quinta-feira, 13 de julho de 2017

A Democracia e os seus inimigos

Segundo notícia do Jornal de Negócios hoje divulgada, “[o] Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP) da Universidade Católica espera que o produto interno bruto (PIB) nacional alcance um crescimento de 2,7% em 2017”, como “pode ler-se na sua mais recente folha trimestral de conjuntura”.

Parece, assim, que em 8 meses o país passou da "provável derrocada financeira" ao maior crescimento em 17 anos: um milagre, passe o oximoro, cientificamente confirmado.

De facto, quem sabe, sabe. Parece-me caso para sublinhar que a análise económica objetiva, expurgada de considerações políticas, mas comprometida com a Democracia, recompensa os seus discípulos.

O que fica por explicar, contudo, é que o milagre tenha acontecido ainda que não tenha sido respeitada a primeira das condições (técnico-económicas, evidentemente) da sua materialização, ou seja, “calar as posições extremistas dos que apoiam o governo”.

Que diabo, terá sido, outra vez, mão do dito?

16 comentários:

Jose disse...

E a dívida?
E a mudança de rumo face aos anúncios e promessas?

Milagre nenhum: continuidade de turistas e exportações e bola baixa com a Europa.

Anónimo disse...

A dívida?

Mas estamos constantemente a falar dela. E a desmontar aquele palavreado da quadrilha neoliberal que encheu e enche a nossa comunicação social.

Paleio e propaganda troikista para os quais contribuiu o tal herr José. Com milhares de posts. Numa agitaçao grotesca, contínua e pesporrenta. Como o demonstra a memória escrita de tal labor.

Há até odes ao César das Beves.

E repare-se como foge ao desmascarar do seu ídolo. À desfilada, para a dívida e para a bola.

Uma verdadeira delícia

Jose disse...

' dívida pública subiu, entre Março e Abril de 2017, 3,9 mil milhões de euros contra os 5,3 mil milhões em todo o ano 2015'

A alternativa de sucesso a bombar!

Anónimo disse...

A bombar?

A bombar é o que vamos pagar pelo BES?
Pelos Swaps de miss Swaps?
Pelo dinheiro que foge para os offshores?
Pelos rombos privados nas finanças públicas?

Anónimo disse...

Mas este tipo das 15 e 17 oscila (tal como o seu amigo César das Neves) entre a derrocada financeira e a continuação da gesta gloriosa de Passos pelo actual governos?
Para agora voltar ao bombar?

Este tipo é um aldrabão. E se se quiser que se evidencie, com as próprias palavras do dito, a dança do ventre de tal espécimen é só dizer

Jose disse...

É só dizer ...sentadinha ao sol.

Anónimo disse...

A alternativa de sucesso a bombar:

"EDP pagou 2,03 milhões em salários e prémios a António Mexia em 2016"

A alternativa para o Capital, pois claro

Anónimo disse...

Estará de novo "inquieto" herr Jose?

Para voltar a fazer confusões de géneros? "Sentadinha ao Sol"?

Refere-se concretamente a quem? A si? A outro alguém? Ou foi simplesmente engano apressado e inútil? Ou apenas uma fuga igualmente apressada e da mesma forma inútil?

Mas independentemente do "sentadinha ao Sol" do jose era importante que ele esclarecesse as suas similitudes com o papa-hóstias e pregador de mercados, César das Neves.

De início era a derrocada e o inferno. Depois era apenas a continuação do rumo trilhado por esse expoente máximo do neoliberalismo, o Passos Coelho.

Para agora se voltar ao bombar?

Alguém aí para pedir ao herr jose que esclareça se isto é uma coincidência religiosa e beata ou se se trata apenas duma impotência argumentativa? Essa sim, "sentadinha ao Sol"?

Jose disse...

Ignorar a mudança de política geringonçosa logo após pagar o foro que deu acesso ao poder, é o exercício mais comummente praticado para desacreditar o diabo que estava garantido se assim não fora.

A mentira repetida não deixa de o ser, mas há que contar com uma imprensa tosca e uma população lerda para que o mantra se justifique plenamente.

Anónimo disse...

Insiste, insiste, flete, flete.

Sentadinho ( ou sentadinha, sabe-se lá qual o género em uso) herr jose começa por tentar atirar a bola para canto. Para a divida e também para a bola. Esconde as odes ao César das Neves doutros tempos e doutras solidariedades.

Depois muda (aqui) de estratégia.

Em finais de julho de 2016 Passos Coelho avisava os deputados do PSD que «em Setembro vem aí o diabo». Jose repenica e replica o chefe. Um dirigente do PSD afirma alto e bom som que o discurso é para manter.O discurso de que vem aí «o diabo» é para continuar e deve fazer parte do que o líder vai dizer na rentrée da festa do Pontal.«Mas o diabo não são as sanções nem a crise política. O diabo é o que aí vem em termos de economia» E depois das reversões da austeridade de Costa só resta o descalabro.

Porque a austeridade é imprescindível

("É evidente que a austeridade é para continuar"
Jose, 20 DE AGOSTO DE 2015 ÀS 15:10
Dirá naquele tom inflexível de sinaleiro de via de sentido único e com o tom ameaçador da ordem das Ordens Novas

Exactamente. Porque a austeridade uberalles. E ainda havia que sacar mais 600 milhões da segurança social que não se concretizaram.

Anónimo disse...

Quem não se lembra das manifestações de direita que houve quando o PàF perdeu, com bandeiras portuguesas e cachecóis da selecção e uma ou outra bandeira monárquica a exigir a Cavaco um governo de gestão? E do anti-esquerdismo primário evidente nas entrevistas aos seus organizadores? E do movimento amarelo dos colégios privados e dos slogans e imagens a ele associado?

E do racismo abjecto expresso contra Costa? E do rancor à solução encontrada?

Também nessa altura Jose repenica e replica.Desde comentários xenófobos contra Costa até ao ódio cristalino contra a dita geringonça. Até vai ao ponto de fazer exigências a Cavaco:

"O que lhe compete é indigitar como 1º quem lhe apresente um governo viável.
Se ninguém lhe trouxer esse governo viável (e decente em propósitos) fica quieto ou arma bronca.
Palhaçada patidocrática já houve a bastante!"

( "decente em propósitos"...um verdadeiro mimo. Tal como o veemente carácter anti-democrático tão cristalinamente expresso)

Anónimo disse...

Em Novembro de 2016, João César das Neves dá uma prédica sobre o"colapso financeiro de Portugal". Aqui referida nesta posta de Paulo Coimbra

Jose continua a repenicar e replicar

Acontece que os factos começam perigosamente a cobrir de ridículo as hostes pafistas.

É dada a contra-ordem.

A nova ordem expressa num novo formulário que tenta atribuir a Coelho os méritos alcançados torna-se em novo alvo de ironia e gozo.

Percebe-se que "a continuação da gesta gloriosa de Passos pelo actual governo" é um penoso exercício confabulatório. A "continuação do rumo trilhado por esse expoente máximo do neoliberalismo, o Passos Coelho" é uma treta de todo o tamanho.
A afirmação que a " mudança de política geringonçosa logo após pagar o foro que deu acesso ao poder, é o exercício mais comummente praticado para desacreditar o diabo que estava garantido se assim não fora" uma ruminação quase onanística para apagar o dito e o não dito. Uma espécie de estado de negação absurdo para cobrir as bacoradas de Coelho

Anónimo disse...

Mas como acontece sempre nestas hostes há sempre os mais prestos e prontos, os mais obedientes e cegos, os mais lerdos e teimosos, os mais submissos e renitentes...
E a orquestra começa a desafinar. Ainda mais.

E o tempo em que vão intervindo os diferentes protagonistas da austeridade uberalles vai-se arrastando no tempo. E não de um modo uniforme.

O núcleo de César das Neves acordou agora

"Em 8 meses o país passou da "provável derrocada financeira" ao maior crescimento em 17 anos: um milagre, passe o oximoro, cientificamente confirmado"

Mas há recaídas nítidas, mostrando assim que a nova formulação de propaganda entre a direita e a extrema-direita é apenas epidémica, para eleitor desatento. E para comunicação social atenta e venerada

"dívida pública subiu...A alternativa de sucesso a bombar!" dirá aqui de novo herr Jose

A alternativa que já não era porque tinha deixado de o ser?

Entre os salmos místicos e de mercado de César das Neves e a defesa que um homem de negócio deve aproveitar as oportunidades e não ser honesto ao ponto de não ignorar a desonestidade alheia de herr jose não há escolha possível.

Vêem ambos do fundo,bem do fundo duma ideologia bem sinistra

Jose disse...

Enquanto os credores acreditarem que lhes vão pagar, toca a bombar...quando acabar, toca a gritar. CRETINOS!

Anónimo disse...

Não, não colhe. Pobre este Jose que assim mete os pés pelas mãos e foge. Mais uma vez.

Agora desta forma em que de certa forma aflora um gritinho ridículo semi-hisrerico : "Cretinos"

Cretinos?

Não , ainda não chegámos a este patamar de insultos grotescos. Se este sujeito quiser ir por aí que vá.
Mas mostra às escancaras a impotência e a pesporrÊncia. Dele e da tal ideologia sinistra

Anónimo disse...

Há aqui algo que escapa.

Então o "ignorar a mudança de política geringonçosa (que) é o exercício mais comummente praticado para desacreditar o diabo que estava garantido se assim não fora" agora já não o é?

E voltámos ao" bombar e aos cretinos" ?

Houve afinal a mudança que justifica a bonança ou afinal não houve a mudança e eis o descalabro?

Mas não temos direito a um mínimo de coerência deste fulano, ao menos dentro do mesmo post?

Este tipo é também uma fraude.Que miséria. O que a obrigação de propagandista dos mercados faz a um tipo