quinta-feira, 4 de março de 2021

O preconceito custa vidas


Num mundo de pernas para o ar, uma jornalista opina, sob a forma de notícia, no início de Fevereiro: “a Sputnik foi prejudicada pela propaganda do Kremlin”. Na realidade, o acesso a esta vacina foi prejudicado pela russofobia na UE. 

Hoje, ficámos a saber, através da Lusa, que a “Agência Europeia de Medicamentos começou a analisar a vacina russa Sputnik V”. A vacina existe há meses e vários Estados da UE já a começaram a receber, da Hungria à Eslováquia. 

Entretanto, o Estado português consegue ser altamente eficaz na vacinação, em linha com o que se pode esperar do SNS, e ao contrário do que prognosticaram alguns ignorantes com tempo de antena bem pago. O problema é que, graças ao fiasco da improdutiva UE, está tudo atrasado e o governo está demasiado conformado.

5 comentários:

TINA's Nemesis disse...

O liberal Ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva já disse que só faz o que a Comissão Europeia permite.

Este tipo liberal prefere ver a população não vacinada contra um vírus altamente transmissível do que mandar às malvas a Comissão Europeia... "Europeísmo" mata!

Claro que Augusto Santos Silva já celebrou o facto dos EUA terem agora um fantoche liberal mais -superficialmente- apresentável que o fantoche laranja, e como é que a parceria liberal-decadente transatlântica celebrou? Celebrou bombardeando a Síria!
Biden é uma surpresa tão grande! Tão diferente!

Até parece que o liberalismo está a tentar destruir o mundo...

Anónimo disse...

Caro João Rodrigues,
as vacinas Russa e Chinesa (e outras) não necessitam de avaliação autónoma (segurança, eficácia) por parte da EMA?

Anónimo disse...

Que um Estado, português ou outro, ou mesmo uma qualquer União de Estados, certifiquem, responsabilizando-se, pela utilização de um determinado produto ou terapia médica que irá utilizar no seu seviço nacional de saúde, faz sentido. Sabemos que infelizmente já houve casos em que essa certificação por serviços do Estado falhou com graves consquências para os cidadãos de esse Estado.
Já o proibir que um cidadão no caso de a sua saúde o exigir, por sua conta e risco, utilize determinada forma terapeutica ao seu dispor e que não apresente risco para outrem é, obviamente, um abuso do poder do Estado.
Neste caso, proibir o cidadão de adquir e vacinar-se como bem entender, seja a vacina feita lá aonde for, estamos perante uma medida pol´tica / economicista a sobrepor-se a uma iniciativa pessoal, em casos de saúde individual.
Um Estado a falhar, ridiculamente, na saúde por motivos economicistas / políticos e nem percebe.

Tavisto disse...

A versão da Comissão Europeia é que a Astra-Zeneca não está a cumprir o contrato estabelecido. Ou seja recebeu o dinheiro e, agora, não fornece a mercadoria. Se assim é, há que denunciar o contrato e assegurar o fornecimento de vacinas comprando noutros mercados. Pelos vistos, não o querem fazer pondo em risco a saúde da população europeia. Mas pesa-lhes a consciência, se assim não fosse sancionariam a Hungria e a Eslováquia por adquirirem a vacina sputnick à margem da CE.
Por cá, mais do mesmo, aguentamos as vagas que forem precisas!

Anónimo disse...

Avaliação autónoma por parte da EMA? Temos um cómico! Essa agência carimba! Quem a mencionou, será que consegue apontar um protocolo de ensaios de qualquer das vacinas desenhado pela dita agência?
E é engraçada esta UE que tem 1 de 27 estados onde a língua oficial é o inglês mas usa para a sua burocracia siglas inglesas.