sábado, 9 de setembro de 2017

O Governo que pense bem


Um país que baseia a sua economia nos serviços pessoais, em vez da indústria, está condenado a não se desenvolver. Isso os economistas sabem. É na indústria que a inovação gera aumentos de produtividade significativos e, se o sindicalismo não for tolhido por legislação neoliberal, uma parte desses aumentos traduz-se em subida dos salários reais. Estes aumentam a procura interna que, por seu turno, viabiliza novos investimentos. Gera-se um círculo virtuoso na economia que também acaba por beneficiar os salários dos serviços. Era assim nos primeiros trinta anos do pós-Guerra.

Os processos de inovação, e consequentes ganhos de produtividade, são muito limitados nos serviços de hotelaria, restauração, cabeleireiros, supermercados, comércio a retalho, etc. Nestes, quando a empresa é gerida apenas com a finalidade do rápido enriquecimento dos patrões, um lucro elevado exige o esmagamento dos salários e dos restantes custos associados à mão-de-obra. Para aliciar quem já anda desesperado por não encontrar emprego, estas empresas adoptam uma retórica que facilmente engana os candidatos e redigem contratos que depois não cumprem (ver aqui). As autoridades que têm por missão fiscalizar as condições de trabalho fecham os olhos porque as chefias têm cumplicidades político-económicas e, afinal, "é preciso apoiar quem investe e cria empregos"Este é o funcionamento do capitalismo neoliberal, hoje também na indústria, desde que o capital corrompeu ideologicamente (e muitas vezes também com cargos muito bem pagos) as elites políticas do centrão. E desde que a ameaça do comunismo desapareceu tudo ficou pior.

Quem desculpa isto, com o argumento de que sempre é melhor que o desemprego, está ao nível do pensamento da burguesia industrial do século XIX, ou dos senhores da economia de escravatura. Afinal os escravos até tinham casa e comida garantidos.

Se o actual governo não mudar rapidamente a legislação do trabalho, no sentido de dar mais força aos trabalhadores, e não mudar a orientação das entidades que fiscalizam as condições de trabalho, então a apreciada "paz social" vai desaparecer. O Governo que pense bem porque, como a sabedoria milenar nos lembra, não se pode servir a dois senhores. Ou este governo defende o trabalho, ou é cúmplice do capital e do que Bruxelas ordenar. Que pense bem.

38 comentários:

Anónimo disse...

Infelizmente, o Governo já pensou (mal) e, pelos vistos, já decidiu. É essa ilação que temos de retirar da multiplicação de projetos-piloto e magníficas e inovadoras experiências pedagógicas nas escolas públicas deste país. Garantindo a perpétua felicidade dos petizes, ele é um fartar de autoconstrução do saber com base em sólidas pesquisas internéticas e em problematizações de um saber que se não sabe se realmente existe, porquanto nem sequer é avaliado. No futuro, vão as novíssimas gerações deste país candidatar-se a empregos com base nas robustas habilitações de terem dez dedos nas mãos e conseguirem premir teclas de computador e da "problematização" do vácuo que lhes ocupa o espaço entre as orelhas. Cultura? Saber? Sólida e profunda formação no campo científico ou humanístico? Nada disso interessa quando o que se pretende produzir é plástica mão-de-obra desqualificada que saltará - perpetuamente feliz, claro está - do servir sandochas a cámones para a diligente função de colocar latas de atum em prateleiras de grandes superfícies... Acresce a tudo isso, como bónus à inteligente criação de carne para o canhão da exploração sem freio, o incontornável subproduto da formação de uma legião de analfabetos funcionais mergulhada numa profunda alienação. E a alienação é, como sempre tem sido, o mais seguro alicerce do rotativismo tachista do "Centrão".

Porto Santo disse...

O governo já há muito tempo pensou, quando querer cumprir o défice eos constrangimentos ao trabalho a isso obriga. Sim ele escolhe o capital, com novas roupagens, mas o caminho é o mesmo, basta constatar a não revogação das leis laborais impostas pelos governos anteriores.

Anónimo disse...

Jorge Bateira: na mouche!

Anónimo disse...

Jorge Bateira: na mouche, com o acréscimo dessa muito nutrida e substantiva cereja sobre o bolo, que é o comentário do anónimo das 14:07.

Anónimo disse...

Parabéns pelo tema do post.

E por ter trazido também aqui no LdB as questões relacionadas com hotelaria, restauração, cabeleireiros, supermercados, comércio a retalho.

E à exploração desenfreada e medieval que se regista aqui

Geringonço disse...

Aumenta o risco de escravatura moderna em Portugal

http://rr.sapo.pt/noticia/91984/aumenta_o_risco_de_escravatura_moderna_em_portugal?utm_source=rss


A Uber é um bom exemplo de escravatura moderna, uma empresa que existe para abusar dos seus "colaboradores".

Que se lixem os trabalhadores, que se lixem as regras de segurança, que se lixe a regulamentação ambiental!

Os vorazes do parasitismo financeiro e da economia de casino não vão descansar até arrebentarem com tudo e todos!

Aquando o capitalismo quase faliu em 2008, se tivesse havido coragem, se a classe política não fosse vendida e tivesse havido justiça hoje não estaríamos na situação que estamos e prometendo para ficar ainda pior...

É como dizem os anglófonos dizem, é a "Race to the bottom".

Anos perdidos, anos de retrocesso, anos de empobrecimento, anos de vidas desgraçadas...

Pedro disse...

Pois. Aqui começam as limitações a toda a resistência ao neoliberalismo. A direita chama-lhe o muro da realidade.
Claro que não diz que essa "realidade" foi formatada pela própria direita para ser tal como é.
Mas a realidade é que vivemos num mundo determinado pelas estruturas da economia e política direitistas, onde todas as alternativas têm vindo a esboroar-se.
No nosso caso o problema começa no próprio PS, que é um partido de direita e nada interessado em devolver direitos.
Mas mesmo que o PS quisesse a nossa economia está dependente de financiamentos externos, que estão dependentes do nosso "bom comportamento", leia- se a nossa adopção das regras antisociais da extrema direita liberal. A juntar a isto tudo, temos metade da população a apoiar as forças da direita e a mínima dificuldade encontrada pela geringonça arrisca trazer a extrema direita liberal de regresso ao poder.
Estamos metidos numa camisa de forças.

Anónimo disse...

Dirigente sindical da UGT tem empresa que selecciona trabalhadores para cruzeiros no Douro

"Alexandre Delgado é o presidente do sindicato que mais trabalhadores representa a bordo dos barcos do Douro e sócio-gerente da Prime Marine Ship. Mas não vê incompatibilidade."
in Público

"A UGT, resultando de um negócio entre o PS e o PSD, sofre os reflexos da dialética de convergência-divergência no bloco central, ou do pântano (o “marais”, na velha experiência política francesa). Com isto, a ligação preferencial da UGT passou a ser não partidária, mas diretamente com o capital. Assim é mais direto e mais transparente, mas teria sido o mesmo, indiretamente, por via da influência do PS e do PSD."

(João Vasconcelos-Costa)

Anónimo disse...

Anos da troika aumentaram pobreza junto de quem trabalha

"Em 2014, mais de 10% dos trabalhadores portugueses estavam em risco de pobreza e cerca de 20% sofriam de privação material – em ambos os casos, valores acima da média da União Europeia, de acordo com o estudo In-work poverty in the EU, publicado pela Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound).

Os autores reconhecem que as estatísticas sobre o risco de pobreza pecam por defeito, já que a crise económica fez diminuir a mediana dos rendimentos, a medida usada para aferir o limiar de pobreza. Assim, recolheram dados sobre o grau de privação material (de bens essenciais) para traçar um retrato mais real das consequências dos anos da crise e, para países como Portugal, Chipre, Grécia ou Irlanda, da troika para a vida dos trabalhadores.

As conclusões confirmam muitos dos alertas que foram sendo lançados no nosso país: há uma larga fatia de trabalhadores que empobrecem a trabalhar. Os anos entre 2007 e 2014 foram marcados por cortes e congelamentos vários nos direitos e rendimentos dos portugueses, seja nos salários e progressões nas carreiras na Administração Pública, seja no salário mínimo nacional ou com os «enormes aumentos de impostos» de Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque.

Outra das conclusões do estudo é que o risco de pobreza e a privação material crescem à medida que os vínculos de trabalho se vão tornando mais precários. Os trabalhadores a tempo parcial e os que têm contratos temporários estão em maior risco que os que têm contratos de trabalho sem termo e a tempo inteiro – uma realidade que se repete em todos os estados-membros da União Europeia.

Em Portugal, os trabalhadores independentes são dos que apresentam taxas mais elevadas de risco de pobreza – em torno dos 30% – um valor que só é superior na Estónia e na Roménia. O País é mesmo aquele onde o risco de pobreza nos trabalhadores independentes com empregados (micro e pequenos empresários) é o mais elevado.

Os trabalhadores que estão em risco de pobreza ou que sofrem de privação material são, simultaneamente, aqueles que mais se sentem «muito nervosos» e «tristes ou deprimidos», regista o estudo da Eurofound. Para além disso, são os que menos confiam nos outros e que não têm ninguém com quem discutir assuntos pessoais ou a quem recorrer se necessitarem de ajuda.

Nestes indicadores de exclusão social, Portugal também surge do lado errado do espectro: só na Itália e no Luxemburgo a realidade era mais grave, em 2013.

Reforçar direitos e rendimentos dos trabalhadores

O estudo aponta ainda um conjunto de medidas para combater esta realidade, tanto directas como indirectas, registando a falta de acção governamental sobre a matéria na generalidade dos estados-membros.

O aumento do salário mínimo é assinalado pela Eurofound, assim como o alívio fiscal dos rendimentos mais baixos e o reforço dos apoios sociais. No caso de Portugal e Espanha é assinalado o impacto particular dos filhos ao fazer subir o risco de pobreza, ao contrário de outros países.

O estudo refere ainda a criação de uma rede pré-escolar acessível e a compatibilização com os horários de trabalho e a vida familiar como elementos importantes no combate à pobreza junto dos trabalhadores, assim como a redução do peso de outros encargos, como é o caso da habitação."

(Abrilabril)

Alice disse...

O Jorge Bateira tocou, e muito bem, numa questão muito sensível.
Na verdade, só a indústria pode trazer crescimento, conforto e progresso à humanidade. O resto não passa de trabalho serviçal, que se multiplicará à medida que o mundo se vai dividindo numa casta de senhores e noutra de servos.

Parabéns pelo texto.

Pedro disse...


Um programa de reindustrialização pode levar décadas a ser implementado. Não se coaduna com mandatos governamentais de quatro anos e está dependente de financiamentos externos e internos que estão nas mãos dos neoliberais. O que fazer ?

Jorge Bateira disse...

Caros amigos,

Por precipitação, cometi um erro e eliminei alguns comentários que aguardavam publicação. Infelizmente não é possível recuperá-los.
Aos que, com toda a boa-vontade quiseram participar na discussão e foram atingidos pelo meu lapso, peço que aceitem o meu pedido de desculpa.
Com um abraço.
Jorge Bateira

Anónimo disse...

Jorge Bateira põe o dedo na ferida:

"Ou este governo defende o trabalho, ou é cúmplice do capital e do que Bruxelas ordenar"

Não há , não pode haver limitações à resistência ao neoliberalismo. Não há, não pode haver qualquer complacência para qualquer "muro da realidade" parido na direita e sua extrema e que os media ou os seus boys se encarregam de propagandear.

Pedro P. Coelho andou-nos também a vender a ideia que a "nossa economia está dependente de financiamentos externos", numa tentativa de justificar o assalto à nossa maior riqueza, que é o mundo do trabalho

E não, não pode haver qualquer complacência para a atitude cobarde e conivente, pusilâmine e cúmplice para aquela espécie de chantagem segundo a qual a mínima dificuldade encontrada pela geringonça arrisca trazer a extrema direita liberal de regresso ao poder.






Anónimo disse...

"O que fazer" , pergunta um tal Pedro .

Enquadra a pergunta numa afirmação no mínimo estranha:
"Um programa de reindustrialização pode levar décadas a ser implementado": A que se segue uma afirmação ainda mais estranha "Não se coaduna com mandatos governamentais de quatro anos"

Adivinha-se o gosto e a admiração por mandatos de décadas para implementar o que deseja ver implementado?

Sairá o pedro a outro pedro com a sua negação das mais vulgares liberdades democráticas?
Pedro é filho ilegítimo do Pedro Passos Coelho? Ou daquela líder que dizia que era preciso suspender a democracia por alguns meses?

Anónimo disse...

"O que fazer"?

Uma pergunta que resume tudo. A vacuidade de quem acha que se não tem feito nada.

E de quem acha que não há nada a fazer.

Pedro disse...

Sim, no seu caso, lamber as botas aos regimes neoliberais de Angola e China deve ajudar imenso a luta contra o neoliberalismo.

É isso que o PCP quer para Portugal, uma ditadura cleptocrática terceiro mundista.

Pedro disse...

Caro troll do PCP que se esconde atrás do anónimo.

Os únicos que defendem mandatos de 40 anos, como o MPLA, ou mesmo vitalícios e hereditários, como na Coreia do norte, são os gajos do PCP.

Jose disse...

Seguramente que há abusos e predação em muitos casos.
Mas também há sazonalidade e muitos outros riscos.
Mas falemos do capital:
- Quando é sistematicamente apresentado como corrupto e anti-social por forças que se reclamam da força do Governo, é o lucro no longo prazo que se promove?
- Quando as leis do comércio irresponsabilizam gestores e mantêm um sistema de falências destrutivo, é o longo prazo que se promove?
- Quando o financiamento é predominante bancário, com seus custos e avales, é o longo prazo que se promove?
- Quando a retórica dominante é a da destruição do capitalismo e não o seu regular funcionamento, é o longo prazo que se promove?

A esquerdalhada dá-se a falas que só teriam sentido se a raça do Homem Novo houvesse de nascer no empresariado, o que sendo um disparate, lhes qualifica o discurso.

vítor dias disse...

Os interessados que tiverem paciência e queiram perceber a indisfarçável urgância de rever os aspectos mais gravososv da legislação de trabalho aprovada pelos pafiosos podem ler aqui em https://papeisalexandria2.blogspot.pt/2017/09/a-reforma-laboral-de-2012-vista-pelo.html um notável ensaio do Prof. Jorge Leite.

Anónimo disse...

Já percebemos que um tal pedro é o que é ( não vale a pena insultar esta miséria miserável dum ignorante neoliberal) e que pensa que está a falar sabe-se lá com quem.

Ele lá sabe a figura que quer fazer.

Mas quando confrontado com o que ele próprio diz, faz esta figura de idiota maior?

Fala em lamber as botas ( o papá saberá o que anda a fazer?)

E não diz nada sobre aquele seu " o que fazer"? próprio de quem nunca fez nada nem de quem quer fazer alguma coisa?




Anónimo disse...

Percebe-se que o provocador e a provocação falharam. Pedro sai borrado


O único que anda aqui a lamber as botas ao neoliberalismo é o pedro no seu convite à submissão e à passividade
.
O único que não sabe o que fazer é o próprio pedro. Ele o confessou e confessa. ( por isso fala em lamber as botas?)

Não se conhece ninguém que defenda mandatos de 40 anos. O único que demonstrou simpatia por tal foi...um tipo de nickname pedro (em homenagem ao passos coelho?)

É tão pungente ver um tipo fora de si,depois de ter sido apanhado com as calças na mão.

Jaime Santos disse...

Gostei do tom de ameaça, Jorge Bateira. Agora gostava que quem lá for seja consequente e a cumpra. Como se diz, numa sala, quem menos fala é quem mais poder tem. E depois gostava de perceber que espécie de indústria é que vamos recuperar. A siderurgia, a química e a petroquímica, porventura, como defende o PCP (em termos tão genéricos que roçam o ridículo)? Não brinque comigo, a não ser que defenda a autarcia, há outros que fazem isso ou melhor ou muito mais barato do que nós. De novo, e as vezes que forem precisas, apresente um plano consistente de como quer chegar aonde pretende, e depois conversamos. Enquanto não passar dos argumentos de ordem moral, não assusta ninguém...

Pedro disse...

Sim, é verdade. Ao contrário das cabecinhas ocas de fanático como você, eu não tenho a mania que sei tudo, logo, faço perguntas.

Ja você tem uns estudos quaisquer que lhe darão resposta para tudo, embora estranhamente nunca responda a nada do que lhe é perguntado, limitando-se a contrariar tudo o que digo e em vez de responder com argumentos, manda esrudar. Quando se lhe pergunta que estudos são esses em que se baseia para contrariar tudo, ficamos no mistério...

Mas francamente, eu quero aprender. Por isso vou repetir a pergunta pela décima vez.

Que estudos são esses, que livros, que autores, que afirmariam que o neloliberalismo não é o paradigma dominante nos ultimos quarenta anos ?

E já agora, que outros estudos afirmam que é possível reindustrializar o país em quatro anos ? Assim, sem capitais sem nada.

Vá lá, desembuxa que eu quero conhecer os autores cómicos que andas a esconder.

Embora eu saiba que não há estudos nenhuns e que estás a inventar para fazer pose vaidosa de grande intelectual.

Pedro disse...

Pois. É o meu problema.

Por acaso até concordo com o Bateira, mas quando se pergunta por pormenores que permitam a aplicação destes planos, os autores dos posts não respondem.

A única resposta são uma catrefa de provocações e insultos por parte de trolls do PCP residentes neste blog.

Este blog até é interessante, mas fica-se a meio do caminho.

E era escusada a polícia política dos trolls.

Anónimo disse...

Já todos percebemos. O que não percebemos é pq o Pedro não se assume

Anónimo disse...

Estará pedro alcoolizado ou pedrado?

Mas de como passa de um tratamento na terceira pessoa para uma "coloquial" converda na segunda pessoa dá que pensar. Tudo de seguida,ao molho e na fé de Deus. Até um "desembuxa" parido sabe-se lá onde permite ver o que este pedro tem para aprender

Pode guardar o "tu" lá para casa, seja lá onde isso for.

(Até nisso precisa de lições,o pobre)

Pedro disse...

Estão a ver ? É o que eu dizia.

Neste post era suposto estarmos a discutir os meios e probabilidades, ou alternativas a industrializar o país.

Em vez disso atiçam-nos os trolls com ataques pessoais que não tēm a ver com nada e estão ao nível da conversa de um atrasado mental.

Eu pergunto qual seria o caminho para atingir o objectivo proposto pelo Bateira ? A resposta é perguntarem-me a mim porque é que não me "assumo" !!!!!!!!

Ficámos todos a saber como se poderá industrializar o país...

Anónimo disse...

Pedro pergunta e torna a perguntar.

Não sabe ler? Não percebe aquilo que lê?

O único que defendeu a pesporrência anti-democrática foi este pedro ao relacionar idiotamente os ciclos eleitorais com a reindustrialização, num vão lamento pela existência destes.

O único que insultou os demais foi este pedro mais o seu lamber asqueroso de botas e o seu ódio descabelado à esquerda

Agora vem choramingar pela sua ignorância e por alguém ter dito qualuqer coisa sobre o assumir qualquer coisa

Queremos lá saber que o pedro se assuma ou não. O que queremos é que deixe de fazer esta figura triste e patética. E que se deixe de palavreado que fazem suspeitar que ou está alcoolizado ou pedrado.

Talvez as duas?

Anónimo disse...

Quanto ao tom de ameaça descrito por Jaime Santos.

Percebe-se o interesse de JS nesta matéria. Mas os interesses de classe de JS são a resultante duma vida aparentemente próspera.
Os interesses de quem trabalha estão no outro lado e são diariamente massacrados pelo poder dominante.

Ora por mais que custe a JS a esquerda tem por objectivo a defesa dos que são explorados

Confundir a clareza dos propósitos e os avisos à navegação com "chantagem" revela muito do incómodo neoliberal que atinge alguma esquerda. Que tal incómodo se traduza numa linguagem de certa forma pesporrenta é o sinal dos tempos... e da luta de classes

Anónimo disse...

Infelizmente JS volta a fazer uso daquelas frases que nada dizem e que são atiradas para a discussão como se primassem pela justeza e pela "verdade".

Já ouvimos muitas vezes a frase batida sobre as visões e os problemas oflalmológicos.

Agora ouvimos esta pérola:"Como se diz, numa sala, quem menos fala é quem mais poder tem"

O que na realidade significa isto? É necessário dizer mais?

Anónimo disse...

Infelizmente não é aqui que está o pior. O pior revela-se naquele tom de varino com as mãos à ilharga a inquirir sobre que espécie de indústria é que vamos recuperar. A siderurgia, a química e a petroquímica interroga-se,
dando de barato a política de asfixia do nosso tecido produtivo, liderada não sei quantos anos por Cavaco Silva. Fá-lo em termos tão genéricos que roçam o ridículo. E fá-lo desta forma porque sabe que tal política foi a sugerida e "imposta" por esta europa e pelos seus tratados.

E aqui a porca torce o rabo. Porque a responsabilidade da presente situação poderia mudar de alvo e ofuscar a propaganda europeísta de JS

Anónimo disse...

Pede JS que não brinquem com ele, num registo notado de tentar fazer passar também desta forma a sua mensagem

Pode estar JS seguro que ninguém quer brincar com ele. Mas também não se admite que JS tente brincar com os demais com estes jogos de palavras que nada dizem.

A expressão de JS segundo a qual "fazem isso ou melhor ou muito mais barato do que nós" faz lembrar o parágrafo certeiro de Jorge Bateira:

"Quem desculpa isto, com o argumento de que sempre é melhor que o desemprego, está ao nível do pensamento da burguesia industrial do século XIX, ou dos senhores da economia de escravatura. Afinal os escravos até tinham casa e comida garantidos".

Uma nota quase final.JS mais uma vezes "esquece" a resposta às perguntas que lhe fazem. Quais as suas propostas concretas para a saída da presente situação em que estamos metidos e em que alienámos a nossa riqueza nacional

De novo, e as vezes que forem precisas, apresente um plano consistente da mais valia de nos ficarmos pelo turismo e serviços de hotelaria, restauração, cabeleireiros, supermercados, comércio a retalho aonde pretende.E de passarmos para as mãos do grande poder económico as decisões, os proventos e os ganhos

Anónimo disse...

Uma nota final

Para alguém que sistematicamente usa citações e exemplos ao melhor estilo da sabedoria popular é um pouco confrangedor ouvir falar em "argumentos de ordem moral". Cita-se toda a frase: "Enquanto não passar dos argumentos de ordem moral, não assusta ninguém..."

E é confrangedor porque desta forma de desnuda a surpreendente ignorância de JS sobre o que é "moral" e a confusão que estabelece entre esta, a ética e até o direito.

Mas é sobretudo confrangedor verificar como o discurso do poder,o discurso que legitima o poder, baseado precisamente também na moral ( e bons costumes, diríamos um pouco sarcasticamente) seja agora abandonado desta forma precipitada em nome duma "moral cujos argumentos já não metem medo a ninguém".

Eis aqui também a deriva neoliberal nos outrora sagrados princípios da referida moral, em que se respeitavam regras estabelecidas e aceites pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo.

Este tipo de análise levar-nos-ia mais longe.

Mas interessa aqui focar algo ainda mais importante. É que os referidos "argumentos" apresentados pelo autor do post não se resumem de forma nenhuma aos de "ordem moral" ditos desta forma tão displicentemente depreciativa. Vão muito para lá desta camisa-de-forças moderna com que os querem vestir.

Porque a moral também varia em função da sociedade. E do que se fala é precisamente em mudar a sociedade.

E é aqui, precisamente aqui, que radica o medo assim esconjurado por JS

Pedro disse...

O que é que tem a ver os seus constantes ataques pessoais contra mim, por não seguir a linga do PCP, com a questão da industrialização ?

Pedro disse...

Eu acho que o PCP, em vez de montar um comité de censura de trolls com toneladas de textos com ataques pessoais contra quem quer que seja que não se identifique com a linha do partido, devia simplesmente responder ás questões.

Eu sou constantemente insultado neste post simplesmente por fazer perguntas, o que revela bem a índole antidemocrática do PCP.

Porque nunca respondem a nada ?

Será que é simplesmente porque não fazem ideia de como se poderá concretizar as vossas propostas, que não passam assim de propaganda vazia ?


Como se poderá industrializar o país ? Insultando o Pedro ?


Está-lhes a cair a máscara.

Anónimo disse...

Queixa-se pedro por lhe fazerem ataques pessoais por "não seguir a linga (sic) do PCP, com a questão da industrialização

Sabe então pedro a linga(sic) do PC com a questão da industrialização.
E por não seguir a linga (sic) do PC terá uma outra linga (sic) seja ela qual for

Todavia mais abaixo pedro volta-se a queixar num perpétuo queixume:
Porque não lhe respondem a nada ? E como se poderá industrializar o país?

Mas o pedro que sabe a linga (sic) do PC sabe já alguma coisa.Sabe pelo menos essa linga. E deve ter uma ideia própria da sua própria linga já que não segue a linga do PC. Então de que se queixa pedro? Quer que lhe seja ofertada uma linga (sic) que esteja de acordo com as suas limitadas opiniões? Quer que lhe expliquem as coisas uma e outra vez para ver se é desta que percebe? Quer qualquer outra linga desde que não seja a linga do PC?

Temos depois a confirmação das limitações de Pedro

Pelas frases singelas que pedro apresenta a seguir:

"Será que é simplesmente porque não fazem ideia de como se poderá concretizar as vossas propostas, que não passam assim de propaganda vazia ?"Como se poderá industrializar o país?

Mas pedro já está ao corrente pelo menos da linga (sic) seguida pelo PC.Já que não a segue e só pode não seguir uma linga se souber o que é essa linga. Então afinal alguém sabe como concretizar essas ideias. E pedro afinal também o sabe. Então o que resta?

Apenas esta miséria cognitiva. Ou isto é somente provocação? Muitas vezes sob os efeitos do álcool ou de "material mais pesado" como já dito aí em cima?

Anónimo disse...

Pedro continua no seu muito típico registo lamuriento e queixinhas:

"Eu acho que o PCP... devia simplesmente responder ás questões".
"Eu sou constantemente insultado... o que revela bem a índole antidemocrática do PCP".

Percebe-se que os delírios de actividades perturbadas passem por estes delírios de grandeza e de pessoalização que raia a paranóia.

-Mas a que propósito o PC tem que responder a estas misérias debitadas por um troll ignorante?

-Como sabe o PC que um troll ignorante está a lançar estas e outras bojardas e a suplicar por respostas do PC?

-A que propósito o PC perderia tempo com um troll ignorante e que faz gala de forma perfeitamente idiota de tal ignorância?

-Porque não pergunta este troll ignorante o que quer perguntar directamente ao PC em vez de vir fazer estas figuras rascas e tristes?


Como sabe ele, troll ignorante e coitado, que, quem tem o pouco juízo de o interpelar, é do PC ou segue a linha do PC?
Tem perfil de bufo? De Pide?

Acha que quem escreve aqui representa alguém que não seja o próprio?

Pensará que pelo facto de escrevinhar aqui, o pedro é o representante de todos os ignorantes que andam por aí?

Anónimo disse...

Quase que finalmente, ainda e mais uma vez no seu tom oscilante entre o insultuoso e o lamuriento, pedro vem falar em "ataques pessoais e insultos".

Aqui exige-se que o pedro leia ( consegue não consegue?) o que andou a escrever:

Quem falou de forma miserável e asquerosa em "lamber as botas" foi o pedro.
Quem falou que se defende "uma ditadura cleptocrática terceiro mundista" foi o pedro.
Quem falou que "os únicos que defendem mandatos de 40 anos são os gajos do PCP" foi o pedro.
Quem falou em "cabecinhas ocas de fanático como você" foi o pedro
Quem falou em "atiçam-nos os trolls" foi o pedro
Quem falou na "polícia política dos trolls" foi o pedro

Se pedro não se lembra do que andou a escrevinhar, o problema é mesmo do pedro.
Se pedro se lembra do que escreveu é é apenas um demagogo hipócrita, o problema é mesmo do pedro e de quem tem que o aturar
Se pedro se lembra do que escreveu mas agora tenta sacudir a água do capote desta forma cobarde, o problema é mesmo do pedro e da falta deles por não assumir o que andou a dizer