sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Mamarrachos políticos


irmaolucia reduxstate of the art: o Kong de Espinho

Só num país de poderes públicos pervertidos pelo individualismo possessivo, por um mamonismo privatista, é que pode passar por reabilitação, com os generosos benefícios fiscais correspondentes, a construção de raiz de um mamarracho – mais de 800 m2, com seis andares e oitos casas de banho – a poucas dezenas de metros do mar. Tudo o que os ricos fazem é beneficiado, e não só fiscalmente, nesta forma de Estado com cada vez mais enviesamentos de classe.

Não é apenas a origem das muitas centenas de milhares de euros enterrados em Espinho a merecer há muito um escrutínio mais profundo por parte do jornalismo de investigação. Este, infelizmente, vai escasseando entre nós. São também os valores que se ocultam e revelam em tal mamarracho: a falta de regramento e de decoro, o exibicionismo deprimente, a emulação dos ainda mais ricos, o consumo conspícuo numa época de desigualdades pornográficas, a plutocracia – o governo dos ricos, pelos ricos e para os ricos.

O resto do artigo pode ser lido no setenta e quatro.

1 comentário:

Anónimo disse...

Alguém me sabe dizer qual é o percurso profissional de Montenegro antes de 2011?
É que tenho a ideia de que ele começou a desabrochar com a troika, que terá sido então que lhe chegou a veia empresarial. Já a de avençado camarário creio que é conhecida.