«Os riscos sistémicos, em termos económicos e orçamentais, isto eles [os responsáveis europeus] conseguem meter no Excel. Agora, se se perguntar como é que avaliaram o risco político sistémico, isso não está lá na folha de Excel. Não está o impacto de tudo isto que se vai passar sobre estes alicerces, estes fundamentos. (...) Tem-se pensado pouco sobre isso, porque os acontecimentos não eram previsíveis, mas eu acho que pode ser suficiente para pôr em causa a continuação da Europa»
Nuno Morais Sarmento (Rádio Renascença)
Na verdade, não é só o «risco político sistémico» que não cabe numa folha de Excel. Os «riscos sistémicos» de natureza económica e orçamental também não são subsumíveis numa folha de cálculo, ou não fosse a Economia sempre Política. Mas reconheça-se que assinalar a primeira impossibilidade é já qualquer coisa, perante quem tenta resumir tudo a uma conta de subtrair.
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7 comentários:
"... continuação da Europa..."
Porque sem a U.pD.N.E. (União pós-Democrática Neoliberal Europeia) a Europa deixa de existir?!
E se se tirar os buracos do queijo, o queijo deixa de ser queijo...
Parece que os Status Quo-dependentes (como é o caso de Morais Sarmento) já não arranjam justificações/ aldrabices que justifiquem esta "Europa".
Discordo em absoluto, primeiro porque esta gente nem no excel acerta e ainda acha que a austeridade resulta e que a zona Euro já saiu da recessão ao contrário da mais elementar economia.
Em segundo lugar porque tudo isto é tão previsível como a coligação António Costa - Rui Rio em Novembro.
Notável o esforço de alguns para pôr um pé em cada lado do binómio Ruropa-Europa Syrisada.
A Europa prosseguirá e a Syrisada regressará ao universo de ficção donde saiu.
Porque não levantamos todo o dinheiro que temos nos Bancos?...Aqui e em toda a Europa?
Outra leitura, possivel, dos restantes 18: "noves fora...nada". Talvez, a prazo, a consequência para a UE seja essa..
O problema reside precisamente é que muito provavelmente não irão ficar 18 mas muito menos . Quantos irão ficar não sabemos. Talvez fiquem apenas aqueles para quem o Euro foi criado e que são os unicos a beneficiar com ele. Está provado que as políticas económicas que foram implementadas com a intrudução do Euro foram um verdadeiro falhanço.
A questão de quantos ficam quando a Grécia se for é deveras complexa. Quando a Grécia for, o que acontece ao Chipre? E saindo a Grécia e o Chipre, que acontece ao elo mais fraco, Portugal? E se o BCE não ligar as gráficas e deixar cair os países um por um até só restarem esses mais fortes, que acontece então a esse Euro demasiado forte? Ou se ligar as gráficas e enfraquecer brutalmente o Euro, que acontece então a essas economias "boas"?
Se alguém quiser dissertar sobre o tema força. Tanta força como a camisa em que estamos todos metidos!
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