Uma grande empresa portuguesa decide pagar a uma universidade norte-americana que permite uma cátedra dada por um político português que tutela o sector em que essa empresa se insere.
É um caso de corrupção? Pode ser que sim, pode ser que não. No caso EDP/Manuel Pinho, o juiz de instrução achou que não: Sobre o facto de Manuel Pinho ter dado aulas na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e de a EDP ter patrocinado aquela instituição, "é
manifestamente insuficiente para concluirmos que isso consistia numa vantagem indirecta em troca das pretensões da EDP", considera Ivo Rosa.
De qualquer forma, uma coisa é certa: não é para todos. Ou então poderíamos todos concorrer a algo semelhante. Mas se não é para todos, por que razão há-de ser para alguns?
Corrupção activa, corrupção preventiva, armadilha (em caso de litígio, o dossier é libertado), sedução ou aliciamento?
Economia também é isto.
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18 comentários:
Vamos aguardar, por agora fica assim, pode ser que o futuro nos traga desenvolvimentos surpreendentes.
É mais um daqueles casos em que, se não é ético, é bem achado no vasto mar das oportunidades legais...
Se não é corrupção é prémio.
Á pergunta, quais os critérios de selecção adoptados pela EDP para indicar o regente drssa acção, oq que é que apurou o MP? O que julgou o juíz?
Como é possível este blog não estar a comentar o que se passa na Venezuela???
O que o Ministério Público deveria tentar apurar e explicar seria qual a razão, pulsão ou vocação que levou um prestigiado e protegido quadro com experiência na banca e part-time no governo,a ser financiado por uma empresa da área da energia,para leccionar numa universidade norteanericana sobre energias renováveis.
De corrupção e de corruptos e de corruptores sabe bem herr jose.
Tem a sua própria teoria. Parece que para defender os corruptores invoca os corruptos como os responsáveis.
Aconteceu tal depois de alguns banqueiros chorudos e grandes capitalistas terem sido apanhados com a mão na massa.
Depois assumiu-se pieguicimamente ao lado dos corruptores.
Esqueceu-se o coitado que os corruptos de ontem são os corruptores de amanhã.
E vice-versa.
Mas isso sabe lá no fundo herr Jose. Estes "esquecimentos"...
Cuco e a 'pescadinha de rabo-na-boca'.
Depois da ladainha concluis o quê?
Que não são os partidos e seus boys os principais promotores da corrupção? Ou são?
E os funcionários públicos, coitadinhos, tão mal pagos num emprego para a vida?
E a porra das experiências socialistas com suas nomenklaturas e clãs hiper corruptos?
Vai-te encher de moscas mais as tuas lenga-lengas que a regra do capitalista é pagar o menos possível.
Esteve bem o MP. O resto é o que seria de esperar.
Mais uma vez é intrigante esta forma de abordagem, como que coloquial, dum sujeito de nickname Jose.
Cuco?
Mas quem será esse cuco que parece ser o alfa e o ómega do sujeito? E a que propósito se azeda com o dito cujo e depois um pouco javardamente o trata assim familiarmente, como se parceiro dos seus copos ou das suas negociatas?
Um pouco de decoro que estamos em casa séria.
Podemos avançar um pouco?
O que ressalta da conversa do tal sujeito é, perdoe-se o plebeísmo, pura conversa da treta.
Arremedos de desconversa para fugir à acusação plantada diante do seu nariz. Afirmações toscas e disparatadas só para fugir ao que é essencial
Que é a cumplicidade do sujeito com os corruptores e com os processos de corrupção. Traduzida nesta frase:
"É estúpido ignorar que se há corruptores é porque há corruptos, e pelo que sei são os corruptos que promovem a corrupção e não o contrário".
Frase datada de 23 DE JANEIRO DE 2015 ÀS 19:31, precisamente quando começavam a despontar com cada vez maior força as acusações de corruptores a grandes banqueiros e homens de negócios.
Havia que fazer algo pelos da sua classe. E jose fê-lo desta forma aí em cima expressa
É francamente confrangedor essa "absolvição" dos corruptores atribuindo a responsabilidade da corrupção aos corruptos...
Primeiro...desconhece jose o ordenamento jurídico português?
Desconhece também jose que o corrupto é a maior parte das vezes um corruptor, como o demonstra o caso exemplar do BES/GES
O nome aos bois:"Durão Barroso já tinha tido um cargo indecifrável no BES - com carro, motorista e remuneração não se sabe para quê, nem a título de quê - e depois Arnault, advogado escolhido pela Goldman Sachs para altos cargos no Banco, faz um jeito e consegue um empréstimo para o BES de 680 milhões de euros".
Jose tentou proteger os corruptores desta forma digamos que...canhestra.
-Desconhece jose que a origem disto tudo "não é a maldade da mafia familiar, mas a natureza de um estado capitalista corrupto, de um sistema financeiro privado hegemónico que controla o Estado na sombra, escondido por detrás da democracia de fachada?
Jose defende os acumuladores de riqueza e os corruptores ( são os ricos que corrompem)
Jose falava em corruptores e em corruptos desta forma tão...escolástica. Mas agora tenta sair pela porta dos fundos, tenta "esconder" o que antes dissera e convoca o poder político ( os partidos , os seus boys) como fonte da corrupção
Vejam-se estas duas coisas deliciosas:
-"Esquece-se de nomear o poder económico como a principal fonte de corrupção.
-"Esquece-se de nomear que partidos e que boys estão envolvidos em processos de corrupção.
Mas jose não se veda no seu esforço de "ocultar" a sua abnegada defesa dos corruptores.
Vai mais longe. Expressa preto no branco o seu ódio larvar aos funcionários públicos. Nem piores nem melhores do que tantos outros trabalhadores, mas dizem os manuais de meados do século passado ( pelo menos com critérios de coisa científica) que é bom arranjar bodes expiatórios. Sobretudo quanto estes podem servir para colocar em causa o Estado e as suas funções sociais.
Mas este ataque odiento ( característico de outros ataques de meados do século passado a outros grupos também definidos como"culpados") vai mais longe. Não consegue jose esconder a sua visão das relações de trabalho.
Assim o "emprego para a vida" é uma coisa que o atormenta e o incomoda
Que diacho, essa coisa de emprego estável é algo que perturba a livre exploração do mundo do trabalho. O Capital necessita de ter um exército de trabalhadores disponíveis para todo o tipo de trabalho, como uma mole imensa de mão-de-obra barata e sempre pronta.
Nos seus sonhos passará pela cabeça um mundo ideal em que o trabalhador terá que pagar algo ao patrão, para poder trabalhar?
Caem assim com estrondo as lenga-lengas e as lenga-lengas sobre as lenga-lengas
(Ainda tenta lavar a honra do convento apontando o dedo para outros, como se outros fossem justificação para a pulhice própria tão bem documentada e aprendida)
Sobra num entanto ( mais uma ) enorme contradição entre o que disse este jose ontem e o que diz hoje.
Ontem dizia que o capitalismo estava de pedra e cal. Impante e vitorioso. Sem ameaças nem sombras. Estávamos no paraíso e só um tonto quereria sair deste paraíso.
Hoje confessa ( provavelmente porque necessita duma justificação abençoada para o comportamento dos celerados do Capital) que a "regra do capitalista é pagar o menos possível"
Alguém que num desnorte súbito ou numa cumplicidade ternurenta diga tal frase, pode estar certo que tal regime nunca poderá estar de pedra e cal.
Era o que mais faltava que todos assistíssemos, impávidos e serenos, ao banquete perpétuo de meia-dúzia de tubarões e vampiros que comem tudo , enquanto a imensa maioria dos demais vegetam à míngua e na miséria.
"Associação de antigo dirigente do PSD recebeu fundos públicos indevidamente
Tribunal de Contas determina devolução de 250 mil euros concedidos ao Instituto do Território, fundado por um antigo patrão de Pedro Passos Coelho".
O Patrão e Passos Coelho. O PSD no meio, sempre, ao serviço do poder económico que serve e de que serve. E que representa.
Nem funcionários públicos nem experiências socialistas.
Esta é a natureza de um estado capitalista corrupto, de um sistema financeiro privado hegemónico que controla o Estado na sombra, escondido por detrás da democracia de fachada
Quando os corruptos ditam a mão ao poder não corrompem, fazem leis que os beneficiam, dão ordens que se cumprem, fazem calar quem protesta.
Essa é a história dos paraísos socialistas sem 'ricos' corruptores.
Quando os corruptos chegam ao poder, corrompem e corrompem como só o poder sabe corromper.
Os corruptos transformam-se em corruptores. Os corruptores em corrutpos, numa dança infernal entre o pessoal do poder em serviço ao poder económico e vice-versa.
Portas e os submarinos são um bom exemplo dessa dança mafiosa entre os corruptos e os corruptores.
Miguel Macedo e os vistos Gold
O caso BES e Ricardo Salgado.Mais Barroso e Arnaut
Rui Moreira e a "família"
As associações patronais, os patrões, certos sindicatos ligados aos patrões e os fundos sociais europeus
Paulo Núncio , o BES e os offshores
Muitos outros exemplos se poderiam citar, numa história obscena em que a procura do aumento da taxa de lucro justifica todas as pulhices e toda a vampiragem
É esta a história do poder económico em Portugal e dos seus serventuários em serviço governamental
Percebe-se o motivo pelo qual este jose tenta, deste modo tão ternurento como cúmplice, deitar água benta sobre os "corruptores".
Lastima-se mas os factos são mesmo tramados.
Nem a fuga para a "história dos paraísos socialistas" como pretexto para a cumplicidade com os tubarões apanhados com a mão na massa ( ah, estas fidelidades de classe) permite ocultar o que é claro:
-O cuco, os cucos desapareceram ao confrontar-se o sujeito com as suas perturbadas ruminações
-Vê-se que este jose sabe bem de corrupção, de corruptos e de corruptores
-A tese defendida na altura em que se tornava mais evidente a verdadeira face dos idolatrados "terratenentes" ( o termo é dele) está aí rigorosamente exacta, para se aquilatar do entendimento de "justiça" destas coisas :
"É estúpido ignorar que se há corruptores é porque há corruptos, e pelo que sei são os corruptos que promovem a corrupção e não o contrário".
-A"absolvição" dos corruptores atribuindo a responsabilidade da corrupção aos corruptos é não só todo um programa de ética pessoal, como um programa ideológico definido e sinistro.
-Defende com mais espalhafato ou com mais sobriedade os acumuladores de riqueza e os corruptores ( são os ricos que corrompem. E quando chegam ao poder essa corrupção muda de nome: "Fazem leis")
- "Esquece-se" de nomear o poder económico como a principal fonte de corrupção. ( bem tenta fazer o exercício de circo sobre os corruptos que depois não são corruptores e outras tretas do género.Tomar os restantes por idiotas dá mau resultado)
-"Esquece-se" de nomear que partidos e que boys estão envolvidos em processos de corrupção.
-Continua a expressar o seu ódio aos funcionários públicos e o "emprego para a vida" é uma coisa que o atormenta e o incomoda
-Confirma-se pela escrita do próprio: a "regra do capitalista é pagar o menos possível". E corromper o mais possível?
-Em meados de Julho deste ano este jose afirmava sem pestanejar:
" o que caracteriza um homem de negócios (é) aproveitar as oportunidades; e não ser honesto ao ponto de não ignorar a desonestidade alheia".
-O corruptor de hoje foi o corrupto de ontem e será o do futuro se tal for necessário.
Como qualquer homem de (grandes) negócios sabe. E pratica
- a origem disto tudo "não é a maldade da mafia familiar, mas a natureza de um estado capitalista corrupto, de um sistema financeiro privado hegemónico que controla o Estado na sombra, escondido por detrás da democracia de fachada".
Este tipo faz apenas o seu papel, solidário com a sua classe.
No caso temos então apenas corrupção dos cérebros, porque francamente ele deu aula de quê?
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