sexta-feira, 6 de março de 2009

A dívida não é igual para todos

(...) O engajamento directo das famílias com o sistema financeiro dá origem a uma profunda assimetria de poder. Se por um lado as famílias que recorrem ao crédito fazem-no numa situação de necessidade, agudizada pela estagnação salarial e pelas desigualdades, por outro, elas não dispõem dos recursos financeiros e/ou informais de poder que lhes garantam uma relação favorável com a banca, como aconteceu recentemente com os escandalosos termos com que a Caixa Geral de Depósitos, banco público, lidou com Manuel Fino, a quem adquiriu acções da Cimpor a um preço 25% acima do seu valor de mercado. Acresce ainda que, enquanto que os bancos beneficiam da sua especialização na recolha de informação e construção de garantias para os seus créditos, a maioria da população sofre de crónica iliteracia financeira geradora de vulnerabilidade face à complexidade dos produtos financeiros disponíveis. A comparação entre os vários bancos torna-se quase impossível, guiada por medidas grosseiras, como o spread, que escondem uma miríade de condições e comissões. O resultado é uma relação de crédito abusiva, usurária, com fortes efeitos na redistribuição do rendimento, já que penaliza os mais pobres e desfavorecidos.(...)

A totalidade do texto pode lida aqui.

6 comentários:

Nuno disse...

Caro Nuno Teles, experimente ir ao mercado comprar 10% da Cimpor. Acha que consegue comprar as acções à cotação do dia? Você sabe bem que não! Portanto não percebo o continuo o bater na tecla dos 25% acima do valor de mercado!
Cpmts

Nuno Teles disse...

Caro Nuno,

Experimente ir ao mercado vender 10% da Cimpor para pagar as suas dividas 'a caixa. Acha que consegue vender as accoes 'a cotacao do dia? Voce sabe bem que nao! Portanto nao percebo o continuo bater na tecla da defesa dos 25% acima do valor de mercado!

Nuno Teles

Nuno disse...

Em nada responde à minha pergunta! No entanto eu não estou a defender os 25% acima do valor de mercado! Não estou a defender nada por não saber(nem ninguém sabe) todas as condições do negócio! O que tentei, sem sucesso, foi tentar transmitir q esse argumentário é demagógico.
Todos sabemos que as condições negociais dos bancos dependem de pessoa para pessoa, dependem do poder negocial de cada um! Isso é visivel pelo spreads de CH que são "oferecidos" pelos bancos aos seus clientes.
O que seria uma mais valia era o Nuno Teles sugerir qual na sua opinião deveria ser a actuação da CGD! Executar a dívida, penhorar as acções e assumir a perda? O que faria se fosse a a dministração da caixa?
Bem sei que o certo era provavelmente não terem feito o empréstimo, mas isso é discutir o sexo dos anjos!
Cpmts

Anónimo disse...

o Fino a beira da CGD não passa dum anão. Só que é um anão da banca de neve que em conluio com os outros anões da administração PS,PSD/CDS da CGD roubaram o Povo Português. Eu sei cá sei como resolveria o problema. Até porque sou cliente Caixa num empréstimo habitação t3 de 100m2 de área e quando acabar o fundo de desemprego e se até aí não tiver arranjado trabalho quero ver como vão tratar o caso.

cicuta disse...

Afirmava este génio das finanças (o ministro) algo, não consigo entender, ou seja que se a CGA fosse comprar 10% das acções da Cimpor ao mercado e preço desta subiria automaticamente mas expliquem-me lá que lógica é esta? Não era o Fino o devedor que tinha que vender as acções para pagar a dívida? Se ele fosse vender 10% das acções da Cimpor ao mercado que preço obteria?
Devo ser uma besta quadrada em economia.

Isto não falando das outras questões de posição de dominante e opções de compra que nem quero falar.

Além disso se eu incumprir com a prestação da casa esta também é comprada pela CGD 25% acima do preço de mercado?

cicuta disse...
Este comentário foi removido pelo autor.