terça-feira, 13 de março de 2018

Do «TINA» ao «TIA»: o caso português

«O modelo económico português, que ultrapassa atualmente as taxas de crescimento alemão, é totalmente contrário ao modelo preconizado por Bruxelas. (...) Nenhuma reforma estrutural do mercado de trabalho para cortar direitos dos trabalhadores, nenhuma redução na proteção social, nenhum programa de austeridade como o do Governo anterior, de direita, que tinha congelado o salário mínimo e as pensões de reforma e aumentado os impostos, tudo isso sem qualquer impacto notório na economia. Pelo contrário, assistimos nesse período a um aumento da pobreza.
Desta vez, não foi igual: o salário mínimo foi aumentado em 2016 e em 2017, (...) houve uma redução das cotizações por parte das entidades empregadoras (...) [e] o Governo não hesitou no que toca ao relançamento do poder de compra: aumentou as pensões e os abonos de família, reforçou os direitos do trabalho, reduziu os impostos sobre os salários mais baixos, suspendeu as privatizações... (...) Portugal percebeu que não adiantaria tentar fazer concorrência aos países de Leste com custos baixos e, portanto, passou a investir em maior qualidade tanto na indústria como no turismo. Um ponto que deveria inspirar particularmente a França: o investimento na qualidade da produção e em políticas de estímulo da procura».

Pascal de Lima, O insolente crescimento de Portugal constitui uma afronta ao culto da austeridade (traduzido e publicado no Expresso do passado fim-de-semana, com ilustração de Rodrigo de Matos)

15 comentários:

Jose disse...

Está tudo aparvalhado!
«Portugal percebeu que não adiantaria tentar fazer concorrência aos países de Leste com custos baixos e, portanto, passou a investir em maior qualidade tanto na indústria como no turismo.»

Portugal percebeu?
Percebeu agora investir na qualidade? Este tipo chegou agora vindo de onde?

Só falta dizer que foi a geringonça que iluminou Portugal, se é que não foi essa luminária do Costa!

Anónimo disse...

Por José estar aparvalhado não quer dizer que está tudo aparvalhado. Calma

Embora se perceba a perturbação aparvalhada de José.

O primeiro ano e meio do governo actual passou-o a invocar a vinda do Diabo. Antes invocava o necessário empobrecimento do país e o necessário aumento do desemprego. Repetia o que Passos trombeteava.

É natural esse estado de aparvalhamento

Anónimo disse...

PALHAÇOS de todo Mundo
..... UNI-VOS!

O JDÉ é NATURALMENTE MELHOR.....
QUE VÓS TODOS!!!

Emigrante de 2013

Jose disse...

Alerta geral aos crentes!

Não cumprir os orçamentos aprovados por luminosa maioria exorcizou o Diabo.

Anónimo disse...

"Nenhuma reforma estrutural do mercado de trabalho para cortar direitos dos trabalhadores, ..."
Sejamos honestos. A "reforma" do governo anterior foi feita, mantém-se em vigor, e este governo resiste às pressões à esquerda e não lhe vai mexer. Porque concorda, e porque sabe que contribuiu para os bons resultados atuais. Enquanto espera pela próxima reforma de um governo de direita, que sabe ser necessária mas não tem coragem de fazer, podia ao menos agradecer a última.

Anónimo disse...

Ainda aparvalhado jose cita os orçamentos não aprovados

Hum.

Vejamos.Ainda aparvalhado jose cala-se perante a sua defesa sinistra do "necessário empobrecimento do país e o necessário aumento do desemprego". Como se disse repetia o que Passos trombeteava.

Agora tenta sacudir a água do capote em relação ao diabo

Acontece que durante um ror de tempo, nos tempos que se seguiram à queda daquele governo austeritário e daqueles anos de chumbo da governação de Passos/Portas/Cristas/Albuquerque, assistimos ao faduncho da vinda do diabo.

Ou seja, asistimos a duas coisas. Ao falhanço da política austeritária por um lado. E ao falhanço do mito que, ou nós ou o caos, que todos os crapulazitos gostam de contar.

Mas há mais. Durante o tempo austeritário ouvimos inúmeras vezes outro fado, o fado do "ir mais longe que a troika". E uma das vozes do coro de tal coral foi precisamente a deste jose.

Este quer agora fugir da responsabilidade do falhanço da governança neoliberal Quer tentar defender a cambada que se governou,governando.Quer corrigir a idiotice de quem jurou ver o diabo em cima duma pileca, qual caçador impotente em caçada marialva.

Anónimo disse...

O que acontece é que a troika falhou miseravelmente nas suas previsões. O expectável deixou de o ser. Tudo treta . Tudo mentira. De tal forma e tanto que Teodora Cardoso, a insuspeita economista, considerava em 20 de Março de 2013 que as responsabilidades pelo falhanço nas previsões económicas que estiveram na base do programa internacional de resgate a Portugal deviam ser divididas entre o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e a troika.

A cambada começava a patinar.

Depois foi o que se viu. Nas eleições de 2015, numa manobra assaz, higiénica Passos Coelho foi apeado. Um louvor a quem assumiu o dever patriótico de drenar o sinistro abcesso

E o que fez Passos?

Passos andou com o diabo na boca um ror de tempo. Ultrapassou o período do orçamento e continuou montado no discurso idiota do diabo. Foi obrigado a mudar o discurso mas fê-lo demasiadamente tardiamente. Depois da certeza da não vinda do diabo e da negação do Apocalipse com a governação da dita geringonça, mudou de agulha para tentar escorropichar alguma coisinha.

Anónimo disse...

Passos proclamou a vinda irremediável do Diabo. Primeiro foi para Setembro. Depois andou a entaramelar-se nos Reis Magos.Já tinha passado o ano. Já tinha sido aprovado um outro orçamento.

Ouve-se ainda aquela ladainha pateta e patética sobre o "orçamento não cumprido" bla-bla-bla?

Tanto tempo que o coitado ( e a sua pandilha ) terão levado a compreender que o "orçamento não cumprido" bla-bla-bla e bla-bla-bla

Jose, himself, proclamava solene que esperava pelo primeiro de Maio de 2017 para ver o triste fim da geringonça.

Não reparara ainda que o"orçamento não cumprido" bla-bla-bla

Entretanto com o Diabo vinham outros diabinhos. E o processo "geringonço" estava a reverter as medidas tomadas pela governança. Caía o Carmo e a Trindade. A reversão das medidas criminosas de Passos e dos seus muchachos punha me risco o país e a sua sobrevivência. A devolução de salários e de pensões arruinaria o projecto pafista para Portugal ( mais os 600 milhões que Passos prometia sacar ao bolso dos portugueses). A reposição dos feriados incomodaria os patrões portugueses e Portugal veria o seu futuro comprometido. O horário da função pública faria desaparecer de vez o país do mapa.


Anónimo disse...

O caricato vem a seguir

É a própria elite do PSD que torpedeia a miséria argumentativa do pobre jose sobre o diabo.

Em Maio de 2017 ( ena, tantos "orçamentos já não cumpridos") Manuela Ferreira Leite considerava que o PSD ficara sem discurso por não se ter associado à "perspectiva de crescimento" e ter alimentado uma atitude "pessimista".

Ferreira Leite criticava a estratégia de Passos Coelho por se ter associado a "uma perspectiva pessimista, considerando que apenas havia uma solução e que ao ser abandonada essa solução isto ia tudo por água abaixo".

Perante esta estratégia, a ex-ministra das Finanças considerava que "é difícil agora mudar de discurso e ao ser difícil mudar de discurso fica-se sem discurso".

Passos montara no Diabo.E por lá ficara. Jose idem,idem, aspas,aspas.Seguia na mesma montada daquele génio, agora "catedrático". Mudaria tarde o discurso e ao mudar de discurso ficara sem discurso.

Como se regista pelo seu tom aparvalhado

Mas há mais:

Marques Mendes aconselhou a 14 de Janeiro de 2018 Rio a evitar o "discurso do diabo"."Esqueceu-se" foi de falar que foi por causa do "orçamento não cumprido" bla-bla-bla

Montados no diabo ( ou o Diabo montado neles).A marcha luminosa dos escrevinhadores da história continua. E a sua dança do ventre contorcionista também

O que torna o espectáculo aindamais deprimente

Anónimo disse...

Ás 21 e 54 o pimentel ferreira aparece como anónimo. Tem os seus créditos arruinados.

Mas insiste em dar uma maozinha a Passos. A tralha neoliberal é assim.

Pobre Pimentel ferreira

Anónimo disse...

Mas ainda nos lembramos do pobre pimentel ferreira a querer demonstrar que a recuperação do emprego tinha alcançado a velocidade máxima no governo de Passos.

Na altura falava na segunda derivada. Agora pede um agradecimento tonto e fala em falta de coragem enquanto aguarda por mais"reformas" da tralha neoliberal

As "reformas" destas coisas sabemos nós o que são. Miséria, fome, despedimentos. Sob os cânticos de Myses e restante chungalhada

(Quanto ao pimentel ferreira falar em falta de coragem... isso é apenas um pleonasmo)

Jose disse...

«Ainda aparvalhado jose cita os orçamentos não aprovados»

Aprovados, cuco, e não cumpridos, cuco,...sempre a retorcer.

Anónimo disse...

(Quem será este cuco que desperta assim a aprovação ou desaprovação de Jose? Dá-lhe cabo das noites e dos dias? Ou será apenas uma desculpa para os seus comportamentos aditivos?)

Montado no diabo ( ou o diabo montado nele, tanto faz) eis o que resta a jose. Cumpriu até ao fim o ritual do Diabo prometido por Passos. É de resto uma sua velha característica já que o estribilho de um era replicado com uma diferença de horas pelo outro.

E o acerto tardio do relógio de Passos deixou-o também apeado provisoriamente. Haveria de montar ( ou ser montado ) por outro ( ou o mesmo?) diabo, ainda Rio não aquecia a cadeira.

Entretanto quase que choraminga em torno dos orçamentos não aprovados, perdão aprovados.
Uma pena que a missa não passe incólume.

Anónimo disse...

Já agora essa história dos orçamentos não cumpridos faz lembrar o que a Comissão europeia,o eurogrupo e outros trastes andaram a dizer sistematicamente dos orçamentos portugueses

Até chantagens e ameaças. Andaram até de braço dado com Passos, e claro jose de braço dado com este. Fomentaram e deram fôlego ao diabo, só que se calaram mais cedo que jose e o Coelho

Uma grande promiscuidade, a lembrar outras promiscuidades do género. Mas deve fazer espécie que o Marcelo não tenha dado por nada nem tenham invadido Portugal pelo aprovado e não cumprido. Que grande galo para os vende-pátrias vulgares

Será que o diabo irá dar um coice nos queixumes lastimáveis e lastimosos dos "orçamentos não cumpridos?


Anónimo disse...

"restricting trade may be one of the few ways smaller nations have to avoid their resources and assets being swallowed up by mobile capital flowing out of nations with virtually unlimited credit (the US, the EU, China and Japan)."

Traduzindo...

"restringir o comércio pode ser uma das poucas maneiras que pequenas nações têm de evitar que os seus recursos sejam engulidos pelo capital móvel que flui de nações virtualmente com crédito ilimitado (os USA, a EU, China e Japão)."

Ninguém acha estranho que empresas chinesas e francesas tenham "vindo às compras" de empresas portuguesas quando elas próprias estavam altamente alavancadas, isto é, estavam altamente endividadas?
Não é preciso dar exemplos, pois não?

São os factores de poder financeiro a funcionar para espoliar os pategos!

http://charleshughsmith.blogspot.pt/2018/03/there-is-no-free-trade-there-is-only.html

S.T.