O neoliberalismo tornou-se ao longo das últimas três décadas num dos conceitos chave das ciências sociais e tem constituído um ponto de partida particularmente produtivo para descrever, interpretar e explicar uma ampla variedade de processos. Analisado de forma muito diversa – seja como um conjunto de preferências de política económica ou de periodização do capitalismo contemporâneo, seja como símbolo da reconstrução do poder das classes dominantes ou modelo de engenharia da forma estatal e reconfiguração dos modelos de governamentalidade – o conceito tem igualmente suscitado críticas que apontam para a sua natureza muitas vezes incoerente, instável e contraditória. O seminário «Neoliberalismo: teoria e história» procura justamente debater a génese, as transformações e os limites da forma neoliberal. Considerando o neoliberalismo como categoria analítica e categoria política, enquanto quadro ideacional e um conjunto de práticas económicas e culturais, pretendemos neste seminário discutir a relevância teórica e o poder heurístico deste conceito.
Organizado por Rahul Kumar no Instituto de História Contemporânea, começa amanhã, às 14h, a primeira sessão de um ciclo que terá lugar até Julho. Ricardo Noronha e Henrique Oliveira dão o pontapé de saída. Mais detalhes aqui.
Pela minha parte, farei uma apresentação na última sessão, lá para Julho, sobre o pensamento de Aníbal Cavaco Silva, não sei se já ouviram falar, e sua relação com o neoliberalismo na teoria e na prática. Entretanto, deixo-vos uma versão do neoliberalismo para totós.
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