Lê-se hoje no Expresso que as Finanças vão passar a sortear automóveis entre os contribuintes que solicitem factura com Número de Identificação Fiscal. Pela mesma ordem de ideias, poderiam começar a sortear-se bicicletas entre abstencionistas que decidissem ir votar.
Supunha-se que pagar impostos fosse um dever cívico. Mas para a actual maioria parece que as coisas se resumem, afinal, a uma espécie de quermesse.
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6 comentários:
Pagar impostos é um dever civico a que milhares de portugueses se baldam. Pedir factura é também um dever civico que milhares doutros portugueses nao praticam. Como pago impostos sem faltar dado q sou funcionario publico isso espevita-me a pedir factura para que outros contribuam para o esforço geral. Se o governo quer fazer um sorteio para aumentar o numero dos que pedem facturas, podemos chamar-lhe quermesse. Isso nao aquece nem arrefece. É preciso é que o numero dos baldas diminua e fiquemos finalmente todos na mesma barcoleta.
Igualmente , nao me repugnaria se um governo de Esquerda tomasse uma medida semelhante.
A nao ser que o Nuno Serra conheça uma outra maneira de levar os tugas a passar ou a pedir facturas, sem ser o estafado apelo ao sentido civico daqueles, coisa que está mais que provado tem um alcance minimo.
K
Eu acho bem que o Governo ofereça automóveis seja lá a que pretexto for. Já viram quanto rende um automóvel para o Estado, em impostos? As coisas com que eles se entretêm. Mas não há formas normais (!) de verificar as vendas das empresas?
Para mim, o problema não está no sorteio.... Está no premio do sorteio.... que eu duvido que alguém o vá receber, porque para o receber vai ter que pagar impostos para o levantar além de ser submetido a um escrutínio às suas relações com as finanças. Isto, claro se o premiado tiver carta de condução...etc etc e muitos etcs. um gaita é o que é ou então só vai sair a amigos do partido.
Quanto ao facto de quererem sortear as faturas não acho mal. Aliás isto já se pratica em Taiwan ( Formosa) desde a década de 1970.
Avancem, mas com prémios em dinheiro, não em espécie.
As Finanças Públicas ao nível do Totobola.
É a "gente séria" em acção.
Bom, hoje almocei num restaurante aqui ao pé de minha casa.
Comi uma omelete de presunto e uma mousse de chocolate, bebi um jarrinho de tinto e um café.
No fim paguei a conta e fiquei com uma factura.
Mas, a partir de Janeiro do ano que vem a coisa vai ser diferente...
Peço a omelete e quando ela chega, peço a factura, depois o jarrinho e vinho e, é claro, nova factura, o mesmo para a mousse e o café.
No fim, em vez de ficar com uma factura, isto é, um número para o sorteio de carros desta semana, fico com quatro números, portanto quadruplico as minhas probabilidades de ganhar um pópó.
Mas, há mais, contas conjuntas acabam. Por exemplo, dois casais vão jantar fora e cada um leva dois filhos, isto é, oito pessoas o que dará direito a umas 40 facturas!
Mas como o sorteio é válido para todas as despesas nem quero pensar no pacote de facturas que trarei quando levar o carro à revisão.
Hoje quando estava a pagar o almoço disse para o empregado, isto fica assim agora pois a partir de Janeiro quero pagar despesa a despesa. Quando ele percebeu o que eu estava a dizer ficou de todas as cores e disse-me "Por amor de Deus, cale-se e não dê ideias".
Só não entendo porque é que os comerciantes ainda não vieram protestar.
Eu concordo com o antónio m p: entre combustíveis, oficinas, portagens e imposto de circulaçao, isto é o chamado presente evenenado!
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