sexta-feira, 20 de maio de 2016

Nunca se habituem


Esta semana confirmou-se, uma vez mais, que não há festa nem festança em que não esteja a Dona Constança. A festa bancária em curso, organizada pelo BCE e pela Comissão e paga pelos que aqui vivem, não é diferente: António Vitorino e Luís Campos e Cunha vão integrar o Conselho de Administração do Santander como, vejam lá, independentes. A primeira forma, condição para muitas outras, de resistência a esta sórdida economia política é não nos habituarmos. Eles querem que nos habituemos, claro.

Entretanto, recordo o europeísta Vitorino, um dos que dirige o cada vez mais irrelevante e bizarro culto Delors, quando afirmou um dia que “a linha entre populismo e cosmopolitismo é a grande confrontação na Europa”. Esperemos mesmo que seja e que o povo português encontre forma de ganhar este confronto e de retirar poder aos vende-pátrias, o verdadeiro significado desse cosmopolitismo nas presentes circunstâncias, aos que têm andado estas últimas décadas a defender o, e a beneficiar do, esvaziamento da soberania nacional e logo da democracia na escala onde esta pode existir.

7 comentários:

Anónimo disse...

Este deve ser mais um "emprego" em simultaneo a juntar aos outros 26 do xuxa Vitorino...

E depois sou eu que ando a viver acima das possibilidades!!

Anónimo disse...

Este vitorino já vem de longe:de Macau .....
O outro-é un gamda economista-oh oh.
PQP!

Aleixo disse...

Esta malta que enche a boca com a democracia (... representativa!)

- este pequenote, á cautela , foge do ir a votos, como o diabo da cruz! -

vendendo um patamar de decisão exclusivo de "cosmopolitas de outra dimensão",

lá quer saber do Povo!

O que eles querem é decidir! Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte...

ainda por cima, dizem fazer...em nome do Povo!

Jose disse...

Há maior cosmopolitismo do que um endividamento brutal aos mercados financeiros - essa entidade cosmopolita na sua ubiquidade?

O patriotismo do 'orgulhosamente sós' está agora travestido numa arrogância mendicante que acena, não com uma independência fundada em autonomia sustentável, mas em roncos de um 'ferrar o calote' supostamente atemorizador.

Anónimo disse...

Receio que a compreensão pelo que lê o das 23 e 27 esteja nos antípodas da ubiquidade:

"Há maior cosmopolitismo do que um endividamento brutal aos mercados financeiros - essa entidade cosmopolita na sua ubiquidade?"

O cosmopolitismo defendido precisamente pelos vende-pátrias que "têm andado estas últimas décadas a defender e a beneficiar do esvaziamento da soberania nacional e logo da democracia na escala onde esta pode existir".
O cosmopolitismo do "amigo" Vitorino e que Campos e Cunha não desdenharia subscrever.
Tal como o das 23 e 27 se tivesse capacidade para perceber o que lê


Anónimo disse...

O patrioteirismo do "orgulhosamente sós" do tempo do fascismo consubstanciava-se em afirmações como esta,subscrita pelo das 23 e 27:
"A PIDE era a polícia de defesa do Estado Português; era polícia de fronteiras, agência de informações e de contenção ou ataque a quem o poder político definia como inimigos do Estado.
Os inimigos do Exército Português eram inimigos do Estado e a PIDE era uma aliada essencial ..."
E nos "Angola é nossa" , Angola é nossa , Angola é nossa" cantada pelos serventuários do regime

Anónimo disse...

Tal patrioteirismo está agora travestido numa arrogância mendicante, subserviente e abjecta ao poder do grande capital ( aqui igualmente como antes de Abril)) e da UE, com particular destaque ao declamado em alemão

Arrogância mendicante, subserviente e abjecta que passou e passa pelas declarações de amor ao "ocupante" ou seja à "troika" enquanto se incentiva por cá os negócios sujos em torno das privatizações, da banca, das PPP, dos Swaps ...e até dos contratos de associação com umas poucas de escolas privadas. Ou seja roncos ( e não só)de um 'ferrar o calote' ao interesse público em benefício dos interesses de meia dúzia de interesses privados.

Enfim. A "autonomia" saudável para os vende-pátrias miseráveis e a quem eles servem que se querem permanentemente sustentados por quem trabalha e produz