Sexta-feira, no Porto, ao lado da Câmara Municipal, às 22h30m.
Julguei que a "austeridade fofinha" já tinha terminado com este tipo de assistência. Infelizmente, para vergonha de todos nós, a miséria dos necessitados e a miséria do assistencialismo estigmatizante continuam.
18 comentários:
Venha lá o receituário para que tudo seja diferente.
Infelizmente o que assistimos foi apenas à travagem do comboio sem vergonha do neoliberalismo criminoso, comanditado pela troika e por Coelho/Portas.
Há que ir decididamente por outro rumo.
Pessoas cerceadas da sua dignidade, para estes os políticos e o grosso dos cidadãos não têm qualquer resposta, no fundo entendem estas pessoas como o preço a pagar, o dano colateral das politicas de sucesso que têm sido aplicadas. Está aos olhos de todos o retrocesso social destes tempos, sociedades que nunca foram tão capazes de produzir como agora continuam a aceitar esta barbárie. Isto não é só imoral é também inconsequente e estúpido.
O falhanço da nossa sociedade, bem à vista.
Aí um em cima está preocupado em que tudo seja diferente.
Apesar das palhaçadas motivacionais de coisas como Paulo Portas, mais o seu relógio em contagem decrescente.
Apesar dos idiotas, lancinantes e hipócritas pedidos para a troika continuar em Portugal, mesmo em vésperas do acto eleitoral de 2015, de coisas que andaram e andam com o receituário da TINA na boca
“A troika nunca saiu verdadeiramente de Portugal ”
Ricardo Paes Mamede
Enquanto fazem todo o possível para melhorar a vida aos que têm emprego(carreiras, aumentos, reformas, direitos e garantias) fingem ignorar que a contrapartida são orçamentos públicos deficitários, desemprego, e miséria para outros.
Fica sempre a dúvida se a única que coisa que verdadeiramente os aborrece é que não haja distribuição ao domicílio.
É sempre esclarecedor quando os custos de uma crise são transferidos para aqueles que não podem pagar. Pagar com a vida as dividas que não são suas é a perversão perfeita.
A crise não é um problema de trabalhadores piegas e preguiçosos, não um problema de produtividade é um problema de concentração de riqueza!
Super ricos escondem 21 triliões nos offshore
https://www.forbes.com/sites/frederickallen/2012/07/23/super-rich-hide-21-trillion-offshore-study-says/#6e23674e6ba6
Há dinheiro, só que o dinheiro está onde não devia estar, nas mãos de uns quantos!
Esta concentração de riqueza não é sustentável!!
A vergonha apontada neste post merece reflexão.
Mas a forma como um sujeito tenta fugir à denúncia deste modelo de sociedade em que vivemos merece também um reparo.
Veja-se como esse sujeito se atira contra o mundo do trabalho. Veja-se o ódio como refere as tentativas de se "melhorar a vida aos que têm emprego(carreiras, aumentos, reformas, direitos e garantias)".
Não gosta assim nem de quem tem emprego, nem de quem tem reformas, nem de direitos nem de garantias. Gosta das relações laborais ao modelo da escravatura ou do início da Revolução Industrial
Mas o que é pior ( ainda) é tentar atirar a responsabilidade sobre estes, os que têm emprego, pelos "orçamentos públicos deficitários, desemprego, e miséria para outros".
Sinceramente "isto" é simplesmente abjecto. Parece que voltámos aos tempos de chumbo da governança de Passos e Coelho e aos argumentos de trampa da canalha em funções.
O que é por demais significativo é que este ódio a quem simplesmente vive do seu trabalho vai de par com odes e versalhada manhosa e medíocre para com os grandes detentores do Capital. Vai de par com os elogios aos que concentram em si a riqueza, aos "proletários" como o António Borges ( não se riam que está escrito) e outros "artistas". E vai de par com a despudorada defesa da exploração desenfreada sobre o mundo do trabalho e com a criminosa defesa do direito de se usarem os bordéis tributários.
Aí não se lembra o tal sujeito da miséria para os outros.
Tal como não se lembra de quando berrava esfuziante em 2012 que esse seria o ano do fim dos direitos adquiridos. Enquanto pedia e exigia mais despedimentos e mais miséria.
Outros tempos,outras formas mais directas de extravasar o que lhe ia na alma.
O modelo de caridadezinha das jonets de ocasião encontra eco neste tipo de gente.
Fica sempre a dúvida se a única coisa que verdadeiramente o aborrece é que não haja uma ainda maior distribuição ao domicilio do produto do saque perpetrado pelo grande poder económico.
As rendas e os Swaps e as PPP são coisas de somenos.Tal como os bancos privados que privatizam os seus lucros e socializam os seus prejuízos.
Herr José é um visionário e um arguto analista das questões relativas à justiça social...
O homúnculo deu em Maquiavel de viela e eis que faz recair o ignominioso peso do remorso pela miséria alheia sobre aqueles outros que, lambões!, ainda têm trabalho, salário, teto sob o qual dormir e pão para comer...
Alarguemos o âmbito do precioso raciocínio josesístico: se ele há analfabetos, a culpa será de quem foi alfabetizado; se ele há quem morra sedento, atiremos as culpas a quem tem o topete de beber um copo de água por dia; se ele há fome neste mundo, a malandragem que come meio pão quando o rei faz anos deverá desejar a definitiva redenção de morrer à fome.
Uma coisa é certa: pode bem Herr José dormir de consciência tranquila, pois escusa de se mortificar por haver no mundo incontável gente asinina privando-se do singular neurónio que não tem.
Ó José, já percebemos que o seu ideal era sermos todos escravos até morrer (todos, excepto alguns!). Desta forma, escusávamos de ter que organizar e prever reformas, dar aumentos, criar carreiras, defender quaisquer tipo de direitos ou garantias - a única garantia que você precisa é que lhe seja permitido predar o trabalho alheio para justificar a sua preguiça, quase que aposto que chama a isto "empreendorismo".
Pedro Passos Coelho é um bom exemplo do tipo de genten que você admira: alguém que, por compreender intimamente a exploração e a vergonha subjacente inerente a ter que vender a força de trabalho a troco de dinheiro para sobreviver, está dispoto a qualquer coisa para evitar tal situação!
Imagine-se lá que agora o homem tinha que ir trabalhar, acatar ordens... era o que faltava! É mais chique e limpinho andar em almoços, jantares e numas reuniões feitas em salas assepticamente decoradas, mas climatizadas. O que é de génio é que quando estes tipos fazem asneira da grande, a gente paga e eles nem precisam de ir implorar ou envergonhar-se, ao contrário dos que estão na fila da fotografia.
Que você admire um tipo como o Passos que é, manifestamente, incapaz de trabalhar, apesar de não ser inválido, é que eu pasmo por completo.
É um azar para o país ainda ninguém lhe ter oferecido um daqueles empregos para amigos (cheios de direitos, garantias, reformas e indemnizações chorudas e progressão anual, que você tanto critica e de que eles tanto gostam).
As generosas almas que se autoestimam carpindo a miséria alheia e reclamando que outros, que não eles, sejam desapossados do bastante para que não lhes ofendam a elevadíssima sensibilidade social, são o epítome da esquerdalhada militante!
E se lhe denunciam tal enredo, travestem-se de analistas de carácter e adivinhos de sórdidas perversões, e impiedosa e violentamente vertem verrina que seria insuspeitada em tão elevadas sensibilidades e generosas almas.
Mas é assim. Seja!
Desapossados do que nem sequer mereceram? Mas cabe na cabeça de alguém achar que um ladrão merece ficar com o produto do roubo, só porque o conseguiu roubar?
Que não gosta de quem trabalha (a quem considera serem os "preguiçosos") enquanto venera quem vive de rendas obtidas por favor ou privilégio, já por aqui se percebeu.
Eu não me importo nada de ser desapossada de tudo o que tenho, de qualquer das formas já sou castigada q.b. ao pagar mais em impostos por trabalhar do que se tivesse exactamente os mesmos rendimentos estando sentadinha, ou inventando uma empresa fictícia. Eu percebo o horror que manifesta perante a "miséria" de ter que trabalhar - é esta a condição dos pobres -, mas se lhe tirarem tudo (como tiram a "nós"), o que é que ia fazer?
Não seja piegas, trabalhar, quer nos apeteça ou não, é o que "nós" fazemos para sobreviver e claro que temos um calafrio na espinha só de imaginar que tal oportunidade nos poderia ser retirada! É o medo, tal como quem vive de rendimentos deve ter medo de ser desapossado da "fortuna", por ladrões, pelo estado, ou pelo que de pior quiser imaginar.
A ironia suprema é que quanto mais denegrirem e retirarem direitos a quem trabalha, pior é trabalhar, não é verdade? Agora imagine só que esse azar lhe calhava a si!
Que jose não seja aldrabão e que recorde o que escreveu. Onde estava tão patente o ódio vesgo a quem trabalha. Mais o alijar as responsabilidades da miséria gerada pela governança da sua classe para cima do mundo do trabalho.
"Esquecendo", protegendo, escondendo, mimando, pieguicimamente mimando toda a cambada que defende e por quem nutre uma tão marcada afeição. Os verdadeiros donos de Portugal, a quem tenta deste modo tirar dos holofotes e da denúncia.
E se lhe denunciam tal enredo, traveste-se de analista de carácter e adivinho de sórdidas perversões, e impiedosa e violentamente verte verrina sobre tudo o que viva do trabalho.
As pieguices , essas ficam na ternura fofa da cumplicidade de classe com os tais 1%.
Ó olharapo José:
Disseste: «Enquanto fazem todo o possível para melhorar a vida aos que têm emprego (carreiras, aumentos, reformas, direitos e garantias) fingem ignorar que a contrapartida são orçamentos públicos deficitários, desemprego, e miséria para outros.»
Pois, em contrapartida, o teu homem da Tecnoforma retirava aos que tinha emprego, aumentando assim os que não tinham, e dava aos amigos.
Assim é que tu gostas, não é?
E ainda tens lata para explanares publicamente tais ideias mirabolantes.
Não passas de um traste, de um reles.
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P. S. Tu que sabes tudo sobre todas as coisas, és capaz de dizer porque o teu querido homem da Tecnoforma nunca foi investigado?
Aquilo houve por ali dinheirinho entre ele e o ex-Dr. Reles, perdão, ex-Dr. Relvas?
Foi porque a máquina da Justiça estava todo a investigar o outro pulha?
O filósofo.
Duvido.
Moral da história: há pulhas bons e pulhas maus.
Mas aqui já não achas que haja discriminação, pois não?
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