Sophie Binet, secretária-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), declarou em entrevista: “A Nova Frente Popular tem o dever de ser bem-sucedida, não pode trair, nem dececionar”. Para isso, a mobilização laboral é realmente crucial.
Em 1936, depois da vitória eleitoral da Frente Popular, ocorreram greves maciças durante várias semanas. Estas garantiram conquistas que nem sequer estavam previstas no necessariamente moderado programa eleitoral, como as famosas férias pagas. Foram aprovadas pela Assembleia Nacional quase por unanimidade, incluindo por um bloco burguês amedrontado, como sublinhou Serge Halimi na sua história das experiências de poder da esquerda francesa no século XX.
O “muro do dinheiro” parecia poder ser derrubado. “Antes Hitler que Blum”, disseram os vende-pátrias da altura. Não perdoaram o patriotismo antifascista e a ousadia laboral. Apesar dos seus desencontros e contradições, as esquerdas tentaram. Nada é concedido, tudo é conquistado; na urna e na rua. E nada está garantido.
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