A vitória da Nova Frente Popular (NFP) na segunda volta das eleições francesas de 7 de Julho veio mostrar que é possível rejeitar o espartilho político-mediático que gostaria que os povos passassem a escolher apenas entre a direita neoliberal e a extrema-direita neoliberal, conservadora e xenófoba.
O primeiro lugar obtido pela coligação das esquerdas não impediu, ainda assim, que o partido de extrema-direita Reunião Nacional (RN) voltasse a ser o mais votado em França, conseguindo até o seu melhor resultado de sempre. Não impediu também que as direitas, perante o desafio de constituição de um governo sem maioria, se apressem a apresentar como «impossíveis» ou «perigosas para a economia» as propostas vertidas no programa com que a coligação das esquerdas se apresentou a eleições.
Numa altura em que as forças da direita e da extrema-direita neoliberais estão em crescimento, como pode constituir-se um bloco social e político que volte a tornar as esquerdas maioritárias? E com que propostas, em particular no quadro dos limites impostos pela União Europeia a qualquer governação de esquerda que queira investir no Estado social e nos serviços públicos, com políticas de igualdade e de salários dignos, no quadro de uma transição ecológica justa?
Convidamos todos os nossos leitores a participar neste debate. A recepção será feita a partir das 18h00, seguindo-se um lanche ajantarado antes de começar a tertúlia com os nossos convidados.
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