segunda-feira, 8 de junho de 2015

De ferro?

Talvez seja tempo de parafrasearmos a fórmula célebre de Max Horkheimer [‘Quem não quiser falar de capitalismo, deverá calar-se sobre o fascismo’], dizendo: ‘Quem não quiser falar do neoliberalismo, deverá calar-se também sobre a Europa’. Srecko Horvat.

Vale por uma ou outra pérola, como a referida acima, e por um dos curtos ensaios de Zizek: “Precisamos de uma Margaret Thatcher de esquerda”. É que precisamos mesmo. Em 2013, o prefaciador já era o principal candidato a tal distinção a partir da Grécia. Convém hoje recordar as suas palavras, que, de resto, fecham o livro: “Ninguém espera que o Syriza transforme a situação de um momento para o outro, mas toda a gente espera que não mudemos as nossas posições, ainda que os nossos inimigos nos ataquem”. Nem mais...

9 comentários:

Jose disse...

'Quem não quiser falar de capitalismo, deverá calar-se sobre o fascismo'

Eis conselho ignorado pela esquerda!
Enchem a boca com o fascismo, juntam-lhe nazismo em doses arbitrárias e de capitalismo limitam-se a vaticinar o seu inevitável fim, e entre exorcismos e invectivas vão-se ao remanso dos delírios 'socializantes costumeiros.

Jose disse...

“Precisamos de uma Margaret Thatcher de esquerda”

Onde é que alguém de esquerda consegue repflectir o pragmatismo de uma filha de merceeiro?
Toda a inspiração da esquerda advém não do real do imaginário, não da pragmática mas da dogmática.

Anónimo disse...

Conselho ignorado? Mas qual esquerda?

Vejamos. Será que aqui há algum deficit de aprendizagem , a justificar o ódio rebarbativo ao conhecimento e à aprendizagem, à cultura e à escola pública da parte do das 22 00?

Como dizer isto para que até este perceba?
É que nós queremos falar sobre o capitalismo. De frente e de caras. Logo temos todo o direito a falar sobre o fascismo, já que este é o governo do próprio capital financeiro.

Portanto que dizer sobre o arrazoado de disparates do "encher a boca e dos exorcismos e das invectivas e dos remansos?

Ah, um pouco mais de literacia. Podia evitar-se estas cenas tristes e de certa forma pungentes

De

Anónimo disse...

Vê-se bem que a literacia está assim ao nível do conhecimento da árvore genealógica de Thatcher .

Filha de merceeiro diz, naquele seu jeito de mostrar-se pragmático...tal como a margaret

Vejamos. Merceeiro é por definição uma pessoa que trabalha numa mercearia. O ser proprietário de duas mercearias ( como é o caso) pode também torna-lo num "merceeiro", mas suspeita-se que o transforme em algo mais. Porque a vida deste "merceeiro" esconde muito mais coisas do que esta informação deturpadora duma realidade mais funda. O pai de Margaret era um militante activo na política local, chegou a vereador e foi pregador metodista.

Porque motivo jose não classificou a thatcher como filha dum fundamentalista beato é um mistério.

Mas para limpar este mal entendido é bom lembrar que Thatcher tinha um título vitalício de pariato como Baronesa Thatcher de Kesteven, o que lhe garantia um assento na Câmara dos Lordes. A monarquia recompensa bem quem lhe serve os seus desígnios.

Temos assim a dogmática espelhada neste pequeno entorse discursivo em jeito de narrativa pragmática...

( "o real do imaginário" é outra questão...mas por hoje o desmontar de disparates tem a sua conta)

De

Aleixo disse...

"... mas toda a gente espera que não mudemos as nossas posições..."


Eu também!

Vamos lá ver se não esquecem, que estão a...

R E P R E S E N T A R !

Ricardo disse...

check http://geopolitics.co/2015/06/06/greek-banks-on-verge-of-total-collapse/

Anónimo disse...

Esta União Europeia dos meus desencantos!
Um estadista francês falava muito da Europa do Atlântico aos Urais. Outro estadista inglês dizia sobre os Estados Unidos da Europa. Enfim, falavam eles sobre um estado todo-poderoso, já que a Europa tinha sido sempre o teatro das suas operações belicosas.
Falavam. Diziam, mas nunca consultaram os povos da velha Europa, sede do maior império monetário e não “material religioso”.
E na sua mediocridade substantiva ficaram-se pelo sexteto “Mercado Comum”. Hoje são muitos mais…Infelizmente!
O Partido Socialista, nas mãos e cabeça de Mário Soares, com o Partido Social Democrático dominado por Cavaco Silva, então governantes do pais, sem consultar os portugueses, entregaram de mão-beijada o poder da pátria soberana…ao poder usurário do dito clube europeu, e não se sentem nada arrependidos..!
Não meti requerimento para nascer, e, talvez por isso, obriguem-me a viver em uma sociedade que não desejei.
Mas largos dias tem 100 anos e, apesar dos meus 76 anos, espero ver a implosão desta sociedade criminosa muito em breve! Por Adelino Silva






Tuválkin disse...

Slavoj Žižek, Srećko Horvat: Não é difícil! (Ou: «Nao e dificil»…?)

Ricardo disse...

http://lusotopia.no.sapo.pt/indexPTiberistasTraicao.html neste artigo onde se lê iberismo deve-se agora ler europeísmo.