sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Ginastas que não caem de pé

Fonte: INE e DGO (para 2015, 2016), em milhões de euros
O investimento público tem sido uma variável de ajustamento nas ineficazes políticas de ajustamento orçamental, enquadradas na estúpida ideia de que um défice de 3% do PIB é necessário para a estabilidade de uma moeda única, que - precisamente - tem desestabilizado o continente europeu.

E por tudo ser tão estúpido e apenas ter uma lógica política - teve-o desde 1992 em Maastricht, tem-no presentemente na defesa à exaustão de regras sem nexo - é ainda mais idiota ver os tristes e passageiros dirigentes da direita contorcerem-se para arranjar argumentos em seu favor.

Passos Coelho hoje, no Parlamento, no debate quinzenal, criticou a política seguida, para momentos mais tarde dizer que os sucessos se deveram à aplicação da política seguida por si... Assunção Cristas a insistir como uma criança sobre umas décimas do PIB e a querer que o PM reconhecesse o corte no investimento público, quando o maior corte foi feito no seu mandato como ministra, política alicerçada na ideia de que o Estado devia desinvestir para dar lugar ao sector privado e social. Despudor e fragilidade.

Mas era bom que um governo de esquerda tivesse outro pensamento sobre a mesma matéria. Sob pena de, a prazo, vir a padecer dos mesmos discursos contorcionistas e ineficazes.

4 comentários:

Anónimo disse...


Outros tempos vendiam-se nas feiras os Sempre em Pé. Hoje oferecem-se como imitações no Parlamento ao preço da uva-mijona. Outros tempos os Marionetes eram a alegria da criançada em feiras, festas e romarias. Hoje são falsas imitações permanentes a actuar no Parlamento.
Bem entendido, não podemos cercear a democracia nem restringir as amplas liberdades conquistadas no 25 de Abril de 74, mas que diabo, o que os “deputados da direita fazem em S. Bento ultrapassa todos os limites da boa convivência democrática.
Ex-1º ministro, ex-ministros, chefes de partidos, doutores disto e daquilo não terão um pingo de vergonha na cara?
E e´ de gente como esta que alguém espera governem o país como alternativa democrática? Vai la´ vai..!
O que se tem verificado nos últimos anos e´ que estes senhores são inimigos da democracia e por isso tem de ser tratados como tal.
Penso que o combate actual, antes de mais, passa por uma esquerda actuante pela defesa da Democracia, passa por um forte apoio às instituições democráticas, passa por uma relevante chamada ao povo português. Cabe aqui um papel importantíssimo a´ Inteligência Democrática Portuguesa! De Adelino Silva

Jose disse...

«querer que o PM reconhecesse o corte no investimento público»!?
Que descaramento! Então esse valor não está no orçamento, e o atrevido não sabe que não houve orçamentos rectificativos? Incrível tanta impertnência!

E contas...coisa mais estúpida, mais economicista, mais sem elevação!!!

Anónimo disse...

As palhaçadas - é o termo - do sujeito das 18 e 39 para tentar limpar a patetice enfatuada da sua Assunção Cristas são exemplares.

Veja-se a ginástica tonta em torno do seu objectivo: "que descaramento,atrevido, incrível, tanta impertinência, mais estúpida,mais economicista,mais sem elevação"

Todo este arrazoado disparatado com tiques de titio ou de titia de Cascais ambivalentes só para esconder isto:
"Assunção Cristas a insistir como uma criança sobre umas décimas do PIB e a querer que o PM reconhecesse o corte no investimento público, quando o maior corte foi feito no seu mandato como ministra, política alicerçada na ideia de que o Estado devia desinvestir para dar lugar ao sector privado e social. Despudor e fragilidade."

Anónimo disse...

Completamente de acordo com JRA:
"Mas era bom que um governo de esquerda tivesse outro pensamento sobre a mesma matéria."