Entretanto, vale a pena reler a investigação de João Ramos de Almeida para o Ladrões de Bicicletas sobre Pedro Siza Vieira e ler o artigo de Ana Cordeiro Santos no número de Outubro do Le Monde diplomatique – edição portuguesa sobre “sociedades de investimento em património imobiliário”, “um novo salto na financeirização da habitação”, onde Siza Vieira é um protagonista importante.
Agora, fala-se, uma vez mais, num potencial conflito de interesses. Num certo sentido, o problema é que há excesso de convergência de interesses e escasso conflito num nexo turismo-imobiliário-finança que se vai densificando. Será que é a isto que se chama a normalidade reposta por uma suposta esquerda?
Aqui chegados, é preciso dizer que a questão não é tanto pessoal quanto política, de rede económico-política.
Facilitadores há muitos, claro. Atente-se, por exemplo, na Secretária de Estado do Turismo. Em plena greve na Ryanair, Ana Godinho decidiu ir a Dublin tirar uma fotografia com a encarnação multinacional da selvajaria laboral.
Recentemente, no Público, São José Almeida denunciava a arrogância de Michael O’Leary para com a Assembleia da República. A falta de respeito, a prepotência patronal, é estimulada por governantes que não se dão ao respeito. E que não respeitam as regras básicas da ética republicana. São os facilitadores.
20 comentários:
Vamos admitir que o João Rodrigues tem razão . Mas isso leva-nos a uma outra questão: se o governante é oriundo do sector que tutela, invocam-se incompatibilidades; se não é, diz-se que não tem experiência. Neste cenário, sobra quem para o exercicio de funções governativas, quando até as relações de parentesco já servem para convocar incompatibilidades ?
JR
"...encarnação multinacional da selvajaria laboral."
Há piores que a Ryanair por incrível que pareça!
Amazon patenteou uma jaula para trabalhadores. (Sim, agora a escravatura é patenteada)
https://www.theguardian.com/commentisfree/2018/sep/14/amazon-worker-cage-staff
"A patente distópica da empresa é chocante, e mostra como cada passo dos trabalhadores é controlado"
O resto do artigo descreve o "horror show" que é a Amazon para os trabalhadores de armazém e distribuição.
Desde as condições péssimas nos armazéns a terem que defecar na carrinha das entregas para cumprir os prazos.
Não gostam destas novas empresas do tipo Amazon, Uber com práticas medievais?
São os facilitadores pois claro
( diverti- me muito ao ler o primeiro artigo aqui linkado sobre precisamente, os facilitadores. E sobre alguns comentários lá inscritos)
Ética republicana para o dono da Ryanair ir ao parlamento dar protagonismo internacional a geringonços?
E questões laborais de ilegalidade duvidosa a sobreporem-se a interesses estratégicos do país? Entretenham-se a fracturar outra coisa qualquer...
A coisa advinha-se promissora:
Os putos vão desenvolver livremente as suas idiossincrasias a partir do momento em que abram os olhos (a vóvó tem a cara encorrilhada, bec!); o trabalhador tem no espaço de trabalho o local de livre expressão das suas convicções, ritmos e temperamento; o estudante não sabe porra nenhuma, mas adquire um elevado potencial de aprendizagem; o tipo que facilita negócios é um malfeitor que conspira para o sucesso do capitalismo…
"Num certo sentido, o problema é que há excesso de convergência de interesses e escasso conflito num nexo turismo-imobiliário-finança que se vai densificando. Será que é a isto que se chama a normalidade reposta por uma suposta esquerda?"
Até fiquei com falta de ar.
“Entretenham-se a fracturar outra coisa qualquer.”
São os desejos do facilitador josé
Perdão.
Porra, são os desejos irritados e furibundos do facilitador jose
Admire-se contudo esta subserviência Uberalles à Passos Coelho face ao dono da ryanair... solidariedades de donos, que desta forma contribuem para o sucesso do capitalismo
Mas a coisa continua promissora (qual “adivinha-se”, qual carapuça).
Em vez de aparecer montado no diabo, jose aparece montado nos pobres “ putos”, com a vovó atrás mais, bec, a cara encorrilhada.
Adivinha-se a literatura que lê e as telenovelas que frequenta.
Talvez deixar estas tretas de lubrificador de negócios à cata de justificações ( um pouco néscias, confessemos) para o desempenho das malfeitorias de classe.
Tudo em honra do sacrossanto Capital, como diria Marx E que agora Fukuyama corrobora
Um facilitador é alguém a quem cabe facilitar um negócio, seja pelos conhecimentos técnicos, incluindo os jurídicos, ou porventura pela capacidade de 'abrir portas', o que coloca a categoria bem mais próxima do tráfico de influências (que é sempre a sugestão de quem usa este termo com um sentido pejorativo), embora seja difícil perceber exatamente o que isso é.
Ana Godinho não corresponde a nenhum desses casos, por isso, João Rodrigues, a sua classificação é um abuso de linguagem a roçar o insulto. Se ela tinha uma reunião com O'Leary deveria claro tê-la mantido, vir tirar selfies com ele revela, isso sim, falta de inteligência.
Só que dizê-lo não é a mesma coisa do que fazer insinuações insultuosas em relação à senhora e deixe lá a treta de que isto é político e não pessoal. É engraçado como é habitual que alguém afirme uma coisa, negando-a. É uma versão pífia do 'nunca acreditar em algo até ser desmentido oficialmente' do saudoso James Hacker...
Com Siza Vieira as coisas fiam mais fino. Só que, azar dos Távoras, onde sobram os ideólogos, faltam os tecnocratas (refiro-me à Esquerda da Esquerda, claro). Por isso, Costa não tem mesmo remédio senão socorrer-se de quem sabe noutras áreas políticas.
Independentemente disto tudo, fica a pergunta, e o que é afirmado por si não justificaria a defesa de uma moção de censura contra o presente Governo? Ou a coragem ficou à porta?
Ana Godinho não é uma facilitadora.
Tem apenas falta de inteligência.
Devia ter feito tudo sem ter mostrado nada
Percebemos
Infelizmente Jaime Santos continua com processos de intenção que raiam o insultuoso. "Um abuso de linguagem a roçar o insulto"
Fala sobre Ana Godinho. Afirma que os comentários sobre as suas atitudes não são políticos, são pessoais
De como ele tira tais conclusões é um mistério. Todavia é ele o primeiro a desmentir as suas próprias afirmações.
Ora vejamos. Parece que, segundo JS, a referida senhora revelou "falta de inteligência" por tirar selfies.
Esta falta de inteligência tem um carácter político ou um carácter pessoal?
Será altura de JS perceber que o que é criticado é ela, sendo o que é, fazer o que fez?
E aparecer a dita senhora, com aquele sorriso( perdoe-se a expressão) néscio, como se fosse a funcionária do mês do Sr O'Leary?
Para que as coisas fiquem claras, a gravidade de tal confraternização não se apaga com esta poder ter sido feita de acordo com a inteligência (política ou pessoal?) de JS, ou seja, fora dos holofotes mediáticos.
Mas há mais. Dirá JS: "Se ela tinha uma reunião com O'Leary deveria claro tê-la mantido"
Este "claro" assim tão claro de JS é sinal de inteligência política ou pessoal de JS?
Porquê claro? Até mesmo Marcelo cancela encontros por questões de oportunidade política, e a referida senhora tem assim estes "pruridos" para encontros? Pruridos de que se esqueceu rápido, quando se viu na companhia de tão excelso cavalheiro?
Uma questão de inteligência claro. Mas sobretudo de cumplicidade com a "encarnação multinacional da selvajaria laboral".
Pelo que, por mais que custe dizê-lo a JS, é pura treta, pura mentira, pura manipulação o vir dizer todo catita que: "É engraçado como é habitual que alguém afirme uma coisa, negando-a. É uma versão pífia do 'nunca acreditar em algo até ser desmentido oficialmente' do saudoso James Hacker..."
Jim Hacker já retratou tipos como JS? Parece bem que sim
Também não se percebe esta referência ao "azar dos Távoras" como referência a Siza Vieira.
Parece que como assumido defensor das grilhetas de Bruxelas, JS também agora manifesta um claro pendor tecnocrata.
Faz lembrar quem? Várias aves raras que aparecem por aí a assobiar para o lado, apresentando-se como puros "tecnocratas". Os vampiros do FMI e da troika, os do directório europeu, também gostam de se apresentar assim.
Cavaco não fica assim sozinho na fotografia. Para vergonha de quem o imita deste modo singelo
Independentemente disto tudo fica a pergunta.
O que é afirmado por JS sobre as moções de censura a apresentar por quem escreve criticamente sobre um governo, significa exactamente o quê?
A dificuldade em confrontar-se com opiniões contrárias?
A má-consciência por se ter abraçado grilhetas ( do que quer que seja)?
A incapacidade para perceber que os espaços onde JR se move são autónomos e não sujeitos aos calendariozinhos partidários de JS?
A falta de princípios democráticos, não reconhecendo a liberdade de expressão?
Um certo cariz autoritário ao tentar impor aos outros a vontade de JS no que ao debate diz respeito?
Um estilo tipo cassete que não se importa de assumir assim este estilo?
Uma fanfarronice de miúdo briguento, tentando arremedos de forcado marialva?
A falta de coragem de debater o que se debate, fugindo para questões colaterais?
Não foi só esta ( coragem) que ficou à porta de JS. Mas de facto mete pena
O respondedor automático do LdB acoberta-se no anonimato e configura-se como o defensor de toda a edição recorrendo a figuras de estilo variada onde a análise psico/tonta do alvo nunca é esquecida. E quanto a recursos culturais Marx/Engels são pau-pra-toda-a-colher.
Se o sujeito ( e o predicado) das 11 e 35 não se importa, o tema do post são os facilitadores.
Pelo que, apesar de apetecível via de fuga para descarregar a bílis, aliviar a azia e esconder a denúncia sobre os "facilitadores", é bom não nos perdermos em idiotices "psico-tontas", "paus para toda a colher" ou "respondedores automáticos".
Isso queria o sujeito, que expressa também assim os seus pesadelos psico-tontos, de acordo com o seu vocabulário actualizado.
Voltemos assim aos facilitadores, como o exemplo de Ana Godinho, que, em plena greve na Ryanair, decidiu ir a Dublin tirar uma fotografia com a "encarnação multinacional da selvajaria laboral".
Curiosamente um tipo aí em cima dá a mão ao senhor Michael O'Leary, dono da Ryanair e fá-lo colocando-se acintosamente ao lado deste. Não só na actuação daquele como patrão boçal, selvagem, sem escrúpulos e mafioso, como também na sua arrogância para com a Assembleia da República. A falta de respeito e a prepotência patronal de O’Leary para com Portugal (relembra-se que a audição parlamentar para que tinha sido solicitado o foi por decisão unânime da Comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas) são assim subscritas por quem andou de bandeira da troika na mão.
Ou de como um amante de outras ditaduras se converte num neoliberal, a vender e insultar o seu país.
Não se percebe porque na "nossa" comunicação social são escondidas coisas como esta.
Mais uma da Ryanair:
https://www.thecanary.co/trending/2018/10/21/ryanair-bent-over-backwards-for-a-racist-and-now-people-are-demanding-an-apology/?utm_source=samizdat&utm_medium=partner&utm_campaign=free
Pedro Siza Vieira não é um facilitador, é tão-somente um incompetente:
https://www.veraveritas.eu/2018/10/pedro-siza-vieira-mais-um-incompetente.html
O pimentel ferreira aonio eliphis aparece por aqui a fazer propaganda a um sítio suspeito.
Um daqueles blogs manhosos pelo conteúdo.Mas que infelizmente tem outras propriedades mais sombrias. Quem lá for tem a obrigação de ser avisado que o terreno está armadilhado
Se ele é competente ou incompetente é uma coisa que diz respeito exclusivamente ao seu foro pessoal. Que se deixe assim destes dramatismos.
Mas a última vez que joão pimentel ferreira apareceu por aqui, com o seu nome próprio, não disfarçado de outros nicks e com esta foto do século passado, não só foi para insultar o LdB como blog, como os seus autores. E num misto de paroxismo histérico com um descontrolo emocional patético jurou que não voltava aqui.
Como se sabe voltou e tem voltado. Muitas vezes. Mas a cena com que tinha dito adeus foi tão canalha, que tinha tido a vergonha de voltar "incógnito" para assim não lhe atirarem à cara mais uma vez o que de facto é.
Engana-se. O facilitador do passismo desbragado e da UE uberalles a debitar em alemão, joão pimentel ferreira, tem que ser confrontado com estes factos
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