No mundo tal como ele é, as estruturas salariais são, em larga medida, fixadas pela sociedade; as empresas ajustam-se. A tecnologia e os métodos de negócio são inventados e adaptados dentro da empresa para se conformarem às regras que a sociedade impõe à empresa. E estruturas igualitárias são mais exigentes e, portanto, até um certo ponto, mais produtivas (...) Os standards salariais exigentes que empurram a indústria para as melhores práticas são apenas uma versão do que pode ser feito nas áreas ambientais, da saúde e da segurança do trabalhador ou do consumidor. Impor standards e assegurar que estes são respeitados é uma resposta política à emergência do Estado Predador. Este último reduz-se a uma coligação das forças empresariais reaccionárias que tentam manter a competitividade e a rendibilidade sem melhorias tecnológicas, sem controlos ambientais , sem respeito pelos direitos laborais ou pela segurança dos produtos que fabricam.
James Galbraith
Um salário mínimo que garanta a recuperação do poder de compra dos trabalhadores mais pobres, como foi negociado em 2006 na concertação social, é uma dessas regras que contribui para criar uma economia civilizada, ainda por cima quando se estima, cálculos do Ricardo, o impacto nos custos das empresas. Perante a pouca vergonha patronal-governamental, que recusa um aumento mensal de 25 euros para o próximo ano, a CGTP enviou uma carta à ministra do trabalho, exigindo a marcação urgente de uma reunião da concertação social. Fez muito bem. E depois ainda há quem tenha a lata de dizer que a CGTP despreza a concertação social...
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