sábado, 16 de setembro de 2017

Bem acompanhado


Rui Tavares afiançou que “nos últimos dez anos cresceu entre nós um discurso eurocético e eurofóbico importado, em boa medida, das críticas dos conservadores britânicos ao projeto europeu”. É que nem em boa medida, nem em má. As direitas portuguesas não podem, a não ser para efeitos de inconsequente snobeira, imitar os conservadores britânicos. Estão na periferia e precisam de um vínculo externo disciplinar de natureza monetária.

Há muito que a direita nacional percebeu bem quem promove externamente o seu projecto interno, sobretudo desde Maastricht: de Cavaco a Passos, passando por Durão, Portas e Cristas. O discurso eurocéptico tem crescido, isso sim, pela esquerda, com base na revalorização da tradição soberanista democrática e popular, de matriz socialista, crítica de uma integração capitalista europeia, cada vez mais claramente austeritária e neoliberal na medida em que se aprofunda o esvaziamento dos poderes dos Estados, em especial periféricos.

Uma tradição socialista que existiu na Grã-Bretanha antes das décadas de refluxo, como atesta este artigo do historiador marxista E. P. Thompson na altura do referendo à permanência na CEE, em 1975: “Estes arranjos convenientes para o capitalismo não podem ser confundidos com o internacionalismo, político ou cultural. Limitar-se-ão a aumentar a distância dos processos de decisão e a mistificar o que sobrar do processo democrático (...) Alguns idiotas nos movimentos trabalhistas acham que o Mercado facilitará as políticas socialistas e sindicais. Fará o oposto. A burguesia ganhará de uma só vez vinte anos de distância”. Estou certo que este tipo de diagnóstico terá de ser recuperado pelo trabalhismo consequente no contexto do Brexit. Por cá, esta tradição, em constante renovação, é tributária da crítica comunista e social-democrata consequente (extremamente minoritária neste último campo, embora seja crescente o número dos que dão razão a João Ferreira do Amaral, um dos seus poucos cultores a partir da crítica keynesiana ao Euro).

Rui Tavares quer promover uma variante europeia do chamado liberalismo do medo (e as referências na área da história que divulga apontam para aí), de acomodação a uma UE supostamente melhorável, que nos garantiria um capitalismo um pouco menos autoritário e “desregulado” (esta última fórmula é geradora de todas as confusões, já que não há capitalismo histórico que não seja regulado). Na realidade, a tralha do mercado único e da moeda única não nos garante nada disso, dadas as tendências pós-democráticas evidentes e dado que as regras que promove se destinam a transferir recursos de dentro para fora e de baixo para cima, ao mesmo tempo que as crises recorrentes que lhes são endógenas alimentam o populismo das direitas, sobretudo perante a inacção de certas esquerdas, conformadas com o papel de apêndice de um euro-liberalismo que as destrói, como se vê com a social-democracia.

Entretanto, nunca dei muito para o peditório catastrofista da economia no campo político e o mesmo se tem passado com as tradições críticas que sigo. Por exemplo, ainda antes da rendição do Syriza, alertei para a força das estruturas de integração e para a fraqueza do discurso europeísta de esquerda e das suas analogias históricas, incapaz de reconhecer a natureza robusta deste processo político regressivo. Creio que nisto não me enganei. E por falar em enganos, creio que sei do que falo no que ao discurso eurocéptico diz respeito, se a introspecção for fonte de conhecimento, já que evoluí nestes anos de uma posição europeísta crítica no diagnóstico, mas pueril na proposta, para uma posição que procura ser mais consistentemente eurocéptica. Há boas razões para tal esforço. E estou bem acompanhado nesta evolução.

Adenda. Na caixa de comentários António Vaz alerta-me para uma omissão na minha tradução de E. P. Thompson e para um erro: faltava movimentos trabalhistas e o texto de E. P. Thompson no Sunday Times é de 1975 (aquando do referendo sobre a permanência) e não do momento da adesão britânica (1973). Corrigido. Aproveito para sublinhar que E. P. Thompson estava mesmo bem acompanhado, já que, por exemplo, a maioria do Partido Trabalhista (2 para 1) foi a favor da saída da CEE numa conferência realizada sobre o assunto antes do referendo nacional, embora o Primeiro-Ministro trabalhista Harold Wilson, acompanhando pela conservadora Margaret Thatcher, por exemplo, tenha sido a favor da permanência, que acabaria por triunfar dessa vez. Tony Benn e a restante ala esquerda do partido, bem como a maioria dos sindicatos, foram contra a permanência. A posição de E. P. Thompson no artigo era bem representativa da tradição eurocéptica do socialismo (e isto antes da natureza neoliberal do na altura chamado clube capitalista ser evidente). Já agora, E. P. Thompson também podia ser bem acintoso nos debates (Althusser que o diga), pelo que optei por deixar estar idiota como tradução de silly…

63 comentários:

Anónimo disse...

Uma síntese notável. Duma enorme lucidez. Cada vez mais acertivo e claro

E magnífico E. P. Thompson:

"Estes arranjos convenientes para o capitalismo não podem ser confundidos com o internacionalismo, político ou cultural. Limitar-se-ão a aumentar a distância dos processos de decisão e a mistificar o que sobrar do processo democrático (...) Alguns idiotas acham que o Mercado facilitará as políticas socialistas e sindicais. Fará o oposto. A burguesia ganhará de uma só vez vinte anos de distância”.

Jaime Santos disse...

O 'liberalismo do medo' de que fala vencerá enquanto as Esquerdas não forem capazes de apresentar uma alternativa consistente. Falar de reindustrialização e recuperação da indústria metalúrgica, química e petroquímica (tudo em linhas muito gerais, claro) como faz o PCP dá francamente vontade de rir, porque há outros que o fazem melhor ou mais barato do que nós faríamos. O João Rodrigues não compreende que uma Economia não pode estar apenas ao serviço do trabalho, tem que gerar riqueza suficiente para sustentar todas as políticas que propõe. E nisso, adivinhe, os socialismos faliram todos clamorosamente, e sem exceção. Todos. A sua contradição insanável é que propõe uma economia supostamente soberana e depois precisa de incorrer em défices para suportar as políticas de desenvolvimento que deseja. Tarde ou cedo estaremos de mão estendida a pedir dinheiro a quem é forte e o tem (se o derem, e nas condições draconianas do costume). E claro, depois os proponentes disto tudo vêm também defender a 'soberania' da Venezuela. Imagine o quão soberana é uma população em que agora 80% dos seus cidadãos são pobres e veem o seu Presidente, uma má imitação do putchista de pacotilha Chavéz (foi assim que ele começou, lembra-se), passar por cima do seu voto e convocar uma assembleia constituinte, só porque perdeu as eleições. Com companhias dessas, João Rodrigues, sabemos ao que vem e dar-lhe-emos a mesma resposta que em 1975...

Anónimo disse...

Um excelente texto de João Rodrigues: perspicácia analítica e honestidade intelectual no seu melhor. Parabéns.
Quanto a Rui Tavares que diremos nós? Pois diremos que não passa de um acabado exemplar de uma certa "esquerda" que sábia e vantajosamente trocou o nada atual internacionalismo por um modernaço cosmopolitismo e embarcou, numa implícita adesão às teses racistas e neoimperialistas do ocidental neoliberalismo vigente, em todas as aventuras do "intervencionismo humanitário-democrático" da sua tão querida UE. A sua acusação de a nossa classe política ir beber, à esquerda e à direita, à mesma fonte eurocética dos "tories" britânicos é um achado de lucidez analítica solidamente ancorado numa honestidade intelectual a toda a prova. No centro, esse mítico lugar onde se acha toda a virtude, está, como não poderia deixar de ser, o nosso queridíssimo luso Pigmaleão que dá pelo nome de Rui Tavares. Ele, e só ele, é que, pelos vistos, descobriu a fórmula mágica que lhe permitirá tirar, de uma só vez, a rapariga da aldeia e a aldeia de dentro da cabeça da rapariga.

Jose disse...

A esquerda teve o seu Graal no projecto soviético, e desde que, reticente, chegou à conclusão que prosseguia a construção de um pântano, anda pela generalidade a chafurdar em contradições enquanto os seus filósofos se dedicarem a desestruturar (destruir) tudo o que se aproximasse de conceito estabelecido - uma espécie de já agora vamos todos para o pântano e de lá nos reergueremos, se calhar!

E assim vai as coisas entre filósofos pantanosos e ´práticos' sem soluções credíveis, todos e sempre a duvidar e a condenar tudo que mexe.

Geringonço disse...

Porque razão os media dão tanto palco a Rui Tavares?

Rui Tavares fundou um partido para se manter à tona, e nem com as regulares participações em TVs e jornais conseguiu chegar ao parlamento!

Até um partido que defende os animais chegou ao parlamento sem a exposição que o privilegiado Rui Tavares beneficia! O que dirá isto de Rui Tavares e o "Livre"?

Diz que Rui Tavares nada ou pouco acrescenta, poderá também dizer que Rui Tavares foi punido por fazer de partidos projectos pessoais...

Anónimo disse...

"A esquerda teve o seu graal no projecto soviético" dirá um afobado europeísta que transitou directamente do projecto salazarento/marcelista para os braços do directório europeu. A falar em alemão, claro está.

De como o graal ainda serve de pretexto para conversa da treta?

Ou de como herr jose tenta chafurdar desta forma tão esconsa como impotente?

Sem dizer nada de substantivo, assumindo-se como um filósofo dos coitadinhos que estão a afundar-se no pântano

Ai se Passos Coelho sabe, ainda lhe dá uma rabecada por esta choraminguice sem sentido e idiota

João Pimentel Ferreira disse...

Deixo a pergunta que sempre deixo aos comuno-eurocéticos. E a União Soviética? Que além de forçar a união dos povos culturalmente diferentes, desde os mongóis, caucasianos ou eslavos, tinha uma função beligerante e opressora? A UE não tem exército e serviu a Paz.

Ler cripto-comunistas a criticar forças supra-nacionais, é como ouvir cardeais a pregar a ajuda aos pobres. Vale lixo!

João Pimentel Ferreira disse...

O projeto Europeu é muito mais que liberalismo económico e migrações, mesmo que a esquerda anti-capitalista e os fascistas nacionalistas de direita, respetivamente, a queiram reduzir a isso. O discurso da extrema-esquerda é tão sectário, que reduzir a UE a "neo-liberalismo", é muito mais que ideológico, é cegueira política.

O autor, com o devido respeito, não acompanhou os últimos updates desde Maastricht. Há a cidadania europeia, a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capital, o BCE, a Europol, o Frontex, várias agências europeias, uma das quais sediadas em Lisboa no Cais do Sodré, a Agência Espacial Europeia, e mais importante de tudo, a Paz, a tão ansiada por Kant Paz Perpétua. Contra tudo o que se diz e contra toda a verborreia anti-europeia, o facto, é que a Europa nunca teve um período tão longo de Paz. Recordo ainda que os países da Jugoslávia à data não pertenciam à UE. Segundo Kant, a paz eterna trata que o direito cosmopolítico deve circunscrever-se às condições de uma hospitalidade universal. Dessa forma, Kant traz no terceiro artigo definitivo de um tratado de paz perpétua, o facto de que existe um direito cosmopolitano relacionado com os diferentes modos de conflito dos indivíduos e como estes intervêm nas relações uns com os outros. Os supra-estados como a UE, tendo valores fundamentais salvaguardados, como a Liberdade, a Democracia ou o Respeito pelos Direitos Humanos, mesmo sendo desprovidos de militarismo, preservam a Paz Perpétua!

A Paz da UE é imposta pelos Valores, Princípios e Direitos e não, tal como a USRR ou os EUA, pela Espada! É um facto histórico inegável que os cidadãos tendem a esquecer, porque já deram a assimilação da Paz como garante dos seus quotidianos. Se o fizeram, devem-no à UE. Mas como bem sabemos, as guerras fizeram parte do quotidiano da História da Europa. Por isso, sim, sou federalista, sou euro-apologista.

António Vaz disse...

Caro João Rodrigues, tive o cuidado de ler a sua intervenção por 3 vezes, bem como (por apenas uma única vez) o artigo do Rui Tavares publicado no Público. Também posso dizer-lhe que se o RT não é um político que colhe a minha empatia, de si, porque não o conheço como "político", nem esse factor (diria) negativo poderei assumir MAS depois de tudo isso que disse, tenho a dizer que pelo menos percebi o que ele defende enquanto fiquei sem perceber o que V. realmente defende. Provavelmente será, quiçá, uma falha minha...
Há algo de estranho nas tomadas de posição públicas da maioria dos que se reclamam de Esquerda (não, não falo dos Sociais-Democratas que esses - no meu entendimento! - há muito deixaram de ser de Esquerda!), sobre a presença do seu país na União Europeia: refugiam-se no abstracto palavrão de "eurocépticos" para, na ausência de um preciso significado do mesmo, poderem "manobrar" a "coisa" e, assim, engonharem numa verdadeira tomada de posição.
Evocam os alertas proféticos proferidos no passado, no habitual estilo do "eu bem que avisei"; citam situações actuais como se elas nunca tivessem acontecido antes e, consequentemente, se não estivesse na UE nunca teriam acontecido agora; e desenvolvem teorias em que, à laia de meteorologistas, sabem o que se passa Hoje mas apenas adiantam "previsões" para Amanhã - como quase sempre, em quem acredita nos meteorologistas e não sai com o chapéu-de-chuva, acaba encharcado.
Concretamente: o que V. defende para Portugal? A saída da União Europeia? Apenas a saída da Eurozona? Outra alternativa? É que o RT pelo menos é claro no que defende... V., para além de criticar a posição dele, apenas o faz sem mostrar a sua verdadeira posição sobre a matéria.

PS.1 Um dos seus "interessantes" argumentos é o de que "existiu" «Uma tradição socialista (...) na Grã-Bretanha antes das décadas de refluxo» (e nem imagino que raio de "refluxo" terá sido esse...) e então recorre a um artigo do «historiador marxista E. P. Thompson (d)a altura da adesão à CEE» que, salvo melhor prova, foi publicado no Sunday Times de 27.04.1975, com o título de "Going Into Europe"... quando a adesão do Reino Unido, à CEE foi em 01.01.1973 (http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/january/1/newsid_2459000/2459167.stm) - bom, uma "tradição" feita por um sujeito, mesmo que seja um "iluminado" ou "profeta" «historiador marxista» já diz muito sobre o tipo de argumento a que recorre: é a árvore virada floresta! Mas o pior vem quando o próprio "iluminado" ou "profeta" «historiador marxista» acaba por se revelar, pelas suas próprias palavras, apenas como um D. Quixote investindo contra os muitos "moinhos" da então verdadeira "tradição socialista" local: «Alguns idiotas acham que o Mercado facilitará as políticas socialistas e sindicais.» (convém aqui recorrer ao original: «Some sillies in the labour movements suppose the Market will facilitate socialist and trade union activity.» - É interessante notar como a sua(?) tradução utiliza uma técnica estalinista bastante conhecida de "apagar", não só o que não lhe agrada na fotografia: onde é que nela meteu o «in the labour movements»? É que mesmo que os "labour movements" fossem constituídos por apenas um suposto ridículo número de UM ELEMENTO, ele menciona-os no plural - eram vários; como recorre a uma "tradução grosseira" (para não lhe chamar outro nome!) do vocábulo "sillies" (https://www.merriam-webster.com/dictionary/sillies): porque não tolos em vez de idiotas? Pelo menos, da minha parte, acredito que o autor não tinha qualquer propósito arrogante...
PS2. Para os interessados, não nas "traduções-versões" do autor do "post", aqui fica a ligação para aquele que julgo ser o original do artigo do EP Thompson: http://lexit-network.org/going-into-europe-an-essay-by-e-p-thompson

João Pimentel Ferreira disse...

Caro autor, em acréscimo refiro que na terra dos camaradas alentejanos, onde a técnica feudal do PCP remonta quase à Idade Média, numa das regiões mais pobres da UE e cujos jovens tiveram de migrar para o litoral dada a miséria e desemprego (vá a Serpa ou Beja e tente procurar emprego bem remunerado); se não fosse a UE, os autarcas locais do PCP, tal as virtudes do socialismo a empobrecer os povos, nem sequer tinham saneamento básico nem água potável. Conheço muito bem o caso da distribuição dos fundos comunitários pois um dos meus melhores amigos trabalha no instituto público que os distribui. O sábio povo denomina este tipo de gente como "miseráveis e ma-agradecidos"! (Não me refiro aos alentejanos, mas aos eurocéticos do PCP).

Anónimo disse...

Herr José fala, videirinho como sempre, em "esquerda" esquecendo-se convenientemente de que o que sempre existiu foram "esquerdas". Pluralidade de abordagens à ideologia é à direita, pois claro, o que permite ao mimético e reacionaríssimo Herr José, não obstante ser um saudosista do fascismo puro e duro, fazer-se passar por membro de uma direita civilizada.
Mas o disparate não se fica por aí...
Tenta Herr José fazer a minhoca passar por jiboia quando atribui a maquiavélicos filósofos da esquerda una e indivisível o nefando projeto de, destruindo toda e qualquer instituição "liberal", trazer de volta o fantasma do seu (dela) adorado Estaline. Lol!!! Olhe, caríssimo Herr José, eu sei que isto se encontra uns patamares por de cima dos seus limitados conhecimentos, mas aqui vai: esses filósofos são precisamente aqueles que, desiludidos com a URSS, primeiramente se viraram para os trotskismos e os maoismos e, num segundo momento, se atiraram de cabeça para a vasta piscina dos pós-modernismos. Fala o ilustradíssimo Herr José - sem o saber, claro está - dos Foucoult e dos Derrida desta vida. Fala Herr José - sem fazer ideia do que isso seja, como é evidente - de gente que foi e é, na sua minimalista destruição de tudo o que lhe cheire a "relação opressiva de poder", a maior aliada do hodierno neoliberalismo racista e imperialista e das suas homicidas aventuras bélicas. O neoliberalismo reina na confusão conceptual, no relativismo ético, no cinismo ideológico e, sobretudo, no desatar e no aniquilar de toda e qualquer interação humana que possa constituir-se em cimento de vastos movimentos de massas. Quem criou esse caldo cultural tão útil à atual pavorosa (e também apátrida, amoral e homicida) direita neoliberal que é a menina dos seus olhos, Herr José, foram esses filósofos de "esquerda". Não seja ingrato, está bem?

Anónimo disse...

O nosso caríssimo João Pimentel Ferreira é um ás a ver as coisas do avesso. O desemprego alentejano deve-se às malfeitorias do omnipresente PCP e não à liquidação da reforma agrária ( a Lei Barreto diz-lhe alguma coisa?) pelo Centrão de todos os interesses. Vastas herdades ao abandono, agora que o maná das reservas de caça para os senhores de Lisboa fazerem o gosto ao dedo foram (isto das modas passa depressa e, quando a crise aperta e as empresas e os empresários da treta foram à mais que previsível falência, o dinheiro não dá para tudo...), são uma invenção das cabecinhas tortuosas dos autarcas do PCP. Por outro lado, esses mesmos autarcas devem ir a Fátima agradecer a esmola da UE sem a qual já o Alentejo teria desaparecido. Certíssimo... Já eu gostaria de saber por que cargas de água desapareceria, à míngua de fundos comunitários, somente o atrasado Alentejo, mas, pelos vistos, prosperariam as indescritíveis tabancas - despovoadas, envelhecidas, analfabetas e ciclicamente vítimas de mortíferos fogos florestais - do interior centro-norte do país tão sabiamente governadas pelos não menos sábios autarcas do PSD, do CDS e do PS. Quer o agudíssimo Sr. João Pimentel Ferreira ter a fineza de mo explicar?

Anónimo disse...

Caro António Vaz( AV)

Ao que parece teve o cuidado de ler a intervenção de JR por 3 vezes bem como (por apenas uma única vez) o artigo do Rui Tavares publicado no Público.

Não é que isso interesse como argumento. Mas já que tal foi avançado pelo caro AV, sempre se adianta que o texto de JR merece mesmo as tais três leituras, enquanto que o de RT é apenas o que é.

Claro que se pode sempre admitir aquele quiçá admitido pelo AV de que se trata mesmo de uma falha do AV

Ou ponderar que o que move o AV é apenas a pesporrência ideológica de alguém tão comprometido com outras coisas que só lhe saem estes trejeitos aí em cima tão patentes

Por exemplo, encrespa-se AV contra o historiador marxista E. P. Thompson que teria escrito aquela frase certeira citada por JR.

Diz textualmente AV:
"«historiador marxista E. P. Thompson (d)a altura da adesão à CEE» que, salvo melhor prova, foi publicado no Sunday Times de 27.04.1975, com o título de "Going Into Europe"... quando a adesão do Reino Unido, à CEE foi em 01.01.1973"

Púnhamos os pontos nos is. O que João Rodrigues cita é o artigo do historiador marxista E. P. Thompson na altura do REFERENDO à permanência na CEE, em 1975.

Não fala que o artigo saiu aquando da adesão mas sim do referendo, que foi, para infelicidade de AV, de facto em 1975

A insinuação de AV sobre a eventual "distracção" ou manipulação de datas de JR é abjecta.

Nem com três leituras o AV conseguiu ver que JR se referia a outra coisa que não a que posteriormente AV refere? E que quem tem razão na precisão dos factos é JR e não aquele que do alto da sua prosápia afinal se comporta como um traste?

É feio. Tem isto um nome ou vários nomes.

Aguardemos que o AV peça desculpas e admita que as três leituras não lhe bastam

Anónimo disse...

Fala AV na"tradição" feita por um sujeito. A tradição nunca é feita por um sujeito. Thompson estava de facto muito bem acompanhado, bastando AV ir consultar as fontes para aquilatar da treta da pretensa solidão daquele. A ala esquerda do partido trabalhista estava contra a permanência na CEE

Caem assim aqueles pequenos mimos de AV a respeito de Thompson chamando-o de "iluminado" ou "profeta" A árvore indicada por AV afinal não o é e a floresta nem sequer é vista por AV

(Não adianta colocar entre aspas o termo "historiador marxista".
Vejamos o que diz a vulgar wikipedia. E utilizamos esta "fonte" de propósito. Já lá iremos.

"Edward Palmer Thompson foi um historiador britânico da concepção teórica marxista e é considerado por muitos como o maior historiador inglês do século XX."

O que faz proceder AV assim?)

Anónimo disse...

Mas AV não está satisfeito.

Ei-lo a acusar JR pelo simples facto de não aparecer no texto a expressão "movimentos trabalhistas".

E depois parte para uma diatribe sobre o UM. E depois parte para a patetice de querer fazer a tradução de acordo com as suas concepções de "não arrogância" e do dicionário de referência do dito

Nada disto teria grande importância se este palavreado de AV não fosse acompanhado de mimos com este nível:
"técnica estalinista bastante conhecida de "apagar", não só o que não lhe agrada na fotografia; "tradução grosseira" , "traduções-versões".

O exagero ofensivo deste tipo de comentários,sobretudo o do "apagamento" voluntário assim relatado, faz-nos ver que estamos provavelmente perante "a silly person".

Se AV quiser traduzir usando o seu dicionário esteja à vontade

Eu por mim opto pela tradução mais directa e acertiva de JR

Anónimo disse...

Li só agora a adenda de JR. E peço desculpa porque li de novo agora o texto já corrigido e não vi a adenda.

Mas se tal apaga a acusação a AV sobre o seu comportamento de "traste" nesta questão concreta de 1973/1975, não o iliba do que disse no seu comentário como um todo.

Anónimo disse...

Há algo de estranho nas tomadas de posição de AV quando estranha a tomada de posição da maioria dos que se reclamam de Esquerda.

Não gosta do abstracto palavrão de "eurocépticos". Já não gostara dos idiotas dos "sillies". Parece que tal termo serve para "manobrar e engonhar", dirá naquele jeito petulante e definitivo

Um temperamental este AV. O termo eurocéptico é um termo ajustado tal como o de europeísta. Há variadas gradações nos eurocépticos tal como os há nos europeístas. A acusação de que se tenta aproveitar a ausência de um preciso significado do mesmo poderia ser utilizada em relação aos europeístas

Mas pode-se encontrar algo quando se procura definir eurocéptico

Mais uma vez a partir da wikipedia :
O euroceticismo (AO 1945: eurocepticismo) é uma doutrina política que assenta na desconfiança, ou na descrença acerca da União Europeia. Para os eurocépticos, o modelo económico-social europeu prenuncia, ou encaminha-se, para uma federalização dos Estados-membros da União, sendo necessário defender a soberania nacional e a independência decisória das instituições próprias das Nações europeias.

Pelo que o AV vá tentar manobrar a "coisa" e assim engonhar o que pretende engonhar.

"O discurso eurocéptico tem crescido, isso sim, pela esquerda, com base na revalorização da tradição soberanista democrática e popular, de matriz socialista, crítica de uma integração capitalista europeia, cada vez mais claramente austeritária e neoliberal na medida em que se aprofunda o esvaziamento dos poderes dos Estados, em especial periféricos"

Difícil ser mais claro

Anónimo disse...

Nada de novo. Alguns (não poucos) dos comentários juntam-se a Rui Tavares no vasto coro da tradicional sina portuguesa: lamber o traseiro aos que estão em cima (neste caso, à maestrina Merkel e ao aparato neoliberal europeu que faz os bolsos das lusas "elites" e dos seus rafeiros de serviço engordarem); olhar com olímpica sobranceria e lançar a ocasional cuspidela aos que estão (ou que se julga estarem) em baixo (Angola, Brasil, Venezuela, Líbia, Síria, Federação Russa e todos aqueles países a quem o neoliberalismo rapace e os seus conglomerados mediático-mercenários apontarem como inimigo a quem há que ferrar os dentes no coiro). Pelos vistos, não há como ter o estômago repleto de nada e as mãos cheias de coisa nenhuma para nos acharmos no direito de protestarmos a nossa inalienável pertença ao clube europeu do "Herrenvolk".

Anónimo disse...

Será o facto do eurocepticismo estar a aumentar que perturba AV?

Será que AV gosta dos chapéus de chuva da integração capitalista europeia e estamos perante o caso dum adepto furioso de Passos e Cavaco outros casos de furiosos adeptos daquela?

Será que AV não gosta que outros antes tenham alertado para as consequências da adesão? Faz-lhe espécie? Abana-lhe o sistema nervoso que alguém tenha tido a veleidade de colocar em causa os princípios sagrados do neoliberalismo predatório e que o futuro lhes esteja a dar razão, pelo menos mais razão do que alguns sillies europeístas alguma vez pensaram?

Será que gosta mais do habitual estilo "Eu não quero saber se fomos avisados" numa manifesta sobranceria intelectualmente desonesta? Ou prefere afirmações do tipo "o processo neoliberal sob a bandeira da UE não se discute",mesmo que os avisos do passado tenham confirmado que se deveria mesmo ter discutido?

Esta jactância de AV é directamente proporcional à sua incapacidade de reconhecer a validade (se não na sua totalidade, pelo menos em parte) dos argumentos dos que são eurocéticos?

Não gosta que lhe digam "eu bem que avisei". Qualifica "alertas proféticos" num jeito desajeitado de diminuir quem não lhe segue os seus mandamentos?

Galileu Galilei terá dito entre-dentes a expressão "Eppur si muove" depois de negar a visão heliocêntrica do mundo perante o tribunal da Inquisição.

A Igreja e um sem mundo de ignorantes durante centenas de anos desdenharam dos dados de Galileu.

Se ainda hoje há sillies que tentam desqualificar Galileu atribuindo-lhe "alertas proféticos" como o faz aqui AV é um dado que francamente desconheço

Anónimo disse...

Mas AV continua no seu "rigor científico".

Não gosta que se citem situações actuais.(Falará na austeridade? Ou em qualquer outra coisa?) E não gosta que se cite porquê? Porque aconteceram já antes.
Mas isso invalida análises ou argumentos? Isso invalida avaliar dados não só qualitativos como também quantitativos?

Mas gosta que se diga que o que aconteceu agora também teria acontecido se não se estivesse na UE.

O rigor científico deste tipo é uma treta. Ainda para mais quando se coteja com o seu "rigor" ao classificar a omissão da expressáo " movimentos trabalhistas" como técnica estalinista". Ou na idiotice barroca como se pronunciou sobre a tradução de sillies.

Anónimo disse...

AV também não gosta de "teorias".

Compara os teóricos com os meteorologistas. Para além da sua opinião qualificada sobre os meteorologistas, a mostrar mais uma vez o seu "rigor científico" ( e o seu "humor" de pano encharcado), não gosta que se analise o que se passa hoje.

Desaparece assim o pano encharcado do seu humor, para aparecer o pano seco com que tenta limpar a trampa a que assistimos hoje. Prescinde da reflexão, das reflexões a que devemos proceder?

E porque AV não gosta de quem se debruce sobre o presente?

Porque quem assim procede apenas adianta previsões para o futuro. E estas previsões estão "quase sempre" erradas já que quem acredita nos teóricos ou seja nos meteorologistas...

Ah, ainda não repararam que quem sabe o futuro são mesmo os "teóricos" da moda do AV?

Diz-nos hoje a estatística que os tipos que nunca acreditam nos meteorologistas acabam sempre por ficar em muito piores condições do que quem assim não procede.

(Lá se foi a pilhéria meteorologista do AV.)

Jose disse...

O das 19:54 parece querer dizer - sem que lhe chegue a fala - que é da esquerda ressuscitada, aquela coisa invariável que invariavelmente vai dar ao mesmo.

Anónimo disse...

AV não está apesar de tudo contente.

E vai daí resolve "investir" sobre JR

O que JR defende para Portugal inquire como um verdadeiro inquisidor ao tempo do já citado Galileu

É ler a abundante escrita de JR sobre o assunto.

Porque aí está completamente explanado o que JR defende para o país como também o que JR não quer para o país. Embora esta questão esteja patente neste post.

Não quer "uma integração capitalista europeia, cada vez mais claramente austeritária e neoliberal na medida em que se aprofunda o esvaziamento dos poderes dos Estados, em especial periféricos".

Recusa "as tendências pós-democráticas evidentes" deste processo comunitário e do euro e recusa "as regras que promove" e que "se destinam a transferir recursos de dentro para fora e de baixo para cima". Denuncia ao mesmo tempo que as crises recorrentes que lhes são endógenas alimentam o populismo das direitas

E recupera a portentosa frase de Thompson,aquela frase que tantos engulhos deu a AV do ponto de vista do acessório mas que este foi incapaz de a contestar no que ao seu conteúdo dizia respeito. Frase que se revelou "profética" o que obrigou AV a ir apanhar bonés e a fazer exercícios circenses com o seu "eu bem disse que"

“Estes arranjos convenientes para o capitalismo não podem ser confundidos com o internacionalismo, político ou cultural. Limitar-se-ão a aumentar a distância dos processos de decisão e a mistificar o que sobrar do processo democrático (...) Alguns idiotas nos movimentos trabalhistas acham que o Mercado facilitará as políticas socialistas e sindicais. Fará o oposto. A burguesia ganhará de uma só vez vinte anos de distância”

Percebe-se que AV não goste de quem tenha razão, quando a razão, confirmada pelos factos, desmente os seus postulados de adepto europeísta.

E percebe-se que AV não goste de quem saiba pensar e de quem exponha as questões com inteligência e rigor. Sem os chavões de "ou nós ou o caos" próprios de todos os aldrabões de feira, de que foram exemplos Passos, Portas e Cavaco.

Agora é tirar as devidas conclusões. E pesar os prós e os contras, não obedecendo aos "teóricos" dos TINAS de todas as matilhas.

Anónimo disse...

Já herr jose parece querer dizer - sem que lhe chegue a fala, apenas o braço- - que é daquela direita que do "Angola é nossa" passou para o "Nós somos a Alemanha"

Anónimo disse...

Ficámos a saber dos amuos que António Vaz tem com a meteorologia.
Esta malta não gosta geralmente do conhecimento científico. Prefere adivinhar as coisas pelas folhas de chá no fundo da chávena.

Se vivesse há uns séculos era adepto da Inquisição? E andaria sempre com o Index na versão de Torquemada?

Anónimo disse...

Com o devido respeito o João Pimentel andou por aqui há meses a dizer exactamente o mesmo. A mesma verborreia europeísta, as mesmas poses de anti-comunista primário, a mesma pregação sobre Kant

Duas notas apenas:

- João Pimentel Ferreira aparece ora como tal ora como Aonio. Guarda os comentários mais pesporrentos para Aonio. Um trabalha na Alemanha. O outro trabalha na Holanda. Depende do discurso que quer impingir. Já jurou que eram dois diferentes. Um dia descaiu-se e enganou-se no nick. Um tipo muito honesto

- João Pimentel Ferreira já disse exactamente o mesmo.Mas centrou a sua prosa na "Europa". A Europa e a paz e a paz perpétua e outras tretas que debita sobre o coitado do Kant. Era então europeísta convicto.

Desmascarada a tal estória da treta da paz europeia, até com o exemplo da Jugoslávia, o que faz agora João Aonio Pimentel?

Converte-se em federalista, risca a Jugoslávia da equação e fala apenas na UE.

Um verdadeiro treteiro. Pode-se confirmar tudo por exemplo aqui:

http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/03/dizer-o-indizivel.html

Anónimo disse...

Por isso e com o pedido de desculpa desde logo a quem se possa sentir ofendido, ler o Aonio /Ferreira a criticar quem lhe critica as forças supra-nacionais ( essa deve ser da permanência na Alemanha) é como ouvir um fundamentalista do Estado Islâmico a proibir que digam mal dos seus aliados sauditas ou americanos

Anónimo disse...

Não contente com isto o Pimentel / Aonio faz o seu circo sobre o Alentejo e sobre o PC. O estarmos em campanha eleitoral deve-lhe atiçar a baba e a sanha?

Diz Ferreira que conhece muito bem o caso da distribuição dos fundos comunitários pois um dos seus melhores amigos patati patata. A mesma treta de sempre. Dar peso ao argumento citando um conhecido,prima ou coscuvilheira sem que tal prove o que quer que seja

Os amigos do Pimentel sabemos nós quem são. Um era o Aonio Eliphis e verificou-se mais tarde que era o próprio Pimentel

Anónimo disse...

Mas a sebentice do Ferreira vai mais longe. Aproxima-se mesmo da canalhice pura e dura.

Dirá que se não fosse a UE, os alentejanos nem sequer tinham saneamento básico nem água potável.Crismará como "miseráveis e ma-agradecidos"!"os que não reconhecem as virtudes da UE uberalles.

Tal como os esclavagistas chicoteavam os escravos por estes não lhes reconhecerem que afinal eram eles, os seus donos,que os sustentavam e albergavam?
Ou os colonialistas que diziam o que diziam?

Este tipo tem alma de capataz a pregar a submissão abjecta a quem dá mais.


Mário Reis disse...

Enquanto o crime organizado e a lavagem dos seus ganhos ilícitos tomam conta da economia e das estruturas de poder nacionais e supra-nacionais, esquece-se a história que fez cair o nosso mundo em 2008, “programa que segue dentro de momentos”- é só aguardar que rebente mais uma bolha e um cataclismo económico...
Onde está o pensamento sobre a evolução deste sistema capitalista selvagem: corrupção, canibalismo bancário, políticas e leis que protegem o peixe graúdo? A “junk economics” ciência económica neoliberal penetrou acriticamente em muitos setores em favor e proteção de especuladores, magnatas corporativos que sacam (dentro da lei) a riqueza global.
E ainda assim, quando alguém como o João R, alenta para a necessidade do pensamento e da substituição destas tralhas que arrasam o nosso futuro, há quem passe ao lado da desgraça e frustração e se recuse a falar do que interessa à vida social da Humanidade.
Como bem reflete o João, a realidade e uma existência crescentemente consciente da evolução histórica e das estruturas de poder que regem os interesses comuns de especuladores e impostores é que deviam gerar o pensamento e opções dos povos e não o contrário.
Precisa-se quem pense "out off the TINA".

Anónimo disse...

E Herr José - chegando-lhe ou não aquilo que nele por fala passa - ergue o bracito naquele seu tique incontinente, enfia os calçonitos da Mocidade Portuguesa e lança mais uma portentosa bojarda que se esfuma no seu imenso e incontornável vazio.
Calma, Herr José, nós - os da "esquerda ressuscitada" - já topámos à milha de que direita é Vossa Excelência: é da direita que continuamente se perfuma para disfarçar o seu insuportável fedor a bicho morto, direita essa que teima em manter-se à tona fazendo da exploração e da destruição dos outros a sua jangada de salvação.

PS- Volte a ler o que anteriormente escrevi (às 19:54) tantas vezes quantas as necessárias para o entender, está bem? E não se esqueça de agradecer aos "filósofos de esquerda" que tão diligentemente criaram o caldo cultural de absoluto relativismo nihilista em que Vossa Excelência tão gostosamente chafurda e tão proveitosamente prospera, certo?

João Pimentel Ferreira disse...

Caro Mário, e na URSS não havia "corrupção, políticas e leis que protegem o peixe graúdo"? O que é que a UE tem a ver com isso? Portugal, até à entrada da UE em 1986, também não padecia das mesmas patologias? O capitalismo começou em 1986? A corrupção? As desigualdades? Não consegue ser analítico e objetivo nos dados estatísticos? Vede por exemplo, os níveis de literacia, saneamento básico, infraestruturas públicas como estradas, ou hospitais desde 1986?

João Pimentel Ferreira disse...

Sim, caro Anónimo, um dos meus melhores amigos trabalha na distribuição de fundos comunitários (é funcionário público), e como o Alentejo é das zonas mais pobres da UE, é das zonas que recebe mais apoios dos diversos programas europeus (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional). E as câmaras do PCP são das câmaras do país que mais beneficiam com esses fundos! Ironias!

João Pimentel Ferreira disse...

"O desemprego alentejano deve-se às malfeitorias do omnipresente PCP e não à liquidação da reforma agrária"

A zona mais rica do país, em tempos de PIB per capita, e onde os salários são mais altos, é a área metropolitana de Lisboa (AML). Baseia a AML a sua riqueza na agricultura? Estes comentários primários de gente que nada percebe de economia ou inovação, demonstram o rumo funesto e medonho que idealizam para Portugal. Obviamente que a agricultura é extremamente importante para qualquer país, mas reduzir a pobreza do Alentejo à uma determinada "reforma agrária", revela que os homúnculos sem-nome de serviço percebem tanto de sociologia, tecnologia, geografia ou economia, quanto a minha sogra percebe de equações às derivadas parciais.

O Alentejo é pobre, com desemprego e salários baixos (assim como a Andaluzia por exemplo, a região mais pobre de Espanha), e altamente dependente de fundos públicos quer nacionais quer comunitários, porque não tem empresas (ou as quem tem são quase todas da esfera pública). Vou-lhe fazer uma confidência, mas fica entre nós, nas economias de mercado, são as empresas que criam emprego (aliás, o étimo linguístico é o mesmo). Silicon Valley também é deserto, árido, quente e sem recursos naturais, mas por lá, está sediada a Google. Quer comparar salários e benefícios sociais?

João Pimentel Ferreira disse...

Ou seja, de acordo com um certo facínora sem-nome que aqui comenta, providenciar saneamento básico e água potável às populações do interior "é uma esmola para andar a lamber o traseiro a Merkel".

António Vaz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
António Vaz disse...

Caro “Anónimo” (A),
Não fazendo a mínima ideia se se trata da mesma pessoa que às 23:41 de ontem, às 0:15, 0:52, 0:58, 1:24, 2:00, 2:19, 2:38, 3:17 e (ufa!) às 11:54 de hoje postou/aram comentários dirigidos a mim mas acreditando, pelo estilo caceteiro aos mesmos, que se trata da mesma pessoa passo a responder-lhe como se fosse apenas um A.
A, se há um comentário que o caracteriza na perfeição é o das 0:58, no qual é obrigado a revelar – estou mesmo a “vê-lo” com um sorrisinho amarelo de puto que é apanhado pelo dono da mercearia a roubar uns rebuçados – que afinal o meu «comportamento de "traste"» foi apenas uma precipitação sua… o que não me «iliba do que disse no seu comentário como um todo»! Hmmm, quer dizer que continuo a ser um traste, é isso? Bom, pelos vistos era um traste porque apontei erros em FACTOS GRAVES que sustentavam a argumentação do seu amigo JR, o que ele teve o cuidado de (mais ou menos) reconhecer (uma vez mais: mais ou menos) que sim, e passei agora sê-lo, porque sim, por causa do meu «comentário como um todo», e “prontos”!!!
Mas afinal qual é o meu “crime”? Uso o vocábulo crime porque pelos vistos sou aqui “acusado” e “ilibado” por V. Exa., o procurador do JR, o A!
Sou um «temperamental»! Diz o A: «Não gosta do abstracto palavrão de "eurocépticos". Já não gostara dos idiotas dos "sillies". Parece que tal termo serve para "manobrar e engonhar", dirá naquele jeito petulante e definitivo»
É, assim como tem o “direito” de me ACHAR com um «jeito petulante e definitivo» mesmo sem me conhecer de lado algum, também tem o de ACHAR que eu, por ter escrito que "eurocépticos" era um palavrão abstracto, não gosto do dito palavrão – são apenas “achismos” seus que pouco adiantam para uma troca de ideias inteligente, ou se V. preferir, «petulante e definitiva». Chame-lhe o que ACHAR melhor!
Depois para me esclarecer do que significa o “abstracto palavrão” porque definitivamente, esse é o grande problema, cita a entrada na Wikipédia (uma fonte que, convém desde já esclarecer, o A acha «vulgar»!): «(…) uma doutrina política que assenta na desconfiança, ou na descrença acerca da União Europeia». Bom, eu como sou «petulante e definitivo» fui antes à Wikipedia (não A, a Wikipedia não é a Wikipédia mas isso é apenas uma das suas muitas confusões!): «means criticism of the European Union (EU). Some observers, however, prefer to understand opposition to and total rejection of the EU (anti-EU-ism) as 'Euroscepticism'». Mais em baixo, cita um excerto do (supostamente não-vulgar) artigo do JR: «(…) revalorização da tradição soberanista democrática e popular, de matriz socialista, crítica de uma integração capitalista europeia, cada vez mais claramente austeritária e neoliberal na medida em que se aprofunda o esvaziamento dos poderes dos Estados, em especial periféricos» - e eu fico cá a pensar para com as «jactâncias» dos meus botões que, se alguma destas definições não é abstracta então definitivamente, a culpa é minha: eu, de facto, não consigo distinguir o que é abstracto do que é preciso… uma usa um “ou” pelo meio, a outra diz que “Some observers, however, prefer”, e por fim, a 3.a – a mais precisa delas todas! – usa os habituais chavões dogmáticos que não resolvem de modo algum as minhas questões: afinal o que é que o A (ou o JR) defende? «A saída da União Europeia? Apenas a saída da Eurozona? Outra alternativa?» As questões são simples e quando assim é, não é preciso toda essa lengalenga trauliteira com que enche os seus comentários. Guarde isso para os seus amigos da tasca.
(continua)

António Vaz disse...

(continuação)
Eu tive o cuidado de, logo que me foi possível, escrever que «o RT não é um político que colhe a minha empatia»; tive também o cuidado de excluir os Sociais-Democratas daquilo a que considero como Esquerda («não falo dos Sociais-Democratas que esses - no meu entendimento! - há muito deixaram de ser de Esquerda!») mas, pelos vistos, o A quer ficar sozinho na Esquerda com o JR e quem sou eu para o contrariar?!?
Quanto aos seus restantes comentários: as suas criancices “ilibam-me” de não lhe responder à letra… não vou estar agora aqui a perder tempo com idiotices que não têm pés nem cabeça.
Descubra os fantasmas que quiser e alimente-se deles como quiser porque, o que me era essencial no meu anterior comentário pelos vistos, caro A, V. é muito limitado para responder a ele… espero que um destes dias o JR escreva um artigo aqui, que possa clarificar-me sobre as questões que lhe pus:
«o que V. defende para Portugal? A saída da União Europeia? Apenas a saída da Eurozona? Outra alternativa?»
O resto, como se costuma dizer, é palha!

António Vaz disse...

Caro João Rodrigues, lamento que tenha lido o meu PS1 como um “alerta” («António Vaz alerta-me para»): não o era de qualquer modo! Era sim apenas a denúncia de uma falácia… e apenas o digo porque apesar de ter sido bem claro no que escrevi, vejo que “volta à carga” com mais do mesmo: «Corrigido. Aproveito para sublinhar que E. P. Thompson estava mesmo bem acompanhado, já que, por exemplo, a maioria do Partido Trabalhista (2 para 1) foi a favor da saída da CEE numa conferência realizada sobre o assunto antes do referendo nacional, embora o Primeiro-Ministro trabalhista» ETC, ETC
O meu “alerta” referia-se a 1) ao momento da adesão (1973) e não ao de quando o EP Thompson (EPT) escreveu o tal artigo (1975) – há quase 2 anos de diferença entre os 2 momentos, o que para conclusões sobre “tradições” ideológicas podem, ou não, implicar muita coisa; 2) evocar «Uma tradição socialista (...) na Grã-Bretanha» a partir de um artigo de EPT continua a ser, do meu ponto de vista, querer confundir a árvore com a floresta – pode até coincidir com uma análise correcta… quem sabe?!? Mas nunca será pela sua simples palavra de honra que isso acontecerá; e 3) eu nunca pus em questão que o EPT pudesse uma ou outra vez, ser acintoso (o que não creio significar insultuoso como julgo descobrir na sua justificação!) – o que eu tentei pôr em questão é que ele, no contexto desse seu artigo (que na ligação que disponibilizei, o responsável por ela, até o classifica como «genuinely funny!»), se deva utilizar a expressão idiotas e não tolos – mas claro, por mim, a “coisa” fica definitivamente resolvida a partir do momento em que V. assumiu que foi apenas uma opção sua (o EPT que dê voltas no queixão se sentir incomodado…); 4) as suas novas “explicações” («Aproveito para sublinhar que E. P. Thompson estava mesmo bem acompanhado, já que, por exemplo, a maioria do Partido Trabalhista (2 para 1) foi a favor da saída da CEE numa conferência realizada sobre o assunto antes do referendo nacional») apenas me levam a julgar que V., uma vez mais, recorre a argumentos em que, em linguagem popular, diria que mistura alhos com bugalhos… a proporção de 2:1 dentro do Partido Trabalhista de 1975, a favor da, de facto, não-entrada do RU na CEE, como argumento para sustentar a existência de «Uma tradição socialista (...) na Grã-Bretanha» continua apenas a ser uma teimosia na sua “grande falácia”. Esclareçamos para já que a) EP Thompson nunca nada teve a ver com o Partido Trabalhista – antes pelo contrário: ele sempre esteve e foi contra o Partido Trabalhista. O seu livro Writing By Candlelight é um perfeito resumo das suas posições e ideias quanto ao dito partido/governos do mesmo; b) o Partido Trabalhista, mesmo neste período, dificilmente se poderia enquadrar numa posição ideológica de Esquerda – sim, havia franjas de Esquerda, nomeadamente e essencialmente compostas de uma nova corrente de trotskistas que advogavam a “invasão” dos partidos sociais-democratas como uma forma de ganhar influência dentro do próprio sistema, e uma vaga suposição, essencialmente a partir da Direita, de que os movimentos sindicalistas eram um antro de “comunas” mas na sua essência, a maioria dos trabalhistas eram apenas sociais-democratas e alguns “tradicionalistas” representantes dos movimentos operários e sindicalistas que só eram de Esquerda desde que os “escurinhos” (para recorrer a linguagem sindicalista nacional) da Jamaica ou do Paquistão não aparecessem para lhes roubar o emprego. Na maioria dos trabalhistas que deu a vitória de 2:1 ao não à CEE, havia de tudo… mas muito de pouco de «Uma tradição socialista» e, essencialmente, revelavam-se apenas como adeptos da velha ideologia do Império Britânico, de que eles era uma excepção: mesmo que próximos da Europa, diziam que eram uma espécie de novo continente!

Jose disse...

A esquerda isto, a esquerda aquilo, a social-democracia não é esquerda, mas faz parte da esquerda unida...

Proponho que os autores do LdB apresentem uma qualquer definição que se saiba do que se trata.

A esquerda ressuscitada parece ser a mais clara: não à propriedade privada dos meios de produção. A partir daí o que mais é esquerda?

Anónimo disse...

Para começo de conversa, o Sr. João Pimentel Ferreira far-me-á o favor de ir chamar "facínora" ao indivíduo a quem erradamente toma por seu progenitor, certo? Um triste que tem o desplante de juntar dois comentários distintos para deles retirar a suposta brilhante leitura que lhe convém e põe entre aspas supostas citações daquilo que os outros nunca disseram é um nada ético e intelectual. O nosso omnipresente Herr José é o que é; João Pimentel Ferreira é um pretensioso indigente intelectual em corpo de amiba contorcionista. Penso, se a memória me não falha, que há uns tempos atrás já lhe disse o que o Sr. era pedindo de empréstimo uns versos de José Mário Branco. Quer voltar a lê-los ou, desta vez e para mais fácil digestão dos seus dois remanescentes neurónios, a coisa vai em versão BD?

Anónimo disse...

Melhor seria, caríssimo Herr José, que soubesse primeiramente o senhor alguma coisita sobre aquilo de que fala...

PS- Já entendeu aquilo que eu anteriormente escrevi? Ainda não? Há que ler, estimadíssimo Herr José, há que ler...

Anónimo disse...

Que João Pimentel Ferreira tem gravíssimas lacunas de formação científica, cultural e pessoal, já nós sabíamos pelas suas pretéritas intervenções aqui no LdB: uma pose toda ela arrogantemente tecnocrática solidamente escorada, como não podia deixar de ser, na pós-moderna pseudociência do "tudologismo" trafulha onde podemos encontrar pérolas do atávico comadrismo de esquina luso (a informação confidencial soprada pelo amiguinho que está... "por dentro das coisas", amiguinho esse que vem coberto com a coriácea aura de credibilidade de ser "funcionário público"...) e da profundidade analítica de sábias analogias entre o Alentejo profundo e... Silicone Valley. Já aquilo que umbilicalmente une Alentejo e Andaluzia - o latifúndio na mão de reacionárias e exploradoras elites agrárias bem acomodadas, durante décadas, sob a asa amiga da proteção ditatorial da GNR e da Guardia Civil e, já em democracia, solidamente protegidas com a rede de proteção da sacro-santidade da propriedade privada - é um colossal pormenor que passa fora do campo do radar da sua perspicaz e mui profunda inteligência analítica... Enfim... Certamente o acabado produto de uma certa "educação" com que se anda a fazer experiências neste país há 40 anos. Uma tristeza.

Anónimo disse...

AV ( António Vaz) não gosta de provar da sua própria safra.

E depois dá pelo toque e assume o papel de virgem impoluta

Pois é, sei que é difícil. Mas o tom caceteiro de AV não passa. A começar por esta sua expressão que define um estilo e caracteriza um caceteiro.

Cita-se ipsis verbis a verborreia idiota e malcriada de AV:
"utiliza uma técnica estalinista bastante conhecida de "apagar", não só o que não lhe agrada na fotografia"

Pois é AV, temos pena.Mas não passou. Nem passa. E que é aqui recordada como contraponto às suas acusações de.

Anónimo disse...

Pimentel seja objectivo. O seu "amigo" é o Aonio Elipis?

Anónimo disse...

AV dixit:

"estou mesmo a “vê-lo” com um sorrisinho amarelo de puto que é apanhado pelo dono da mercearia a roubar uns rebuçados"

Está a ver-me? Mas está a ver-me como? No fundo da sua chávena de chá?
Um processo de confabulação idiota para quê?

E ainda para mais AV agora arroga-se ao papel de dono de mercearia?

AV merece que se lhe diga que o estamos mesmo a ver encharcado até aos ossos, depois de não ter mais uma vez seguido as indicações da meteorologia. Ou feito dono de mercearia , de ventre inchado a guardar os rebuçados que lhe deram cabo da primeira dentição.

Anónimo disse...

Li o artigo de JR e gostei. Bastante. Claro e incisivo. Tanto que desperta as ganas de alguns. Um até resolve tentar encontrar falácias pelos motivos "graves" que aponta. ( já lá iremos)

(Tão "graves" que até tem o desplante de "berrar" palavras como que a salientar as suas ideias para ver se estas passam se ditas daquela forma de malcriado pedante.)

Li mais tarde o comentário acintoso dum tal António Vaz ( o AV). Verifiquei a frase citada de Thompson e vi as datas. Não reparara na adenda entretanto colocada.

A discrepância era óbvia e disse o que me pareceu ser justo dizer. Pedi desculpa mais tarde.

O que vem depois dizer AV?
"que afinal o meu «comportamento de "traste"» foi apenas uma precipitação sua… o que não me «iliba do que disse no seu comentário como um todo»!"

Para um tipo com a mania da precisão ( já vimos que encenados, mas já desenvolveremos) talvez seja bom repor a verdade dos factos.

O que é apagado é a acusação a AV sobre o seu comportamento de traste. Não se diz que o "comportamento de "traste" foi uma precipitação minha.

Percebe o AV a diferença ou quer um dicionário para o elucidar?


Anónimo disse...

Mas AV continua naquele seu jeito manso de deturpar as coisas.

O que se disse:
"Mas se tal apaga a acusação a AV sobre o seu comportamento de "traste" nesta questão concreta de 1973/1975, não o iliba do que disse no seu comentário como um todo."

O que diz a partir daqui AV
"… o que não me «iliba do que disse no seu comentário como um todo»! Hmmm, quer dizer que continuo a ser um traste, é isso?"

Não, não é isso

Falando francamente. Será que AV percebe português ou apenas faz estas figuras de pretenso estilo a ver se o discurso passa

A acusação sobre o comportamento de traste na questão concreta foi apagada. Tal não o iliba ( a ele, AV) do que disse no seu comentário como um todo. Ou seja , a acusação ( que se reconheceu a posteriori como errada) sobre o seu comportamento de traste era dirigida inequivocamente à referida questão 1973/1975. Por 2 ( duas) vezes tal é salientado nos comentários. Basta ler

De como AV tira a conclusão que continua a ser um traste por não lhe darem o Ámen ao arrazoado que debita é um mistério. Será que está apenas a tentar fazer o papel de coitadinho e a concitar a compaixão por quem o lê?

Pode de facto também ser isto. Mas imediatamente a seguir percebemos qual o método de AV.

Cita-se:
"Bom, pelos vistos era um traste porque apontei erros em FACTOS GRAVES que sustentavam a argumentação do seu amigo JR, o que ele teve o cuidado de (mais ou menos) reconhecer (uma vez mais: mais ou menos) que sim, e passei agora sê-lo, porque sim, por causa do meu «comentário como um todo», e “prontos”!!!"

Eis de como, colocando na boca de outrém o que de facto se não se disse, se parte a galope para um chorrilho de afirmações gratuitas e demagógicas.

AV não é um traste por ter dito o que disse no seu comentário inicial. Pelo que nãp vale a pena tentar invocar o traste agora por ter apontado erros em factos graves ( passemos a semi-histeria das letras maiúsculas).
Primeiro porque não mais se utilizou tal palavra. Depois está por provar que haja erros em factos graves que sustentem a argumentação de JR-

Ou seja, partir duma afirmação falsa para tentar fazer passar a tese de AV como se ambas fossem verdadeiras é no mínimo desonesto.

Mas o "processo" continua:
" que ele ( JR) teve o cuidado de (mais ou menos) reconhecer (uma vez mais: mais ou menos) que sim"

Mais uma vez aldraba. JR não teve o cuidado ( nem mais ou menos) em reconhecer erros em factos graves ( mais uma vez passemos de lado as letras maiúsculas e malcriadas). Tal de resto é objecto dum comentário posterior dirigido ao próprio JR

E continua o "processo". AV dixit:
" passei agora sê-lo ( traste), porque sim, por causa do meu «comentário como um todo», e “prontos”!!!"

Isto é o quê»? Um choradinho idiota para ver se o discurso de AV cola? Acompanhado ( para além dos berros) de muitos pontos de exclamação para mostrar o "escândalo"? E dum "prontos" manhoso a mostrar a falta de classe dum pateta enfatuado?

Com todo o respeito por quem nos lê, este AV é um aldrabão

Anónimo disse...

O "circo" continua.

Diz AV num tom que oscila entre o melodramático de advogado de meia-tigela e o comiserativo dum demagogo a pedir votos:
"Mas afinal qual é o meu “crime”? Uso o vocábulo crime porque pelos vistos sou aqui “acusado” e “ilibado” por V. Exa., o procurador do JR, o A!"

Qual crime qual carapuça. AV não consegue suportar o contraditório?

AV não consegue enxergar que o que diz é apenas a sua versão dos factos em discussão e que tal, não constituindo qualquer crime, não o iliba de ver contestada tal versão?

AV que acusa JR de erros por factos graves ( dispensa-se a histeria das letras maiúsculas) não suporta ver colocado em causa o seu comentário? E tendo acusado antes, faz agora estas fitas sobre "acusadores"?

AV não consegue ver o tom insultuoso que empregou e agora vem fazer o papel de virgem ofendida?

AV não viu que foi demasiado longe com a acusação de "estalinista"?


Mas o "processo" continua. Mais uma vez AV dirigindo-se a A:
"seu amigo JR"; "o procurador do JR"

Mais uma vez para que é isto? Para sugerir que há conluio? Para se insinuar que se defendem "amigos" em vez de opiniões? Para concluir que JR precisa de "procurador"?

Não conheço JR. Dele sei apenas o que escreve e isso basta-me. E JR não precisa de qualquer "procurador"

A falta de nível por vezes surgem de tipos assim, feitos AV.

Anónimo disse...

Mas AV continua:

E continua citando-me:
«Não gosta do abstracto palavrão de "eurocépticos". Já não gostara dos idiotas dos "sillies". Parece que tal termo serve para "manobrar e engonhar", dirá naquele jeito petulante e definitivo»

Pois é, AV tenho todo o direito não só de achar - mais uma vez se passa ao lado do berro -(típico da tasca frequentada por AV?) como AV de achar o que quiser.

O que é um facto é que AV não gosta do abstracto palavrão de "eurocépticos" Como já não gostara dos idiotas dos sillies. Parece que tal termo serve para manobrar e engonhar" de acordo com a opinião de AV

Mas se percebo que AV não goste que o considere "com um jeito petulante e definitivo" já não percebo que venha ruminar pelo facto de não o conhecer de lado nenhum

Ó AV. Mas eu também não conheço JR de lado nenhum e vossemecê tirou as conclusões que tirou. Eu ao menos tirei-as do que escreveu e do modo como as escreveu.

Achismos dirá .
Pois.

E?

Anónimo disse...

E passamos para o surreal

-Fala AV em troca inteligente de ideias. Ter-se-á lembrado de tal quando andou com Estaline na boca e a chuva nos costados?
Isso chama-se hipocrisia

-A partir de duas minhas observações que repito: "Vejamos o que diz a vulgar wikipedia " e "Mais uma vez a partir da wikipedia"
a conclusão de AV é definitivamente surreal. Mais uma vez nas palavras de AV:

"Cita ( A) a entrada da Wikipedia (uma fonte que convém já esclarecer, o A acha "vulgar"!

Um dicionário para esta espécie de coisa que anda com o dicionário no bolso mas quando lhe abrem a paleta linguística, oferece este triste espectáculo.

Vejamos. Por que carga de água AV acha que conferi uma carga pejorativa à palavra "vulgar"?Como se sabe o termo tem vários significados. O termo vulgar pode ter de facto um sentido pejorativo. Mas pode significar tão somente "comum".

"vulgar wikipedia" , ou seja na comum, trivial, frequente wikipedia ( ainda para mais devia ter tido em atenção a posição do "adjectivo" na frase mas adiante)

Um tipo que passa o tempo a apresentar definições,opta agora por investir num significado preciso. O dele. Faz a sua "classificação" e até atribui mais um ponto de exclamação

Estamos no reino da farsa?


Anónimo disse...

Continua AV:

"fui antes à Wikipedia (não A, a Wikipedia não é a Wikipédia mas isso é apenas uma das suas muitas confusões!)"

Mas o que é isto?

Um exercício petulante e inútil? Petulante porque o é. Inútil porque a razão porque o faz é apenas poeira e nada. Uma espécie de derivação para se afastar do essencial . E apesar de tal pedantice e apesar de mais um ofendido ponto de exclamação, continuarei a citar a wikipedia do modo como me aprouver. A tratá-la por tu (à wikipedia) a usá-la como entender, pesem os "vulgares" ( comuns) trejeitos de censura de AV.

E sem maçar mais ninguém postando qualquer definição do que é a Wikipedia.

Valeu?

Anónimo disse...

Infelizmente há mais.

AV não gostou do meu excerto da vulgar wikipedia sobre eurocepticismo e resolveu acrescentar outro, tornando-o mais completo.
Nada a opor a tal.

"Esqueceu-se" AV do que eu disse sobre a classificão de abstracto do termo "eurocéptico". Eu repito para ver se desta vez o tal AV percebe: "O termo eurocéptico é um termo ajustado tal como o de europeísta. Há variadas gradações nos eurocépticos tal como os há nos europeístas. A acusação de que se tenta aproveitar a ausência de um preciso significado do mesmo poderia ser utilizada em relação aos europeístas "

Em vez disto temos que aturar o tal acrescento da wikipedia ( sorry, mas vai assim. É que não tenho paciência para idiotices) mais a repetição da citação de Thompson mais os postulados de AV assim nesta ordem que se replica:
" e eu fico cá a pensar para com as «jactâncias» dos meus botões que, se alguma destas definições não é abstracta então definitivamente, a culpa é minha: eu, de facto, não consigo distinguir o que é abstracto do que é preciso… uma usa um “ou” pelo meio, a outra diz que “Some observers, however, prefer”, e por fim, a 3.a – a mais precisa delas todas! – usa os habituais chavões dogmáticos que não resolvem de modo algum as minhas questões"

Ou seja, AV na sua pressa de mostrar serviço nem sequer reparou que se comparava a "abstração" de europeísta com a de eurocéptico ( não vale a pena depositar aqui as várias concepções filosóficas do primeiro).Quem quiser perceber que perceba

E que simplesmente me estou nas tintas para os concursos idiotas e onanistas sobre o que é mais abstracto dentro das variáveis apresentadas por AV.



Anónimo disse...

Onde íamos nós?

Esta estória de estar a fazer coisas mais importantes no intervalo dos comentários versando o "discurso" ideológico de AV faz-nos por vezes desconcentrar.

A prova está que foi por mim referida a repetição da frase de Thompson quando se tratava da frase de JR. Já lá iremos

Só reparei no facto quando voltei a ler a peça da peça. E quando AV tenta nomear a mais abstracta das abstractas, dentro de um conjunto de "definições" em que só uma fora abordada ( para além da desonestidade da coisa, esta tentativa de AV faz lembrar as competições de alguns garotos sobre o tamanho das pilinhas)

Com uma agravante:

É que o excerto do (supostamente não-vulgar) artigo do JR não é uma definição no sentido clássico do termo, embora agora AV o tente encaixotar no significado

Diz JR:
"O discurso eurocéptico tem crescido, isso sim, pela esquerda, com base na revalorização da tradição soberanista democrática e popular, de matriz socialista, crítica de uma integração capitalista europeia, cada vez mais claramente austeritária e neoliberal na medida em que se aprofunda o esvaziamento dos poderes dos Estados, em especial periféricos"

A este excerto AV agasta-se. E agasta-se por dois motivos: Um claramente ideológico,já que "usa os habituais chavões dogmáticos"

Afirmar que o discurso eurocéptico tem crescido e que esse crescimento se faz pela esquerda, com base na tradição soberana e popular, de matriz socialista é um "chavão dogmático" para AV? Que tal posição é crítica de uma integração capitalista, cada vez mais austeritária e neoliberal na medida em que se aprofunda o esvaziamento dos poderes dos Estados, em especial periféricos é um "chavão dogmático" para AV?

Pobre AV. Poderia dizer que não concorda com tal posição ou expressão de AV. Mas não. Salta-lhe a sua marca ideológica ao considerar que tudo o que não concorda são "chavões dogmáticos".

Ó AV, mas que tiques anti-democráticos são esses? Rotula assim as posições dos outros porquê?
Mexem~lhe na ideologia? Na alma? Nas convicções filosóficas? Fica eriçado quando ouve falar em "integração capitalista"? Em austeritária e neoliberal? São estes os "chavões dogmáticos"?

Mas o que temos nós a ver com isso? As suas posições ao considerar dogmáticas simples constatações à esquerda não poderão ser consideradas de dogmatismo puro? Uma cassete partida e roufenha sobre os pretensos chavões dogmáticos dos outros?

Não tem vergonha?

Anónimo disse...

Mas AV agasta-se por outro motivo:

Porque, e cita-se AV, "não resolvem de modo algum as minhas questões".

E desbobina inquisitorial as suas questões, aquelas pelas quais perde o seu tempo com o comentário de facto não vulgar de JR. (A prova está precisamente no tempo também "dispendido"pelo próprio AV)

Sabe com toda a certeza que o texto de JR não foi feito a pensar nas questões por resolver de AV. Nem nas do seu umbigo.

O texto de JR é uma reflexão sobre um texto de Rui Tavares. Uma reflexão à esquerda, reivindicando o primado do pensamento crítico sobre o discurso propagandista e denunciando as "tendências pós-democráticas evidentes" do mercado único e do euro.

Neste âmbito as "questões simples" que afligem os AV angustiados são apenas treta.

Ao discurso reflexivo de JR quer AV já respostas definitivas.

Foi aconselhado a ler o pensamento publicado de JR. Porque aí está completamente explanado o que JR defende para o país como também o que JR não quer para o país. Embora estas questões estejam patentes neste post e foram-no sublinhadas, com citações quase que literais

Rancoroso ( mais um achismo) AV quer mais. Quer que em todos os textos se ponha uma cruzinha a dizer que a saída é esta. Não se lembra o coitado que entre os europeístas há quem ponha a cruz em mais federalismo ou em menos federalismo ,em ministros-comuns ou em governos autónomos, em leis fiscais iguais ou díspares etc etc etc.

E que o tempo para tudo isto tem o seu tempo. Só que AV tem que aprender uma regra básica:
Que o seu tempo , que o tempo que exige e pelo qual brama,pode não ser o tempo dos demais.

Anónimo disse...

Já vimos que AV não gosta de teóricos. Desbobina uma quantidade impressionante de tretas mas não gosta de teóricos. Quer respostas. Não quer que se faça o caminho para se obterem as respostas. ´É um homem hodierno, bebendo as influências das televisões e das rádios na recusa assumida do processo reflexivo em benefício do slogan mediático:
Sim ou não , isto ou aquilo? Fora ou dentro?

Representa o homem neo (liberal?) que nos querem impor, acumulando todavia neste caso a demagogia das "questões simples" ( só um farsante rotula estas questões como simples) com um discurso prolixo, demagógico e sistematicamente virado para o acessório,tentando encontrar evidências que só as são no atropelo dos factos.

Pode estar todavia certo AV que as respostas a dar por JR se vão construindo e solidificando. Ele as exporá no tempo e no local que considere como próprios. Todos nós teremos ou deveremos fazê-lo.

Mas por mais que isso doa ao AV não seguimos,nem JR nem eu , nem quantos outros, a cartilha das inevitabilidades nem os TINA que nos querem impor.

Anónimo disse...

Não é preciso assim toda essa lengalenga trauliteira de AV, com que enche os seus comentários. Nem os seus comentários ofensivos e aldrabões sobre o que os demais disseram

E respondendo ao nível de AV, uma recomendação: Guarde isso para os seus amigos da tasca.

Está compreendido?



Anónimo disse...

Há mais.

Diz AV:
"Eu tive o cuidado de, logo que me foi possível, escrever que «o RT não é um político que colhe a minha empatia»; tive também o cuidado de excluir os Sociais-Democratas daquilo a que considero como Esquerda («não falo dos Sociais-Democratas que esses - no meu entendimento! - há muito deixaram de ser de Esquerda!») mas, pelos vistos, o A quer ficar sozinho na Esquerda com o JR e quem sou eu para o contrariar?!?

Mas o que temos nós a ver com os cuidados de AV e com as considerações que AV faz sobre os seus políticos empáticos? Ou do que considera como esquerda?

Como é que a partir daqui tira como conclusão que A quer ficar sozinho na esquerda com o JR? Por criticar RT? Por criticar quem se critica? Por se dizer que o discurso eurocéptico tem crescido, isso sim, pela esquerda?

Quem criou tais limites foi o próprio AV e agora vem fazer estas cenas a que propósito?

Mais uma aldrabice para ver se passa?

Anónimo disse...

Há mais.

Diz AV:
"Quanto aos seus restantes comentários: as suas criancices “ilibam-me” de não lhe responder à letra… não vou estar agora aqui a perder tempo com idiotices que não têm pés nem cabeça"

A fuga sempre foi um processo de não responder ou de evitar o confronto com o contraditório.

As criancices que cita devem estar ao nível das suas criancices insultuosas sobre cortes em fotografias estalinistas ou em figuras de estilo "meteorologistas com e sem guarda-chuvas".

A pedantice tem destas coisas. É que quem anda à chuva, molha-se. E as "criancices" voltam-se contra quem as invoca. Porque estas não se definem por si ou pelo simples facto de serem nomeadas como tal. É preciso provar que o são. E se a fuga é o melhor remédio, a cobardia é a doença-base.

Anónimo disse...

Há mais:

Fala AV em fantasmas por descobrir e na alimentação adequada ( ou não ) a ter.

Mas acrescenta presto: "Porque, caro A (devo ser eu) V. é muito limitado para responder a ele"

Agora apenas se solta uma enorme gargalhada.

Sem o querer, de forma involuntária, a confirmação da petulância de AV. Pelo próprio.

Simplesmente delicioso.


(Espera AV que um dia JR lhe responda às suas questões simples, tidas como simples, consideradas pelo próprio como simples

Veremos como o "essencial" do comentário de AV foi mudando com o tempo. E como o caminho trilhado por AV está pejado de aldrabices. Outras mais, que não as já desmascaradas.

Agora e na primeira série de comentários, aos quais AV fugiu desta forma tão...a galope)

Tiago Rodrigues disse...

Este anónimo é um autêntico troll munido de uma metralhadora de copy-pastes

António Vaz disse...

Caro A,
Apesar de ter escrito «Descubra os fantasmas que quiser e alimente-se deles como quiser porque, o que me era essencial no meu anterior comentário pelos vistos, caro A, V. é muito limitado para responder a ele», decidi criar uma excepção e responder-lhe a uma das suas muitas/maiores idiotices com que povoou os seus últimos inúmeros comentários aqui postados neste fórum: «Espera AV que um dia JR lhe responda às suas questões simples, tidas como simples, consideradas pelo próprio como simples»
Sim, espero... foi por isso que coloquei o meu primeiro post neste blogue. Claro,JR até se pode comportar como um Jesus Cristo (JC) que não tem de explicar porque sendo ele filho de um deus, até se deixou morrer aos poucos numa cruz. Naturalmente, quem acredita na teoria criada em torno dele, acha que foi para nos salvar a todos nós - eu diria que ele foi apenas alguém que encurralado entre ser desmascarado como profeta e esperar ser confirmado como tal, decidiu arriscar e falhou: morreu agoniante numa cruz. O seu deus deveria estar distraído com outros problemas.
JR até pode nunca me responder: do que ele nunca poderá escapar é das questões que lhe coloquei. Mais dia, menos dia, elas acabarão por fazer parte do seu universo! Ele vai ter de explicar, se quiser ser credível, o que separa uma «posição europeísta crítica no diagnóstico» de uma de «mais consistentemente eurocéptica»

Anónimo disse...

AV vem aqui tentar justificar a figura que fez. Mas vem sobretudo tentar outra coisa

AV desiste das patranhas que colocou. Cala-se perante a denuncia que não passa de um aldrabão. Um aldrabão enfatuado, é certo, mas definitivamente um aldrabão ( não se lastime porque ninguém agora o qualifica como traste)

Agora quer batatinhas, não minhas, mas de JR. Eis o motivo pelo qual volta com um pretexto idiota, parido lá no alto da sua prosápia arruinada.Eis o motivo pelo qual volta e pelo qual faz esta espécie de aviso, ofendido por não lhe terem dado o troco. Embora o troco esteja aí bem visível.

Ó AV cresça e vá ver qual dos seus comentários é mais abstracto. Ou se o cortaram na foto em que os sillies estão representados.