Ano após ano, no período estival, os trabalhadores e pensionistas portugueses que passam a vida a consumir-se para conseguir, quando conseguem, pagar as contas do mês, são inundados com as notícias dos lucros enormes que os seus sacrifícios e exploração permitiram às grandes empresas e grupos económicos arrecadar. Esses lucros são favorecidos por políticas desenhadas a partir do Estado (...) Quem andar iludido com a natureza profundamente neoliberal da aceleração em curso, e que estará plasmada, o governo não o esconde, no Orçamento do Estado para 2025, é só olhar para estas ligações entre sector financeiro, poder político e grandes empresas.
Início e fim do editorial de Sandra Monteiro no Le Monde diplomatique - edição portuguesa de agosto: acelerar a governação neoliberal. Não percais o que está no meio no renovado site do jornal.
Fica claro que nenhum partido que se diga de esquerda pode abster-se de combater esta gente com denodo. Ainda para mais se se tiver em conta o sadismo laboral de quem anda a brincar com o subsídio de desemprego, apenas para aumentar a compulsão de mercado e logo a intensificação da exploração, como indica Margarida Antunes, economista e professora universitária que estudou a fundo este erodido direito.
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