segunda-feira, 12 de maio de 2008

Uma medida dos verdadeiros privilégios em tempos de «socialismo moderno»

Fazer com que os bancos paguem uma taxa de IRC idêntica a das restantes restantes empresas deve ser um dos objectivos de qualquer política fiscal de esquerda. Eu diria antes que deve ser um objectivo de qualquer política fiscal. Deve ser, mas não é. Estou certo que Miguel Abrantes da Câmara Corporativa concorda com isto. Pena é que os seus dados sobre a taxa efectiva de IRC paga pela banca terminem no ano de 2005. Aparentemente o fisco ainda não divulgou dados mais recentes. No entanto, existem outras fontes. Os dados da Associação Portuguesa de Bancos, divulgados pelo DN, parecem-me uma excelente alternativa. Já os mencionámos aqui. Para que não restem dúvidas deixo um excerto da notícia: «os impostos pagos sobre os lucros caíram 28,7%, tendo a banca pago no ano passado 388 milhões de euros, referentes apenas à tributação dos resultados. Face a estes números, a taxa de IRC efectivamente paga pela banca rondou os 13,63%, relacionando o valor dos impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) com o resultado apurado antes de impostos. Em 2006, esta taxa tinha sido de 19,42%». Fica a correcção. Não foram uns vergonhosos 13%. Foram uns vergonhosos 13,63%. Aguardemos a confirmação do fisco e a actualização dos dados usados pela Câmara Corporativa.

1 comentário:

Filipe Melo Sousa disse...

Quanto pagam de IRC os serviços do estado que absorvem dinheiro para não produzir nada?

Porque se condenam os financiadores úteis e se louvam os desperdiçadores inúteis?