segunda-feira, 29 de maio de 2023
Não há nada para celebrar
Na semana passada, na celebração dos vinte e cinco anos do Banco Central Europeu (BCE), Lagarde declarou, com o humor possível, “whatever it cakes”. Já se sabe que quem parte e reparte… E o bolo não cresceu e a repartição é cada vez mais desigual.
Não há nada para celebrar neste quarto de século: o BCE é a melhor expressão institucional do divórcio entre democracia e capitalismo nesta zona. Numa economia monetária de produção, há poucas coisas tão cruciais como a política monetária. A moeda antidemocrática é sempre uma má moeda.
Em Portugal, o euro esteve associado a duas décadas de dependência externa crescente, investimento decrescente e estagnação persistente. Serve de pouco a convicção de que a História será severa para os que, no início da década de 1990, mudaram os estatutos do Banco de Portugal, proibindo-o de financiar o Tesouro, passo para entregar um aspeto crucial da soberania a uma instituição como o BCE: de Cavaco a Guterres...
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3 comentários:
O que eles comemoram é a falta de democracia e há muito para comemorar.
Haveria de existir uma conta corrente dos euros pagos/recebidos à UE.
Logo se veria o que seria do investimento sem euro.
Então não há? Os 25 anos de um golpe de estados...
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