Não queria que a semana acabasse sem recuperar esta imagem tão reveladora: herdeiro do Apartheid e inimigo declarado dos sindicatos e de outros freios e contrapesos ao poder do capital, o homem mais rico do mundo fez a saudação nazi, confirmando simbolicamente que é um fascista.
Isto aconteceu depois de ter comprado, por 250 milhões de dólares, o seu lugar no governo do centro do sistema imperialista, contribuindo para a vitória de Donald Trump. Sim, grande capital e fascismo: uma velha relação, uma velha fusão.
Entretanto, a diluição de grande parte da social-democracia no pântano do extremo-centro, a sua rendição com décadas ao neoliberalismo, ao qual emprestou uma roupagem progressista, ajuda a explicar a criação política de uma base material, feita de desigualdades de classe cavadas, para estes monstros transatlânticos.
Se os antifascistas não fizerem as distinções políticas e de economia política que se impõem, serão apenas os idiotas úteis do tal neoliberalismo dito progressista. E este abre objetivamente as portas ao neofascismo, sendo que a versão reacionária as abre também subjetivamente.
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