As alternativas apresentadas resumem-se basicamente a: (1) "Outras alternativas dependem em grande medida de decisões políticas tomadas no quadro da União Europeia"; (2) "Reabertura urgente do dossier negocial com os credores privados e institucionais".
Quanto a (1) as cimeiras e os contactos sucedem-se e é já claro que não há unanimidade (eu diria, nem maioria) de vontade para alternativas federalistas que passem por implementar eurobonds, orçamentos (significativos) comuns, ... É um facto.
No que diz respeito a (2), os credores internacionais são claros neste momento ao afirmar que não pretendem conceder perdões voluntários de perdão da dívida a Portugal. Mesmo que esse perdão fosse aceite é de esperar que sejam exigidas contrapartidas: temos o exemplo da Grécia para ver quais as contrapartidas exigidas. Outro exemplo de negociação é o memorando da troika: negociar crédito e exigir austeridade.
Claro que podemos sempre ameaçar que não pagamos. Temos é de descobrir como sustentamos depois um défice público de 10M euros e um défice comercial externo. Podemos sempre deixar de importar energia!
Ou seja, o resultado das grandes alternativas na prática não depende de nós.
Estranhei, em particular, que o lançamento de um programa ambicioso de obras públicas ficasse de fora das alternativas. Não está para breve outro manifesto?
1 comentário:
As alternativas apresentadas resumem-se basicamente a:
(1) "Outras alternativas dependem em grande medida de decisões políticas tomadas no quadro da União Europeia";
(2) "Reabertura urgente do dossier negocial com os credores privados e institucionais".
Quanto a (1) as cimeiras e os contactos sucedem-se e é já claro que não há unanimidade (eu diria, nem maioria) de vontade para alternativas federalistas que passem por implementar eurobonds, orçamentos (significativos) comuns, ... É um facto.
No que diz respeito a (2), os credores internacionais são claros neste momento ao afirmar que não pretendem conceder perdões voluntários de perdão da dívida a Portugal. Mesmo que esse perdão fosse aceite é de esperar que sejam exigidas contrapartidas: temos o exemplo da Grécia para ver quais as contrapartidas exigidas. Outro exemplo de negociação é o memorando da troika: negociar crédito e exigir austeridade.
Claro que podemos sempre ameaçar que não pagamos. Temos é de descobrir como sustentamos depois um défice público de 10M euros e um défice comercial externo. Podemos sempre deixar de importar energia!
Ou seja, o resultado das grandes alternativas na prática não depende de nós.
Estranhei, em particular, que o lançamento de um programa ambicioso de obras públicas ficasse de fora das alternativas. Não está para breve outro manifesto?
Enviar um comentário