A prolongada crise do capitalismo neoliberal enquanto mudança estratégica das formas económicas, políticas e ideológicas do processo de acumulação deixou um rasto de destruição global: o agravamento das desigualdades, o alastramento da pobreza, o desastre ambiental, a guerra e a nova corrida aos armamentos, o declínio das democracias, a insegurança e o medo feitos política num tempo sem política como razão estratégica. Um presentismo conformista difuso que digere e normaliza o processo de regressão em curso e é diligentemente fabricado pelas novas máquinas de formatação do senso comum.
Excerto inicial da estimulante intervenção do historiador Fernando Rosas, que abriu o VII Encontro da Associação Portuguesa de Economia Política, ao qual de resto presidiu (25-27 Janeiro 2024, ISEG-UL).
Com cerca de 200 comunicações, este sétimo encontro foi de resto a demonstração da crescente vitalidade deste campo de estudos cada vez mais interdisciplinar e plural.
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