terça-feira, 4 de julho de 2023

Mais um português que lidera

Num capítulo desta coletânea, caríssima e fechada, usando todo um muito atemorizador arsenal nuclear-matemático, o economista Ricardo Reis bate-se contra a ideia de financiamento monetário - como se a despesa deficitária do Estado não fosse sempre, necessariamente, financiamento monetário - argumentando, grosso modo, que esta ‘opção’ nos leva inevitavelmente ao inferno dos bancos centrais confrontados com a necessidade de pagar juros sobre reservas criando mais e novas reservas num esquema que se eterniza e se torna Ponzi. 

A tese monetarista por excelência. A criação monetária é o caminho para a danação.

Tese desmentida por factos da realidade mobilizados e analisados pelo banco central dos EUA

Tese contrariada, com explicação teórico-prática, neste discurso, proferido enquanto ex-vice presidente do BCE, de Vítor Constâncio.
  

Sabe muito, Ricardo Reis. Parece saber que, se os salários acompanhassem a inflação, seria o purgatório e o inferno reunidos num só lugar. Acompanhar e superar a inflação, só os lucros. Porque diz que é assim que acontece, que é das natureza das coisas em geral e das económicas em particular. E também por causa das expectativas. Como, de resto, também defende Centeno. Uma pena que a investigação, apoiada pelo BCE, não o confirme

* Tradução do texto sublinhado na foto:
Não existe uma teoria aceitável que relacione de forma necessária a base monetária criada pelos bancos centrais com a inflação.

** Actualização: Ricardo Reis respondeu e disponibilizou um  formato "aberto e de borla" do seu acima referido capítulo, o que agradecemos. Tudo servido com uma escaramuça breve.   

1 comentário:

Lowlander disse...

Sei que me repito. Mas acho fundamental divulges estao perolas de historia economica.
O Ricardo Reis… nao e aquele sensato economista que previu em Septembro ou Outubro de 2008 que a crise financeira ia durar va la… um mesito