quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
O modelo
Este expressivo gráfico compara o crescimento cumulativo para diferentes segmentos de rendimentos (dos 20% mais pobres aos 5% mais ricos) em dois períodos cruciais da história do pós-guerra nos EUA. Tem a palavra Jeffrey Sachs, economista que até meados dos anos noventa costumava alinhar pela doutrina do choque, mas que depois se converteu a posições mais sensatas: "O 1% mais rico das famílias norte-americanas tem, actualmente, uma riqueza líquida mais elevada do que os 90% inferiores. O rendimento anual das 12 mil famílias mais ricas é maior do que o rendimento dos 24 milhões de famílias mais pobres (...) O nível de corrupção política nos Estados Unidos é assombroso. Actualmente, tudo gira em torno do dinheiro para as campanhas eleitorais, que se tornaram extremamente dispendiosas."
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3 comentários:
45% dos mais ricos dos EUA apoiam aumento significativo das suas contribuições fiscais:
http://www.vanityfair.com/magazine/2011/02/60-minutes-poll-201102?currentPage=all
Como se pode ver, no 1º período (quando a distribuição do rendimento foi relativamente igualitária)as economias cresceram e não houve crises económicas. A partir de 1974, após o 1º "choque petrolífero", o capital ocidental quis recuperar as margens de lucro que perdeu com o aumento dos preços do petróleo à custa dos mais pobres. A partir daí, promoveram a ideologia neoliberal, tanto de forma direta como indireta. Os resultados são conhecidos: a períodos de aparente expansão económica (com recurso ao crédito) sucedem-se crises mais ou menos graves em intervalos cada vez menores.
E comprar agora estes dados com índices de pobreza absoluta, i.e., quanto é que os 20% mais pobres enriqueceram entre 1950-1980 e 1980-hoje?
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