPN soma e segue. O BES é o que se vê e ainda se vê muito pouco.

Mais. É o Estado, somos todos nós, a pagar pelo saque da banca privada, os lucros de milhares de milhões de euros que uma banca vampiresca somou anos a fio. Nessa altura jose justificava o "negócio" como resultante duma actividade feita para dar lucros, muitos lucros.

Mais. A"fiscalização" é uma farsa, já que quem fiscaliza são os do milieu e quem regula são os nomeados por quem governa o Estado

Mais. As ligações do estado com estes negócios privados vão até ao ponto de terem um governante especialista para a fiscalidade, com funções específicas de fazer desaparecer dinheiro em offshores, isentos de perguntas e de impostos.

Mais. As ligações entre os partidos de direita e os seus bons rapazes com o grande poder económico e com o governador do Banco de Portugal são tão apertadas e suspeitas que todos se lembram do berreiro histérico por parte destas forças que acompanhou o pedido de afastamento do dito governador

Mais. Afinal o Estado são mesmo eles. O estadista com mais tempo em funções no pos-Abril é Cavaco Silva, com ligações sérias aos banqueiros e à banca

Mais. Durante anos distribuíram-se dividendos acima dos lucros obtidos. E o exemplo foi dado, tendo como universo de referência apenas as coutadas perdão, as cotadas. Estas endividam-se para fazer tal distribuição de lucros inexistentes. Em 2016 tais dividendos foram superiores aos lucros em 20% ( em média).

Mais. Foi exposta a vergonhosa cumplicidade e colaboração de quem governa o estado com os tais grandes capitalistas.A única vez na história do regime democrático em que um banqueiro se sentou à mesa do Conselho de Ministros para discutir um orçamento do Estado ocorreu precisamente com Passos Coelho. O banqueiro convidado para o efeito chama-se Ricardo Salgado.

Mais. As ligações promiscuas do primeiro-ministro à época com a família Espírito Santo.Aquele, já como primeiro-ministro, recebeu dez (10) telefonemas de José Maria Ricciardi, que foram interceptados pelo Ministério Público: «as escutas estavam relacionadas com alegados crimes de tráfico de influências, corrupção e informação privilegiada no caso das privatizações da REN e da EDP.» Acontece que Pedro e José Maria, como as escutas o comprovam, se tratam por tu, algo que revela uma intimidade que não joga com as declarações do alegado primeiro-ministro".


Para usar a linguagem em uso pelo Jose, afinal parece que o Estado, dominado pelo poder económico, assegura sacar para os grandes capitalistas o bastante para lhes continuar a encher as mamas que os alimentam e de que se alimentam.

Quais verdadeiros chulos do sistema

Anónimo disse...

Por um lado temos as grandes empresas, os muito ricos, aqueles que vão acumulando cada vez mais riqueza. Por outro, as micro e pequenas empresas, alvo da antipatia directa de Jose. Quem não se lembra do seu zurzir constante pela descida do IVA da restauração e do achincalhar do pequeno comércio que segundo o mesmo Jose inunda porta sim porta não das ruas usadas pelo sujeito

Tornemos ao professor norte-americano James Petras:
«entre 67% e 72% das grandes empresas tiveram uma taxa fiscal nula, após as deduções e isenções… enquanto os seus operários e empregados pagavam cerca de 25% a 30% em impostos. […] A taxa para a minoria das grandes empresas que pagaram algum imposto, foi de 14%» (globalresearch.ca, 5.10.17). Ao mesmo tempo, «as maiores empresas dos EUA estacionaram mais de 2,5 biliões de dólares em paraísos fiscais […] e receberam 14,4 biliões em ajudas com dinheiro do Estado». Comenta Petras: «a classe dominante aperfeiçoou a ‘tecnologia’ de explorar o Estado» e não apenas os trabalhadores.

Anónimo disse...

E em Portugal?

Segundo estatísticas divulgadas pela Autoridade Tributária do Ministério das Finanças, 92,7% dos rendimentos declarados para efeitos de IRS são do trabalho e pensões, cabendo aos restantes rendimentos – incluindo os de capital e propriedade – apenas 7,3% dos rendimentos declarados

A estimativa da evasão e fraude fiscal no período 2006-2015:
95 024 000 000 euros ( obtido de dados do eurostat)
(registe-se que os bordeis tributários, defendidos por esta gente, são particularmente úteis para este efeito)


Estimativa das contribuições perdidas pela segurança social devido à evasão e fraude entre
2000-2015:
Menos 53 119 000 000 euros

É este o tributo violento que as grandes empresas fazem pagar a todos nós.

Anónimo disse...

João Ramos de Almeida num dos seus trabalhos para este blog expôs, com uma enorme clareza, entre outras coisas, as relações por demais estreitas do poder económico com o governo do Estado.

Usando as suas próprias palavras:

"apenas um exemplo daquela ideia de Karl Marx, no seu prefácio da Contribuição para a Crítica da Economia Política, quando defendeu que, sobre a estrutura económica da sociedade, a base concreta, "se eleva uma superstrutura jurídica e política à qual correspondem determinadas formas de consciência social". Um círculo que Gramsci acharia essencial para conseguir aquela hegemonia na sociedade, que Chomsky defende ser a armadura que viabiliza que uma sociedade assente na exploração se mantenha sem necessidade de ditadura".

O post é este:

http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/03/a-realidade-fragmentada.html