quinta-feira, 9 de abril de 2015

E para o silêncio cúmplice, também há limites?

Suponham por momentos que o anterior governo socialista ainda se encontrava em funções. E tentem imaginar o que diria o presidente da República sobre o caso sórdido da família de Massamá, com os salários penhorados e a casa em risco de ser vendida em leilão por, ao que tudo indica, um erro das Finanças. Uma situação que se soma a muitas outras (igualmente graves ou particularmente insólitas), que no seu conjunto estabelecem o padrão de selvajaria social que ficará para a história como marca irrevogável do actual governo.

Mais cedo que tarde, ouviríamos seguramente Cavaco Silva lembrar que «há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos» e que «é altura de os portugueses despertarem da letargia em que têm vivido», compreendendo que «só [com] uma grande mobilização da sociedade civil» se poderá garantir um rumo de futuro e «uma República social e inclusiva», que dê «voz aos que não têm voz». Porque, como disse o presidente no discurso de tomada de posse do seu segundo mandato (com o governo de José Sócrates ainda em funções), é preciso «recentrar a nossa agenda de prioridades, colocando de novo as pessoas no fulcro das preocupações colectivas» e responder assim ao imperativo de «uma política humana, orientada para as pessoas concretas, para famílias que enfrentam privações absolutamente inadmissíveis num país europeu do século XXI

Nota: Encontram-se na Wikipédia referências interessantes sobre a origem e significado da palavra hipocrisia.

4 comentários:

Jose disse...

As finanças que alimentam a fome de benefícios e prebendas que as leis 'progressistas' criaram não podem deixar de ser agressivas e ainda assim estão sempre em défice.
No caso, fico sentado à espera das iniciativas legislativas da esquerda para moderar as leis extorcionárias.

António Geraldo Dias disse...

Assistimos a uma espécie de "golpe de estado" no fisco que confisca todos os direitos constitucionais para defender os partidários da fraude à lei fiscal organizados à escala internacional,é um domínio em que o recurso à resistência civil para defender os direitos fundamentais faz todo o sentido,faço daqui um apelo à constituição de um movimento de cidadania fora dos partidos para com urgência levar por diante as acções necessárias à defesa colectiva de um sistema fiscal justo e progressivo assente na reciprocidade e na confiança e em que os cidadãos não sejam tratados como os criminosos e que acabe com o medo a impunidade e o silêncio.

Anónimo disse...

Jose fica à espera uma ova,

Jose é cúmplice,comparsa, amante,servo,bajulador, conivente, conluiado, mancomunado daquela coisa que tem por nome cavaco silva.

Cavaco é um traste,mas não só.Ignorante do género que jose gosta; medíocre e boçal como jose ama; mesquinho e sabujo como josé admira; colaboracionista com a pide como jose o foi; salazarista envergonhado como jose o esconde; neoliberal como jose o afirma; fantoche como jose prega; capacho como jose inculca; troikista como jose adora; co-responsável pelo saque,como jose defende e umas tantas outras coisas que não se podem especificar aqui.

Infelizmente há algo mais a dizer. Que perante a apresentação deste hipócrita encartado ( paupérrimo mas útil eufemismo) jose ainda tente fazer o seu papel de cumplicidade ternurenta com o silva e fale nas finanças como a escumalha fala, de leis "progressistas", como a direita extrema uiva, de leis "extorcionárias" como a corja troikista aplaude

De

Anónimo disse...

Jose

poucos se equiparam a ti em termos de desonestidade intelectual
só vens aqui expelir o teu veneno pois tu nunca argumentas apenas dizes umas frases bacocas do mais pobre discurso de propaganda que já li...nas tuas hostes existe gente que ao menos consegue disfarçar bem ao que vem e contrapõe factos que obrigam a laborar argumentação o que é bom pois permite esculpir melhor um pensamento alternativo. Tu apenas cumpres o pobre papel de latidor esganado e raivoso. No tempo da ditadura não passarias dum mero bufo serviçal e funcional sem mais relevo para lá dum ocasional louvor do chefe