segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Ir à raiz do problema europeu
O euro vai acabar? Não sabemos: estamos perante uma incerteza radical, conceito que teima em não entrar na cabeça da maioria dos economistas, convencidos de que podem atribuir probabilidades a tudo. Qual é o problema do euro, tal como foi instituído? Ser parte de uma utopia monetarista geradora de desemprego e desigualdades. O resto da minha crónica no i pode ser lido aqui.
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2 comentários:
O João Rodrigues poderia explicar, por favor, o que é que, segundo a sua perspectiva, teria acontecido à economia portuguesa se tivessemos continuado com o escudo?
Quanto é que valeria hoje o escudo relativamente ao euro?
E, se a entrada foi prejudicial, a saída, agora, que vantagens nos traria?
Quanto precisávamos de desvalorizar o escudo, relativamente à paridade actual, para tornar competitivo o sector de baixa tecnologia relativamente
aos concorrentes chineses e etc.? 50% chegava?
Quanto é que essa desvalorização custaria à economia portuguesa em geral e quem é que pagaria, os custos da inflação daí resultante?
Não estará o JR a esquecer sistematicamente uma coisa elementar: que o Governo (este e os outros) ao decidir administrativamente que o sector dos não transaccionáveis (monopólios de facto, função pública) tenham aumentos de preços, e salários, portanto, superiores ao crescimento do rendimento nacional, está a sugar o sector dos transaccionáveis e a liquidá-los?
Caro J Rodrigues: Trabalhei muitos anos num sector que tem de se bater no mercado mundial (em todo o lado). Não senti, antes pelo contrário, e posso demonstrá-lo, que o grupo fosse afectado pela entrada no euro.
Ao eleger-se de forma acrítica o euro como bode expiatório das nossas debilidades económicas esquecem-se as verdadeiras causas dos nossos problemas.
Caro João Rodrigues:
1.Um pormenor:
Originalmente no acrónimo PIGS, no lugar do "I" estava Italy e não Ireland.
2.Um pormaior:
A tipografização de liquidez no universo $ e £ tem um potencial muito mais explosivo que as tensões no interior da eurolândia (cuja prudência monetária do BCE tem raízes na desgraça da hiperinflação de Weimar que desembocou na segunda guerra civil europeia do séc. passado - 1939-45).
2.1. Sugiro-lhe que compare o potencial disruptivo induzida pela Grécia na universo euro, com a cada vez mais indisfarçável dificuldade de pagamentos da 8ª economia do mundo - a Califórnia - no universo do dólar (e, faço-lhe notar, mais de 40 estados dos USA estão como a Califórnia).
Abraço
Joaquim Alexandre Rodrigues
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