quinta-feira, 13 de outubro de 2022

O regresso da fada da confiança

Diz o Ministro das Finanças que a redução rápida da dívida pública - muito para lá do que é necessário e razoável - vai proteger-nos de futuras turbulências financeiras, como as da crise de 2010. Talvez Fernando Medina fizesse melhor em olhar para os dados da dívida pública antes da última crise. Iria perceber que dos oito países da UE que foram então sujeitos a programas de resgate, só dois tinham rácios da dívida superiores à média da zona euro (os dados do gráfico foram retirados do site do Eurostat).


Sejamos claros: uma redução acelerada do rácio da dívida não nos porá a salvo de uma eventual turbulência financeira internacional. Mas vai contribuir para diminuir os rendimentos reais dos portugueses no próximo ano, por essa via penalizar o consumo privado e, assim, contribuir para a estagnação da actividade económica e do emprego.

1 comentário:

Anónimo disse...

Os governantes dizem o que for preciso para justificar a sua acção.