terça-feira, 22 de novembro de 2011

Olhar

Christine Lagarde foi, enquanto Ministra das Finanças francesa, uma das inspiradoras da austeridade europeia generalizada, mas com muito especial incidência nas periferias, os novos laboratórios para experiências neoliberais de desvalorização social. A consolidação orçamental expansionista para aplacar mercados e entreter elites subalternas era uma das ficções liberais em 2010. Agora é a realidade da austeridade recessiva, o mundo dos efeitos keynesianos: uma recessão como a de 2008 "está a desenvolver-se perante os nossos olhos", diz Lagarde. Em Portugal, será bem pior do que em 2008-2009 (a recessão prevista para 2012 já vai nos 3%, para uma irrealista taxa de desemprego de 13,5%, tudo destinado a ser revisto na mesma direcção de sempre), graças aos olhos bem fechados de elites europeias e nacionais para os problemas do desenvolvimento do subdesenvolvimento que este euro e as políticas económicas nele inscritas estão a gerar. Os olhos estão apenas bem abertos para todas as oportunidades que o enfraquecimento das capacidades colectivas gera para uma minoria.

1 comentário:

Anónimo disse...

Pergunte ao senhor Fulford(no Japão) porque é que ele continua a dizer que o fmi está a ficar sem dinheiro a exemplo dos tubaroes da nova ordem ou velha ordem.Segundo ele a crise na europa é resultado de uma guerra não anunciada mas que em breve será evidente para todos!