A Uber foi obrigada pelos tribunais britânicos a reconhecer a realidade da sociedade e começou agora a fazê-lo: quem ali trabalha é funcionário da empresa e tem direito a um mínimo de protecção. Vale a pena lutar pela redistribuição dos direitos e dos deveres, pelas liberdades de quem trabalha.
E lembrem-se deste precedente, desta inspiração, quando vos garantirem que os Estados nacionais são impotentes perante as empresas multinacionais e que, já agora, o Brexit, como momento soberanista, é o caminho para a redução dos direitos laborais.
5 comentários:
Já que se fala tanto de bazuca, aqui está um bom exemplo da potência de certas armas: um tirinho em apenas dois parágrafos e nem queiram saber a quantidade de papagaios que eu ouvi a grasnar aos berros. Não há dúvida nenhuma de que, quando os tiros são certeiros, as armas pesadas têm mesmo efeitos devastadores.
UK tem os zero hour contracts...
E quanto aos termos desses direitos...
Trata-se de uma vitória em tribunais nacionais, não de um qualquer gesto legislativo do Parlamento Britânico. Johnson escolheu um acordo de saída da UE que reduz as garantias dos trabalhadores britânicos e esse é que é o ponto. Não reconhecer isso é misturar alhos com bugalhos.
Confirmando a tese inicial e feito o disparo certeiro, os papagaios em debandada lá vão passando por aqui. Mas, ao contrário de trazerem a prosápia das habituais penas coloridas, vinham agora desalinhados e grasnantes. Não é caso para menos, que o impacto foi muito violento.
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